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Bruno Negreiros 10/04/2020 22:35
    Réveillon em Parnaioca | Ilha Grande/RJ

    Réveillon em Parnaioca | Ilha Grande/RJ

    Últimos dias de 2019 em uma das praias mais bonitas da Ilha Grande: Parnaioca, localizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro/RJ.

    Hiking Acampamento

    Tipo de Aventura: Acampamento com Hiking (trilhas)
    Duração: 28/12/2019 à 01/01/2020 (5 dias)
    Local: Parnaioca, Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, RJ.
    Acampamento: Camping da Janete - https://goo.gl/maps/zwVaJXGJTYef5Ud87

    DICAS:

    • Vale muito passar o réveillon em Parnaioca já que o local é uma das praias mais bonitas da Ilha Grande, mas não fica tão cheia como outras mais famosas, já que os órgãos de gestão (INEA) limitam e gerenciam a capacidade máxima das praias em datas especiais.
    • Se a ideia for passar o Carnaval ou datas comemorativas, você tem que reservar a sua vaga com bastante antecedência;
    • Empresa contratada: De Palmas Turismo – https://www.depalmasturismo.com/ - 21 96411-5865 (Fábio)
    • Vá para relaxar, leve um bom livro e uma sunga.

    RELATO

    Bom, pensei muito em como estruturar esse relato, já que diferentemente dos outros, não se tratava de uma mega aventura, com caminhadas extensas e novos desafios a cada dia. Resolvi então não descrever detalhadamente cada dia dessa viagem, mas organizar as minhas ideias, representando aspectos do que foi vivido. Essa viagem para Parnaioca e esse consequente relato trata-se apenas de uma pequena demonstração de leveza e paz de espírito. Posso dizer, sem exageros, que a maior aventura que vivi nesses dias foi juntar forças para conseguir sair de baixo de uma sombra de árvore na beira da praia. Nossa, Foi difícil.

    Mas para contextualizar, em 2019 eu vivi muitas coisas legais, com boa parte delas relatadas aqui. Entre elas, o cadastro e o uso frequente uso dessa plataforma, que cada vez faz mais parte da minha vida. Como é bom ter um local para expressar as emoções e relembrar memórias. Escrever no Aventure Box é um processo muito íntimo e meu. Uma forma de guardar e compartilhar vivências e boas histórias. Tomara que alguém leia....ahahhahahaha.

    Voltando ao que estava sendo descrito, 2019 foi um ano de muitas conquistas e evolução, coisas incríveis aconteceram. Desbravei locais que vão desde a Chapada dos Veadeiros até a Serra do Cipó, fiz cursos que tanto queria e, talvez o mais importante, aprendi a escalar. Nos campos pessoal e profissional as coisas também iam muito bem, apesar dos altos e baixos frequentes da vida cotidiana.

    Apesar disso tudo, sentia que estava exausto, seja pelo intenso ritmo que tinha tido durante o ano, seja por perspectivas diversas. Foi então que tudo piorou nos últimos dias de 2019. Uma boa oportunidade no trabalho apareceu e tive que agarrar. Dias intensos de muito trabalho e estresse que resultaram no cancelamento de uma viagem para a Chapada Diamantina. Pois é, tive que renunciar a algo. Para se ter ideia, até o natal foi de muito trabalho. Fatos futuros comprovaram que o sacrifício tinha sido válido, mas isso não é algo que se tem ideia logo quando acontece. Mas para minha sorte, lá estava Parnaioca no horizonte, uma das mais belas praias da Ilha Grande e, durante cinco dias, meu refúgio de paz.

    Isso era começo de dezembro, quando foi então que começou uma louca procura por vagas, já que os campings estavam todos reservados. E assim foram dias e dias de fila de espera, até que (ufa) minha vez chegou. Não perdi tempo, fechei com a De Palmas Turismo, fiz a transferência e passei aqueles dias sufocantes com doce alento de que, quando aquilo acabasse, passaria dias e dias na beira da praia, sem grandes exigências ou metas a serem cumpridas, apenas vivendo.

    E assim, foi. Saímos bem cedo do Rio de Janeiro ainda no dia 28, seguimos de ônibus para Conceição de Jacareí, aonde um barco já nos esperava para fazer a travessia direto para Parnaioca. Tudo muito bem programado e organizado, aqui fica os meus parabéns para a empresa pela construção de toda a logística. Foi quando, aproximadamente às 11:00, estávamos ancorando o barco na praia, fazendo um cordão humano para passar as bagagens e, um por um, saindo do barco já com os pés no mar, sendo abraçados e recebidos pelo paraíso.

    Ficamos no Camping da Janete. No anexo dele de trás, para falar a verdade, que pertence a sua filha. Apesar se simples, não nos faltava nada. O que poderíamos precisar mais do que uma caminhada de 1 minuto até o mar? Eu, particularmente, nada.

