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Fabio Fliess 15/03/2021 15:39
    Por do Sol

    Por do Sol

    Trilha localizada nas proximidades de Itaipava, com visual incrível da cadeia de montanhas da cidade.

    Hiking Montanhismo

    Por do Sol – 28.01.2021

    Mantendo a ideia de evitar longas viagens e deslocamentos por conta da pandemia, seguimos fazendo as trilhas aqui em Petrópolis e, se possível, as mais próximas de casa.
    O morro do Por do Sol fica na região de Pedro do Rio, o quarto distrito de Petrópolis, cerca de 3kms da minha casa. Um pouco acima da fábrica Cervejaria Itaipava na BR-040, numa localidade conhecida como Bananeira está o seu principal acesso, através da Estrada Guilhermino Martino. Existe outro acesso pelo bairro Retiro das Pedras, mas na última vez que estive por lá, estava fechado.

    Praticamente um prolongamento da Pedra de Itaipava, o Por do Sol é ligado à essa primeira por uma bonita crista. Há alguns anos eu fiz, junto com um colega, uma travessia ligando os dois cumes, debaixo de muita chuva. Infelizmente, é uma travessia pouco repetida e, por isso mesmo, um trecho está quase sempre fechado e exigindo o uso do facão.
    Aproveitando o que parecia ser um bonito dia de sol, saí cedo de casa com a Letícia e paramos numa padaria excelente perto de casa para um bom café da manhã. Com a barriga forrada, seguimos caminho. A Letícia estava com compromissos do trabalho e só me levaria até a entrada da trilha.
    O melhor local para estacionar é num grande espaço plano que quase lembra um campinho de futebol. Nesse ponto me despedi da Letícia, começando minha caminhada solo subindo a rua, sempre tomando o caminho da esquerda em todas as bifurcações. Em menos de 10 minutos você vai chegar nas últimas casas da comunidade. Em todas as vezes que estive lá, eu pedia aos moradores do local para autorizarem minha passagem, mas dessa vez não foi necessário, pois abriram uma passagem ao lado do muro da casa. A partir desse ponto, a estradinha acaba e começa a trilha propriamente dita.

    O relógio marcava 8h e o calor já era forte. Fazia quase 2 anos que eu não passava por ali e estranhei o início da trilha mais erodido e mais “cascalhado”. Passei ao lado de uma linda e isolada árvore que eu não canso de fotografar. Em pouco tempo venci o primeiro trecho mais inclinado e comecei a caminhar em paralelo com uma cerca de arame farpado. Uma discreta trilha, que julgo vir de um acesso ao lado da Cervejaria Itaipava, se junta a trilha principal.
    Um capim baixo tomou conta do espaço e em alguns trechos, quase não se enxerga a trilha, mas a calha estava bem marcada. A minha frente, no horizonte, várias montanhas da Serra dos Órgãos. Olhando para trás, outras montanhas imponentes como o Taquaril e as Jacubas.
    Passei por algumas lobeiras e um pouco acima, ao lado de um bambuzal. Alguns metros depois, existe uma porteira que está sempre fechada. Abri, passei e voltei a fechar, como deve ser. A partir desse ponto, a inclinação e a deterioração da trilha aumentam muito. Essa trilha era frequentada pelo pessoal do motocross e em muitos pontos, existem crateras causadas pelas motos.
    Embora inclinado é um trecho curto e em pouco tempo estava no alto do primeiro cume. Ali já temos uma visão incrível das montanhas de Araras, como a Maria Comprida, João Grande e Monte de Milho. Um pouco a frente, com a trilha super marcada, o cume maior do Por do Sol e logo atrás, a Pedra de Itaipava.

    Para alcançar o cume principal, basta atravessarmos esse primeiro cume e descer pela trilha erodida até um colo onde existe uma torre de alta tensão. Alguns metros à frente, a trilha volta a subir forte e exige mais atenção por causa dos sulcos e buracos deixados pelas motos. Esse é o trecho mais cansativo da trilha com desnível de 150m em cerca de meio quilômetro caminhado. Somado ao sol, quejá estava bem forte, eu suava pra caramba, mas subi sem correria, fotografando e curtindo o visual.
    As 9h em ponto cheguei aos 1210m do cume principal do Por do Sol. Tirei a mochila e descansei um pouco, aproveitando para me hidratar. Fiquei lagarteando cerca de 20 minutos e resolvi descer. Apesar do cuidado nos trechos erodidos, em pouco tempo eu já estava na estradinha, onde parei para trocar a bota por um tênis. Desci até o ponto onde a Letícia me deixou mais cedo, chegando as 10h15. Dali desci direto até a BR-040, como ainda era cedo, resolvi voltar a pé para casa.

    Dicas
    - Trilha 100% exposta ao sol. Capriche no protetor solar.
    - Não existem pontos de captação de água no caminho.
    - No Wikiloc você encontra diversos tracklogs com diferentes acessos para essa montanha. Vale a pesquisa.

    Fabio Fliess
    Fabio Fliess

    Publicado em 15/03/2021 15:39

    Realizada em 28/01/2021

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    2414

    4 Comentários
    Marcelo Knieling 15/03/2021 15:54

    Show de relato Fabio. E belas fotos, parabéns !! 💪⛰️

    Bruno Negreiros 16/03/2021 07:53

    Fabio, o nome é pq tem um pôr do sol irado?

    Fabio Fliess 20/03/2021 10:18

    Valeu Marcelo. Muito obrigado!!!!

    Fabio Fliess 20/03/2021 10:19

    Fala Bruno. Cara, o sol se põe atrás da Maria Comprida e montanhas vizinhas. É realmente muito bonito.

    Fabio Fliess

    Fabio Fliess

    Petrópolis - RJ

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    Montanhista desde que me conheço por gente!!! Sócio e condutor do CEP - Centro Excursionista Petropolitano. Take it easy e bora pras montanhas! Instagram: @fliess

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