Desde pequena escutei meu tio contando as aventuras que viveu em 1981 no se mochilão até Macchu Picchu. Ficava imaginando os lugares e decidi que um dia iria subir a velha montanha. Ao me tornar professora de história a vontade aumentou ainda mais e na companhia de minha tia Miriam mochilamos rumo a Macchu Picchu em transporte terrestre do Rio Grande do Sul, passando pela Argentina, Chile, Bolívia e Peru.

Nossa subida em Macchu Picchu foi no penúltimo dia de nossa viagem que durou ao todo 26. Estavamos alojadas em Águas Calientes, ao pé da montanha. Ao levantar por volta de 4:30 da manhã nos direcionamos até a ponte que liga Águas Calientes até a subida da montanha. A ponte abre as 5h da manhã e naquela escuridão encontramos muuuuitas pessoas que também estavam dispostas a subir para a cidade sagrada pela trilha.

A minha subida foi realizada em aproximadamente 1h e 20 min, junto com um grupo de mochileiros cariocas que eu havia conhecido na trilha da Isla del Sol. Apesar de extremamente íngreme e escura, nos sentíamos seguros para realizá-la, porém várias pausas foram feitas. Nestas pausas íamos encontrando pessoas que tínhamos ultrapassado na subida, e logo adiante também paravam para recuperar o fôlego.

Chegamos na entrada do parque as 6:20 da manhã. Após carimbar o boleto da entrada e dar os primeiros passos o visual era alucinador. Ainda havia uma núvem que deixava o clima de Macchu Picchu misterioso. A cidade era muito maior do que eu havia imaginado, a montanha muito mais vertical, jamais em pensamento eu conseguiria dimensionar a grandiosidade daquele lugar.