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Dri @Drilify 24/02/2018 18:57
    Pico Escalavrado - Mountain Rock

    Pico Escalavrado - Mountain Rock

    Trekking com escalaminhada na montanha Escalavrado - Guapimirim/ RJ, com Celio Vong e Samuel Gonçalves, um dia de trip no verão.

    Montanhismo Hiking

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    (...) Suba aquela maldita montanha!, já dizia Keroauc, então subimos para provar o contrário!

    Noite de sábado e aventura começa, a compra de passagens para Jacareí é inundada por contratempos devido ao "CarnaInferno" em São Paulo, Samuel e Adriane (eu) partem ao encontro de Célio para enfim pegar a Rodovia que dá acesso ao Rio de Janeiro. A dura jornada dirigindo é divida pela boa conversa na estrada e uma pequena pausa para janta num posto em Aparecida. A chuva que atingiu a cidade nos últimos dias colocou em dúvida a subida, mas sexta não teve uma gota d'água. Quase 5 horas de viagem chegamos a Rodovia Rio-Teresópolis (BR-116), com o céu limpo a subida era cada vez mais instigadora pelo Pico Escalavrado, as 2h da madruga de domingo era hora de descansar para enfrentar pela manhã o paredão que ao ser exposto permite uma visão ainda mais magnífica da montanha mais conhecida pelos escaladores do RJ, Dedo de Deus.

    FOTO 01 - vista do grupo, à esqeurda: Samuel, no meio Adriane (eu) e Célio atrás a desafiadora montanha de pedra Escalavrado.

    SEASON ONE

    ESCALAVRADO (1406 m) - Etimologia (origem da palavra escalavrar). Do espanhol descalabrar. Significa: dar golpes; fazer escoriações ou arranhões; Levar à ruína ou provocar o deterioramento, segundo Dicio.

    A montanha rochosa se torna desafiante ainda mais por carregar este nome, decorrendo a erosão da rocha pelos ventos, chuvas e mudanças climáticas. Faz parte do município de Guapimirim, com elevação de 1406 m a nível do mar, segundo o site summitpost.org. A seguir imagens de vários ângulos da montanha.

    FOTO 02 - colagem de várias imagens de pesquisa no google

    FOTOS 03 - Foto retirada do site summit.org e FOTO04 onde é possível ver o Posto Garrafão aonde deixamos o carro e andamos a 2km subindo em direção a entrada da trilha.

    FOTO 05 - é possível ver detalhes os trechos de corda da trilha considerada semi-pesada com 1ºgrau de escalada. (fonte: https://goo.gl/xomKQF).

    SEASON TWO

    A caminhada começa até onde demarca o início da trilha pelo tracklog baixado no Garmin do Celio, deixando para trás o carro no posto Garrafão, levando na bolsa água que julgamos ser suficientes para hidratação durante o longo da trilha, lanche, equipamentos fotográficos e sem dúvida os itens mais importantes para desafiadora montanha de pedra: cordas, cadeirinhas, mosquetões para segurança nos trechos necessários.

    FOTOS 06 - sem dúvida o dia estava muito quente, passamos pelo viaduto Grota do Garrafão, e enfim achamos a entrada da trilha bem escondida, a placa informando sobre a trilha fica bem no começo da subida. Chegada ás 9h45.

    Começamos a subir e eu já vi os desafios logo no início , muitas pedras para subir, desde então toda a trilha do começo é bem intuitiva e com vários grampos "p" para ancoragem de corda, mas subimos de forma tranquila, eu tinha tomado uma "café da manhã" forte para quem ia por o corpo para trabalhar na subida e não passear no bosque, então o resultado foi logo o esperado, uma dor no estômago, mas minha mente pediu para continuar.

    FOTO 07 - segunda subidinha técnica hahaha.

    A maior dificuldade encontrada para mim foi controlar a respiração diante do mal estar que sentia, mas isso logo ia passar.

    Samuel, último dos dois filhos, cresceu num lar evangélico onde as montanhas eram faladas no sentido bíblico, encontrou a verdadeira montanha até se casar comigo e enfrentar as desafiadoras jornadas.

    Célio, ao que nos deixar registrar, é fascinado pelas montanhas desde sempre, seu maior lar montanhesco é sem dúvida o Parque Nacional de Itatiaia e uma trilha bem desafiada é sentido de alegria, por ter seu tempo bem curto, soube aproveitar da melhor forma e se manter num ritmo bom nas trilhas.

    Eu? só soube colecionar montanhas nas estampas de cartões telefônicos ou wallpapers da gigantesca world wide web, mas ao me casar e encontrar mais liberdade para os rumos da minha vida decidimos nos unir em várias aventuras.

    Resumindo.... a formúla para essa boa subida resultou na nossa primeira foto com a montanha Dedo de Deus a nossa vista.

    FOTO 08 - Nós três na primeira vista após só estarmos na mata.

    Desse trecho em diante encontramos com uma galera de agência que já estava na trilha a um tempo a mais que apenas nós três, passamos pelo trecho onde muita gente escala ou sobe de corda, mas é possível contornar e ir pela trilha ao invés de encarar a rocha de cara, e ficar para nós estava muito quente, a rocha já estava fritando a mão.

    Célio fotografando a vista.

