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Cristiane Kinguti 22/09/2016 07:45
    Corcovado de Ubatuba

    Corcovado de Ubatuba

    Acampando no corcovado de ubatuba

    Pico do Corcovado

    Local: Pico do Corcovado – Região sul de Ubatuba, acesso pelo Bairro do Corcovado
    Nível: Medio

    Obs: Para quem tiver medo de aranha já estão avisados, teias e aranhas são comuns nessa trilha.

    Resumo do local:

    O Corcovado, com seus 1.168 metros de altura, é um pico misterioso e imponente que se sobressai na paisagem do município de Ubatuba, causando fascínio e curiosidade.

    Existem duas trilhas por dentro da mata que levam até o seu cume.
    A mais longa, porém mais amena, se inicia no Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, em Natividade da Serra; a caminhada de 17 km é feita do continente em direção ao mar e só pode ser realizada com o acompanhamento de um guia do parque.
    Já a trilha mais curta, porém mais acentuada e rigorosa, se inicia no Bairro do Corcovado, região Sul de Ubatuba. Nesta você caminha de costas para o mar em direção ao continente, encarando a muralha da serra de frente. São 1.000 metros de desnível durante toda a trilha, que se assemelha a uma interminável escadaria de terra e raízes. Não recomendo para iniciantes por ser uma trilha de muita subida e descida de raízes, forcando muito os joelhos.

    Sabado:

    Acordamos cedo e logo seguimos para lá, a previsão do tempo para esse final de semana não era das mais animadoras, sabíamos da existência de um outro grupo que acabou desistindo pelo mal tempo.

    Bom o tempo estava meia boca, nem muito sol nem muitas nuvens, a estrada acabou logo em frente a um campo de futebol, onde tiramos a foto do nosso grupo.

    No começo a trilha é bem confusa, cheia de bifurcações mas começa a se inclinar até virar uma subida definitiva. Por conta de ser uma região húmida se preparem para suar, sim essas trilhas geralmente judiam tanto de nossas pernas por ter muitas raízes como nos fazem transpirar mais que o normal, o bom é que durante a caminhada existem muito pontos de agua, ajudando assim no peso de nossas mochilas.

    A Floresta Atlântica se revela em toda a sua exuberância – árvores muito altas, copas emaranhadas, fachos de luz do sol penetrando a escuridão da mata, sinfonia de pássaros e insetos – um verdadeiro santuário natural.

    A subida se dá, na maior parte do tempo, dentro da mata fechada, o que impossibilita a vista cada vez mais panorâmica do litoral. Antes da metade do percurso, existe um aglomerado de rochas conhecido como Capelinha – o primeiro lugar de onde se pode vislumbrar uma prévia do que nos aguarda lá do alto do pico.

    A constante inclinação da trilha é o que torna essa caminhada um ótimo lugar para se treinar potência muscular e resistência física. O canto metálico da Araponga (como se um ferreiro estivesse forjando uma espada a marteladas contra uma bigorna, ainda me lembro que o Jonas dizia: Nossa, existe coisa melhor do que começar o dia com esse som?) nos acompanhou durante grande parte da subida, vindo das profundezas da mata.

    Na crista da Serra do Mar, encontramos dois pontos com água durante o percurso, mas é recomendável trazer pelo menos de 2 litros com você. Já próximo ao pico, cruzamos uma bambuzal fechado onde alguma planta nos causou arranhões (Nas primeiras trilhas eu não conseguia entender porque algumas pessoas viviam andando com mangas compridas, mais ai está a resposta, quando passamos por regiões com capim ou plantas desse tipo, é comum que pessoas como eu que amam andar de blusa de manga curta ganhem algumas novas cicatrizes e arranhões, então fica a dica: mangas compridas).

    Ali a trilha não continuava mais reta, e sim dobrava em uma trilha sinuosa. Estávamos percorrendo a crista fina da serra; um lugar perigoso, pois a vegetação densa esconde verdadeiros penhascos a espera de um passo em falso fora da trilha, e para tornar isso mais emocionante a previsão do tempo não errou, o tempo se fechou e começou uma garoa sem fim.

    Mas como se tem a noção de estar próximo ao cume somos tomados por uma motivação e energia que antes estavam escondidas sob o cansaço. Atingimos o pico, enctramos um bom local para o nosso acampamento, montamos as barras e esperamos a chuva passar.

    Ela nos deu a trégua das 16:00 as 19:00 depois voltou e foi a noite toda chovendo, variando entre garoa forte e chuva leve.

    Todos em suas barracas estavam confortáveis, mais o que me incomodava? Bom estava estreando minha barraca nova, sabia das qualidades dela, que ela deveria aguentar aquela chuva mas 1º vez usando é normal acordar assustada e pensar: socorro estou me molhando, se mexer e ver que ela está sequinha? Rsrs… resumindo: Recomendo essa barraca para pessoas que acampam sozinhas (Eu por ex viajo com o pessoal mais sempre acampo sozinha, então procurava uma barraca leve e resistente, ela pesa 715gramas então foi um tiro certo).

    Domingo:

    Acordei e fiquei na barraca enrolando e pensando: que preguiça de sair, será que teremos bom tempo? Já pensava em como iria ser desmontar o acampamento com chuva e colocar tudo na mochila correndo, mas foi quando a Lili acorda super animada dizendo: bora sair da barraca está lindo, e eu sai mais pensava ela só pode estar de brincadeira.

    Fomos surpreendidos por uma belíssima visão, confesso que a muitos anos não me encantava tanto com um nascer do sol, me faltam palavras para descrever.


    A beleza da vista panorâmica da Serra do Mar do litoral norte paulista é arrebatadora. Parado no alto do pico, de costas para o continente, à sua frente você pode admirar a Baía da Fortaleza, É a cerração, a camada de nuvens baixas que se aproxima assumindo a forma desses belos animais em pleno galope, envolvendo-nos por completo no fim.

    Todos concordamos ser uma das cenas mais belas que presenciamos até hoje.

    Um horizontes de montanhas, com várias tonalidades; mais azuis quanto maior a distância. A neblina cobria as regiões mais baixas da paisagem, por sobre os rios, cidades e vales. Uma pintura.

    Botas confortáveis são obrigatórias aqui e bastões de caminhada ajudam muito, a descida assim como a subida é um bom teste para seus joelhos, não estou exagerando, eu que tenho um pouco de experiência na segunda senti algumas dores no corpo, meus joelhos deram um sinal de vida mais nada fora do normal.

    Bom no final da trilha, que desembocou no campo de futebol. Pegamos o carro e seguimos para Praia para um banho revigorante no mar e claro almoçamos antes de retornar as nossas casa.

    Quer saber mais?

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    1 Comentários
    Bruna Fávaro 29/09/2016 15:18

    Tô doida pra fazer essa, Cris! E vc ainda foi com a Lili e o Walter, tão queridos <3! Showzaço!

    Cristiane Kinguti

    Cristiane Kinguti

    São Paulo

    Rox
    414

    Já me desafiei em trilhas como a Serra Fina em dois dias, Desafio Serra Fina, Bocaina, Chapada dos veadeiros, Torres del Paine, Transmantiqueira e muitas outras viagens.

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