    A belíssima Parnaioca (1)

    A belíssima Parnaioca (2)

    Eu já estive em Parnaioca algumas vezes na vida, mas confesso que essa foi especial. É diferente quando se tem o tempo para curtir e aproveitar, coisa rara na vida de andarilhos que, por muitas vezes, passam tão rápido que não percebem os mínimos detalhes. Dessa vez, aquele pedaço de mata atlância muito bem preservado na Ilha Grande proporcionaria muita coisa legal. Lá, só me restava...

    Relaxar

    Foram cinco dias de um intenso fluxo Barraca x Praia. Me perdoem os que estão lendo o meu relato cercados por paredes, mas não podia deixar de esnobar essa imensa riqueza. Foram dias para descansar do ritmo intenso. A rotina era fácil: levantar, tomar café da manhã, caminhar até a praia, estender a canga ou achar uma rede disponível, se alojar e tomar banho de mar, com pausas somente para as refeições. Eu não precisava ou queria outra coisa na vida. Andar muitos km em um dia? Que nada! Lembro bem dos momentos que passei apenas deitado na rede, olhando para nada...

    Que sacrifício...

    Trilhar

    Aqui eu desfaço tudo que contei anteriormente. Quem me conhece, sabe que sou hiperativo, então alguma caminhada eu tive que fazer. Nada que eu pudesse aqui falar com detalhes, mas ao menos pude esticar a perna a ver a Ilha Grande por outros ângulos (muitos). Escolhi a pequena trilha do Mirante. Uma caminhada fácil, de cerda de 20 minutos subindo o caminho que vai para Dois Rios, até que uma fita vermelha indica a entrada à direita para a rocha. Nela, é só dar a volta e subir pela escada de madeira alí presente.

    Mirante de Parnaioca.

    Refletir

    Uma cabeça que funciona o tempo todo à mil como a minha, não conseguiria se desligar totalmente. Aproveitei bastante o tempo que sobrava para refletir, sorrir, chorar, amar e sonhar sobre a vida. O ano estava acabando e eu tinha esse tempo perfeito para pensar bastante sobre o que foi vivido, sentimentos sentidos, vitórias alcançadas, quedas tomadas e, como em tudo na vida, os aprendizados tomados.

    Olhar para cima e refletir...

    Celebrar

    Afinal era Réveillon. As nossas noites eram tomadas por muita música no camping. MPB, forró, bebidas e sorrisos comemoravam a vida. Claro, um céu estrelado que enchia qualquer um de esperança. Aqui peço desculpas pela falta de fotografias, já que confesso que eu não estive muito disposto a registrar. De certa forma, minhas noites eram de intenso viver e amar. Nada mais me importava. Obrigado, Parnaioca, por tudo que foi vivido e celebrado. Que nos próximos anos muitas experiências venham pela frente e, consequentemente, muitos relatos sinceros. E não me esqueça, pois daqui a pouco eu volto.

    Obrigado, Parnaioca.

    Bruno Negreiros
    Bruno Negreiros

    Publicado em 10/04/2020 22:35

    Realizada de 28/12/2019 até 01/01/2020

    Visualizações

    1987

    5 Comentários
    Bruno Negreiros 12/04/2020 10:57

    Família, Parnaioca é um paraíso mesmo. Melhor ainda foi ver que a praia não ficou super lotada na data em questão.

    Jose Antonio Seng 23/12/2020 21:48

    Show, Bruno. Parnaioca tb foi uma das minhas eleitas. Aquele banhozinho de rio facil e depois o mar calmo. 👏👏👏

    Bruno Negreiros 23/12/2020 22:04

    Exatamente, José! Um dos meus lugares favoritos no mundo.

    Jose Antonio Seng 23/12/2020 22:44

    Só não sabia se ficava cheio ou não. Agora em outubro fiz a volta da ilha grande e lá estava super vazio. Graças a Deus. De fato, é o local mais remoto da ilha (digo isso pq as vezes não chega de barco, e a vizinhança tb não é tão grande em estrutura. Só Dois Rios talvez). Lembro que foi uma pernada longa de Parnaioca até Dois Rios e de lá até Caxadaço (o certo era até Palmas). Enfim, é longe de todo jeito do resto da ilha. Mas um lugar muito interessante.

    Bruno Negreiros 23/12/2020 22:45

    José, nunca está cheio. Em datas comemorativas, por exemplo, há um controle de pessoas acampadas na praia. No último réveillon lá estava super agradável enquanto o Aventureiro estava cheio, por exemplo.

    Bruno Negreiros

    Bruno Negreiros

    Rio de Janeiro

    Rox
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    Engenheiro ambiental e montanhista com o sonho de contribuir para a disseminação dos esportes ao ar livre e de aumentar a conscientização ambiental e social no mundo outdoor.

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