Eu me mudei recentemente para Minas Gerais e aqui tudo é novo para mim. Meu esporte principal é o mountain bike, alterno com corridas, gosto de fotografar e de vasculhar mapas de todos os tipos. Então em terras desconhecidas e que ainda não me enturmei, montar rotas no BaseCamp e segui-las no GPS passou a ser rotina. Acontece que meu Edge 1030 apresentou um defeito na tela LCD, um tipo de halo azul nas bordas e que tendeu a se agravar. Resultado: recall e substituição por outro, mas sem previsão de importação pelo importador.

Então o que me restou foi recorrer aos bons e velhos mapas de papel como antigamente. Daí então eu sei que a região é bastante explorada e seguidamente percorrida por ciclistas e por isso não teria muito erro em sair na base do boca a boca até um arraialzinho e voltar. Para melhorar, resolvi partir do zero, e definir um ponto aleatório para chegar lá tendo visto apenas uma foto qualquer no Google Earth. No caso, foi um ponto elevado nas redondezas e pouco conhecido onde dá pra assistir ao por do sol.

Busquei cartas topográficas matriciais no BDGEx e sobrepus as mesmas sobre uma base de mapas OpenStreetMaps no software BaseCamp para traçar meu percurso, definir pontos de interesse, montar uma planilha de distâncias e, assim, imprimi a aventura. Foi um percurso curto para começar, mas bastante desafiador por conta do tanto de imprevistos que houve. Ao todo foram 30km totalmente desconhecidos e metade deles à noite, sem referencial visual e totalmente casca grossa.

Comigo estava a bike, água, ferramentas, celular, farol para 6 horas de duração, minha Gopro, um inReach para emergências, o mapa e claro, um lanchinho para comer após o por do sol. Os imprevistos ficaram por conta dos mataburros longitudinais (mata-ciclistas melhor dizendo) e um problema com a suspensão da minha bike que perdeu pressão e a bike encolheu, p que dificultou muito a minha pedalada.

Mas no fim, eu me dei por satisfeito pois faz mais de 10 anos que naveguei por mapa de papel numa região que não conheço. Ainda tirei algumas fotos, conheci um fazendeiro chamado Leonardo que me passou informações atualizadas do local onde eu estava e gravei um curto vídeo para o YouTube para servir de incentivo aos iniciantes. Assim sendo, espero que o GPS retorne logo, porém se não chegar, não vai ser a falta dele que irá deixar a bike empoeirar na sala.

Saudações a todos e obrigado pela leitura até aqui.

George