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Fabio Fliess 18/01/2021 13:39 com 1 participante
    Pedra da Índia

    Pedra da Índia

    Mais uma trilha na região de Araras, em Petrópolis.

    Hiking Montanhismo

    Pedra da Índia – 21.11.2020

    Já havia subido a Pedra da Índia em 2009, mas sempre houve confusão no acesso à montanha. O acesso inicial, passando pela casa de um morador no colo da estrada entre Araras e Vale das Videiras já tinha sido perdido, logo após o lançamento de um guia de trilhas da cidade. Quando estive lá, o dono do terreno foi incisivo e não nos deixou passar. Tivemos que fazer um outro caminho, muito mais longo. Por esse e outros motivos, nunca tinha voltado lá, desde então.
    Em meados de 2020, tive notícias de que finalmente consolidou-se um caminho para a montanha e que estava sendo bastante frequentado. Como prova, o número de tracklogs dessa trilha no Wikiloc aumentou absurdamente. Como a Letícia ainda não conhecia essa montanha, só esperamos o momento oportuno para marcar a caminhada.
    Quando surgiu a oportunidade, convidamos o nosso amigo Bruno Felix do CEP. Como de costume, quando marcamos algo para as bandas de Araras, combinamos nosso encontro na padaria no “centrinho” do bairro, as 7h da matina. Quando chegamos, o Bruno já estava por lá comprando alguma coisa para levar para a trilha.
    Após o café e as compras, seguimos em nossos carros até o início da trilha, que está localizado a aproximadamente 1,5km após o ponto final do ônibus de Araras, na localidade de Santa Catarina, onde começa a subida da serra que leva ao Vale das Videiras. Do lado esquerdo da estrada, existe um ponto de ônibus com espaço para estacionar uns três carros. A trilha começa atrás do ponto de ônibus, entrando na mata. Do outro lado da estrada, existe um terreno que funciona como estacionamento e “ponto de apoio” para quem for fazer trilhas no local. Ao final do texto, vou deixar o contato.
    O tempo não estava nada bonito, com muitas nuvens pesadas, mas não havia previsão de chuva pela manhã. Arrumamos nossas mochilas e começamos a caminhada as 8h. Logo que entramos na mata, tem uma porteira com arame farpado que é preciso passar, com cuidado. O trecho de mata é bem curtinho e logo depois de uma curva, já estamos a céu aberto, entrando em um trecho com muitas samambaias. E para a nossa surpresa, elas estavam tomando conta da trilha. Não sei se foi por conta das chuvas recentes, mas estava difícil de passar. Parecia que a trilha não era frequentada há algum tempo. Muitas vezes tive que forçar a passagem com o peso do corpo ou usar o bastão para quebrar os galhos, já que não levei facão, acreditando que a trilha estaria bem marcada.

    Essa “surpresa” nos fez perder um pouco de tempo e eu também perdi a ponteira plástica do meu bastão!! Por sorte, esse trecho não é tão grande e pouco depois estávamos numa trilha mais aberta e com vegetação rasteira. Mas na verdade existe uma confusão de trilhas, muitos caminhos de gado que podem causar alguma dúvida. Objetivamente, é preciso apenas traçar uma “linha reta” até a crista da montanha e tentar evitar os caminhos secundários.
    Seguimos subindo sem pressa, e por volta das 9h encontramos uma junção de caminhos, com uma trilha que vinha de outro terreno. Só tivemos que manter o “azimuth” para o local desejado. Um pouco acima, passamos por árvores onde parecia ter uma colmeia de abelhas. A Letícia acabou dando uma volta para não passar muito perto, já que ela tem alergia a picada de abelha.
    Um pouco acima, a inclinação foi cedendo e chegamos a um platô, indicando que a laje de pedra (que havia sido citada no guia de trilhas, com o caminho “original” que não foi percorrido em 2009) estava próxima. Esperei o grupo se reunir e entramos numa matinha que nos levou até essa laje.
    Curiosamente, o caminho correto é contornando essa laje de pedra pela esquerda. Mas demos uma rápida passada na laje para descansar um pouco, observar o que faltava até o cume, curtir a vista e aplicar mais uma dose do repelente Exposis, um dos poucos que tem algum efeito sobre os carrapatos, que infelizmente infestam o local. Definitivamente, não é uma boa época para fazer essa trilha.

    Voltamos até a trilha e seguimos agora contornando a pedra em toda a sua extensão. Quando saímos da mata, a trilha volta a subir. A confusão de trilhas é ainda maior nesse trecho. É muito fácil pegar um caminho na ida e outro na volta, o que acabou acontecendo com a gente.
    Fui seguindo pelo GPS, o que facilitava um pouco o trabalho, e cerca de 45 minutos depois, as 10h10 estávamos no cume da Pedra da Índia. Tiramos algumas fotos e resolvemos descer até a laje de pedra para lanchar, pois o cume estava tomado de insetos.

    Como disse, na confusão de trilhas, acabei pegando um caminho diferente na descida. Quando olhei no GPS estávamos a uns 50 metros distantes da trilha por onde subimos. Pegamos uma das muitas trilhas “paralelas” e voltamos ao caminho conhecido. Descemos bem rápido e logo estávamos lanchando e bebendo um suco. Enquanto isso, os carrapatos passeavam nas nossas roupas! Rsrs
    Alimentados e hidratados, voltamos a caminhar e rapidamente fizemos a descida do trecho mais íngreme. Quando chegamos no trecho das samambaias, ainda tentei encontrar a ponteira do bastão, mas foi em vão.
    As 11h30 chegamos nos carros, terminando mais uma trilha. Enquanto estávamos guardando nossas mochilas, o dono do estacionamento e ponto de apoio que comentei no começo do texto apareceu por lá, e proseamos um pouco. Gente muito fina.
    Até a próxima!

    Dicas:
    1 – Ponto de apoio do Sr. Fernando: contato pelo celular (24) 98834-4218.
    2 – A melhor época para frequentar essa trilha é no final do período chuvoso, entre janeiro e abril.
    3 – Se for em outra época, considere usar o repelente spray Exposis Extreme (frasco preto). Antes de vestir as roupas de trilha, aplicamos bastante repelente no tornozelo, pernas, na cintura e nos braços. Durante a trilha reaplicamos. E apesar dos carrapatos estarem nas nossas roupas, as picadas foram mínimas.
    4 - Importante mencionar que só encontramos um ponto de água já próximo do cume. Além da vazão ser mínima, eu não usaria por conta dos animais que circulam por ali.

    Fabio Fliess
    Fabio Fliess

    Publicado em 18/01/2021 13:39

    Realizada em 21/11/2020

    1 Participante

    Letícia Fliess

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    2718

    2 Comentários
    Bruno Negreiros 19/01/2021 19:45

    Boa, Fliess!! Mais uma pra infinita lista de Petrópolis.

    Fabio Fliess 20/01/2021 08:11

    Valeu Bruno. Qualquer dia, vamos agitar alguma coisa por aqui. Abraços.

    Fabio Fliess

    Fabio Fliess

    Petrópolis - RJ

    Rox
    4814

    Montanhista desde que me conheço por gente!!! Sócio e condutor do CEP - Centro Excursionista Petropolitano. Take it easy e bora pras montanhas! Instagram: @fliess

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