Travessia Pedra de Itaipava X Por do Sol – 07.09.2021

Para o feriado da Independência, resolvi aproveitar o tempo bom para refazer a travessia ligando a Pedra de Itaipava ao Morro do Por do Sol. Uma travessia tranquila, com boa altimetria em um trajeto de 6,3km.
Em 2017, junto com o Marcelo Garcia do Centro Excursionista Petropolitano, abrimos essa travessia num dia muito chuvoso. Apesar da chuva, não desanimamos e completamos o trajeto. Mas não pudemos apreciar nada da paisagem e dos detalhes do caminho. Na minha recordação, o trecho do colo entre as montanhas e a subida para o Por do Sol foi vencido na base do ódio. Muito capim, chato de transpor e também para bater facão. Na ocasião, deixamos alguns pontos sinalizados, na esperança de que as pessoas repetissem a travessia para consolidar o caminho.
Em duas ocasiões vi grupos na travessia e soube de algumas pessoas que a repetiram, mas a trilha voltou a fechar. Ano passado, alguns colegas do clube fizeram a travessia e comentaram que o tal trecho complicado estava bastante fechado. Mais para o final de 2020, vi várias postagens no Wikiloc de pessoas que refizeram a trilha, aproveitando para emendar com outros trajetos. Em julho de 2021 uma turma do CEB - Centro Excursionista Brasileiro, com a Cláudia Bessa e Francesco Berardi fizeram a travessia e deram uma caprichada nesse trecho difícil, deixando totalmente transitável.
Chamei o meu amigo Gilmar para me acompanhar, pois a Letícia não poderia ir conosco. As 7h30 ele passou na minha casa e seguimos de carro até a entrada da trilha para a Pedra de Itaipava. Diferente dos dias anteriores, o tempo estava fechado, com muitas nuvens. Mas nem reclamamos...

Vencendo a crista da Pedra de Itaipava

Iniciamos a trilha, já bastante conhecida pelos dois, exatamente as 8h. Já havia outras pessoas na trilha. Subimos com poucas paradas e em cerca de 1h já estávamos no cume, onde encontramos quatro trilheiros, com quem conversamos um pouco.
A parada no cume da Pedra de Itaipava foi rápida, com o tempo apenas de nos hidratarmos, tirarmos algumas fotos e conversar. Logo começamos a descida para a travessia, que está bem marcada no começo e fácil de seguir. Aos poucos, a trilha vai ficando mais discreta, mas ainda perceptível. Passamos por alguns pontos com pedras soltas onde tivemos um pouco mais de cuidado para não levar um tombo.
Continuamos sem paradas até chegarmos no colo entre as montanhas. O visual para a nossa esquerda é sempre impressionante, com a Maria Comprida em destaque. Fizemos uma rápida parada antes de entrarmos no trecho “plano”, já com bastante mato à nossa volta. Mas o trabalho do pessoal do CEB foi muito bom, pois conseguíamos evoluir sem grandes dificuldades. Tudo muito diferente da primeira vez.
Atravessamos esse curto trecho e logo voltamos a subir, em direção ao Por do Sol. Inicialmente ainda com bastante mato alto, que vai sumindo aos poucos, deixando apenas um capim mais baixo. Novamente subimos sem muitas paradas. Em uma dessas paradas olhamos para trás e vimos a boa descida que enfrentamos desde que deixamos a Pedra de Itaipava. Nessa travessia o desnível negativo era maior que o positivo. Um bom teste para os joelhos!

Panorâmica no cume do Por do Sol

As 10h em ponto chegamos ao cume do Por do Sol, onde ficamos por quase meia hora tirando fotos e fazendo um lanche reforçado. Aproveitei que tinha sinal 4G e entrei em contato com a Letícia que havia se comprometido de nos resgatar no final da trilha. Preparei um suco gelado e descansei mais um pouco. Gilmar aproveitava para tirar fotos, pois todo esse trecho era novidade para ele.
Descansados, recolocamos as mochilas às costas e retomamos a caminhada. Descemos com cuidado o trecho erodido entre os dois cumes do Por do Sol. Aparentemente, parece que tem bastante tempo que o pessoal do motocross não dá as caras nessa trilha, e aos poucos o mato está tomando o espaço onde antes só havia sulcos na terra. Infelizmente, as erosões em alguns pontos são profundas.

Agora faltava pouco...

Chegamos ao colo onde existe uma torre. Fiz uma parada parar tirar as “pernas” da calça-bermuda, pois já dava para andar mais à vontade. O calor já estava bem forte e o sol voltava a aparecer. Esperei pelo Gilmar e logo seguimos para o segundo cume, onde só tiramos algumas fotos.
Enquanto descíamos o último trecho, aproveitei para atualizar nossa posição para a Letícia. Fomos descendo sem muita pressa, fotografando bastante. Passamos por muitas lobeiras (Solanum lycocarpum) em floração.
Logo começamos o último trecho, descendo até as últimas casas do bairro Bananeira, em Pedro do Rio. Passamos pela enorme árvore solitária no caminho, e em 5 minutos terminamos o trecho de trilha. Agora faltavam mais uns 500m até o nosso ponto de resgate, aonde chegamos as 11h30. A Letícia já nos aguardava.
Voltamos até a entrada da trilha da Pedra de Itaipava para resgatar o carro do Gilmar e assim finalizamos mais uma trilha.
Até a próxima!!!