    FOTO 09 - grupo subindo pelas laterais

    FOTO 10 - essa foto registrada pelo nosso amigo Célio mostra eu me agarrando na tentativa de me esconder do sol, enquanto que o Samuel aparece todo sorridente como se não houvesse o amanhã haha... eu já estava recuparada no mal que me perseguia e um pouco melhor para encarar a subida principal.

    FOTO 11 - são trechos da subida com a Rodovia Rio-Tere atrás

    FOTO 12 - é agora que preciso de uma maõzinha hahha.

    O grupo foi ficando para trás e continuamos a subida, encontramos com dois membros do CET (Centro Excursionista Teresopolitano) já descendo do cume, nos disseram que para eles já era hora de descer pois havia uma nuvem chegando ao cume, bom já estávamos bem perto quando avistamos mais um grupo de jovens ancorados com camisetas pareciam ser de algum grupo também, porém não estavam tão abertos para conversa a tensão e atenção eram sua causa.

    Chegamos ao topo as 12h05.

    Segue uma foto técnica do GPS para refêrencia do nosso tempo de trilha.

    É IMPORTANTE SABER... fizemos toda a trilha sem ao menos usar a corda ou os itens que levamos para segurança, mas os três estavam preparados para os trechos de exposição e isso só foi possível pla preparacão física e psicológica, porém se no momento da subida fossemos acometidos por uma chuva, logo teriamos que usar as cordas pois a rocha ficaria escorregadia.

    O topo era só nosso no momento, as belezas da Serra dos Orgáos estava a nossa mira, porém as nuvens iam e viam o tempo todo, dando aquele clima de frescor por onde ela passava, passados alguns minutos encontramos duas pessoas realizando o tão esperado momento, o cume. Frederico, condutor oficial do PARNASO e seu amigo montanhista Márcio residente de Brasília e estava passando o feriado pelas montanhas.

    FOTO 13 - Fred ao lado direito, que juntamente com Samuel fecharam os olhos haha, mas ficou o registro.

    Assinamos o livro, fizemos mais algumas fotos que podem ser vista da Galeria e nos preparamos para descer, pois o tempo já havia fechado.

    SEASON THREE

    Chegar até o cume provou que não é uma "maldita montanha", que subimos ela com fôlego e resistência, agora era hora de voltar e encarar a vista tão exposta quanto subimos, porém agora de frente, ao descer encontramos o tempo todo com o grupo de sete pessoas (dois condutores e as cinco garotas) preparando cordas para ascensão.

    FOTO 14 - Samuel descendo e eu atrás

    Descer de uma trilha sempre foi fácil na minha cabeça, vai ser mais rápido, eu já lembro dos detalhes e vou consumir menos água, confesso que descemos do cume eu e Samuel já estavámos sem água alguma, bebi tudo na subida junto com água de côco que me ajudou a hidratar o corpo, agora estava diante de uma desitratação intensa visto que a descida começou as 13h10, sol ardia mas vamos lá!.

    FOTO 15 - trechos de corda da galera que estava subindo e uma foto da trilha demarcada na rocha, me ajudava a descer, me orientava, essa dica ganhei no dia.

    Fizemos uma pausa para uma foto bem impactante!.

    FOTO 16 by Celio

    As nuvens cercavam o Dedo de Deus constantemente o tempo todo da descida, entramos já na trilha de mata até dar de cara com o trecho onde precisei de uma ajudinha do Sam.

    FOTO 17 - Samuel me ajudando a descer.

    Exaustos pelo calor latente e a falta de água ouviamos o som da Rodovia e logo queriamos chegar logo ao pé da estrada e correr logo para o posto do Garrafão ao encontro de água.

    FOTO18 - Célio registra o momento final da minha descida na trilha.

    Já na estrada olhavámos as rochas na encosta da montanha minando água, minhas pernas já doiam pela força usada na subida do pico, sempre andando ao lado da montanha na estrada até que o Célio avistou água e abundância e lá foi nossa alegria.

    FOTO 19 - os dois sentados já refrescados pela água a beira da estrada.

    Eu pedi para fotografar a placa da onde encontramos essa água maravilhosa, se tivessemos caminhado do outro lado nunca encontraríamos, aquele momento salvou !!!

    FOTO 20 - é final de trilha e tudo o que queria era água .

    Final de trilha, voltando ao posto do Garrafão compramos sorvete e eu me deliciei com Açaí, afinal temos que mostrar o lado fraco da força hahah.

    SEASON FINALE

    Samuel e Eu agradecemos pelo convite do nosso amigo Célio para encarar o Pico Escalavrado e assumimos essa missão, final de domingo ainda estavámos com o corpo pedindo água ou algum líquido gelado haha, almoçamos e fomos comprar nossas passagens de volta para São Paulo, Célio ficou para mais aventuras na linda Serra dos Órgãos.

    Dri @Drilify
    Dri @Drilify

    Publicado em 24/02/2018 18:57

    Realizada em 11/02/2018

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    2 Comentários
    Edson Maia 24/02/2018 21:21

    Belo relato! Deve ser uma missão alucinante subir o Escalavrado... grato por compartilhar e inspirar!

    Renan Cavichi 27/02/2018 13:44

    Demais o registro! \m/

    Dri @Drilify

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    São Paulo

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    Adriane Ferreira 29 y, montanhista, trilheira, viajante, professora e artista. 🎨 IG @drilifyArt

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    www.drilifyart.com.br


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