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Luciano Fonseca 13/03/2018 23:53
    P.N. Serra do Cipó + Cach. do Tabuleiro (a maior de MG)

    P.N. Serra do Cipó + Cach. do Tabuleiro (a maior de MG)

    Um aventura de bike e também à pé, pela região da Serra do Cipó.

    Fala galera, bom demais?

    Alguns dias de férias e desta vez resolvi fazer uma aventura diferente: levar a bike para a Serra do Cipó e explorar a região com a magrela e também à pé, entre os dias 23 e 28fev18.

    Mesmo com muita chuvarada em MG no pós-carnaval, acompanhando a previsão do tempo, resolvi arriscar e partir para Serra. Comprei os trem de comer, arrumei a bike coloque tudo no carro e parti na manhã seguinte. Mais ou menos 7 horas de viagem da terrinha até lá, em ritmo de férias, sem pressa.

    Sexta-23 fev18

    Viagem OK. Cheguei e logo vi que já valeu a pena ir mesmo com a previsão não estando boa. Cheguei no 1º dia do Festival de pequi na Serra do Cipó. J Bão demais! Decidi ficar no camping Grande Pedreira. Armei o camping, jantei e parti para o festival J. Simples, mas com aquele clima de serra. Lá eu colhi algumas informações importantíssimas para o próximo dia, que seria de bike pelo Parque Nacional Serra do Cipó.

    http://www.icmbio.gov.br/parnaserradocipo/images/stories/guia_do_visitante/Cardapio_FINAL.pdf

    DICAS:

    - Camping e Pousada Grande Pedreira excelente espaço para camping, banheiro grande (masculino e feminino) com vários chuveiros e vasos sanitários, várias pias do lado interno e externo. Simples como a maioria dos campings, porém normal para que já freqüenta esses lugares.

    - O Parque Nacional Serra do Cipó permite a entrada de bike e à pé pelas duas portarias existentes atualmente (principal e Retiro)

    Sábado- 24fev18

    Levantei cedo, comi uns trem, arrumei a bike e fui explorar o parque. Do “centro comercial” até lá são uns 3 ou 4km. Asfalto e chão. Entrada 0800. Peguei mais dicas na portaria e fui. Destino: Cânion das Bandeirinhas -24km (ida e volta) caminho praticamente plano até lá. É necessário cruzar alguns pontos de água, riachos rasos, pelo caminho. Fui em época de chuva, logo, o caminho tava bem alagado em certas partes, mas ta valendo...tudo é aventura. Recomendo ir de bike: você chega mais rápido, consegue ir a outros atrativos pelo caminho (são vários) e explora o parque de uma maneira diferente. Próximo ao cânion você precisa atravessar um rio que não estava forte (água na altura coxa/bunda). Muitos deixam as bikes por ali, outro (eu J) atravessei com bike e tudo. rs Alguns lá me perguntaram como eu fiz, só disse: joguei no ombro e fui uai. Da pra ir. E ainda tem um bom pedaço até o cânion. Lugar lindo!

    Voltando resolvi não passar na cachoeira da Farofa, porque o tempo estava bem fechado e vi que a chuva poderia chegar. Fui até a portaria e peguei mais dicas. Resolvi fazer um caminho alternativo e sair na outra portaria (portaria do Retiro-parte alta). Caminho marcado, sem chance de se perder, mas tem que atravessar outro rio e esse se chover muito fica perigoso. Tive que ir primeiro sem bike para marcar o caminho. Voltei, peguei a magrela (pesada d+) e fui. Aqui a água estava na barriga. Não recomendo para inexperientes ou se bater aquele medo. A água aqui já tem uma força considerável. Mas da pra ir com cuidado. O segredo é chegar e não demorar muito ali, como me disse o funcionário Daniel da portaria, “lá os pernilongos te jantam” kkk VER-DA-DE!! E tem é muito, meu fii!!!

    Ali a chuva já começou. Subi a trilha e saí na “portaria” da parte alta. Ambascom controle de entra e saída de pessoas. Peguei mais dicas e fui para o camping. E pensa na chuva que caía...

    Banho, janta, lavar as roupas de bike, cochilo e festival, claro! Consegui mais informações, comi mais uns troço lá, inclusive o pequi (não gostei) e fui dormir.

    DICAS:

    -há aluguel de bikes na portaria principal (R$ 40). MUITAS BIKES! Recomendo para aproveitar melhor o dia, devido à distância. Acho o valor caro, mas ainda sim recomendo. Talvez um dia não pese tanto no orçamento se for planejado.

    - não esqueça o protetor solar, o sol lá torra a pele.

    - água e comida, INDISPENSÁVEIS para trilha. Provavelmente você passará o dia todo no parque. Há muitos atrativos para se conhecer. O parque é todo sinalizado.

    - Se chover fique atento com o aumento do volume d’água. NÃO SE ARRISQUE em atravessar os rios. Aguarde o volume da água abaixar e faça o retorno com segurança e calma.

    - na temporada de chuva você vai molhar seu pé e, talvez, pisar na lama preta, se prepare para isso. Vi pessoas com tênis branquinho branquinho...deu até dó. rs

    Domingo-25fev

    Mais um dia de bike pelo parque. Fui conhecer os atrativos da parte alta neste dia (portaria do Retiro). Destino: Cachoeira do Tombador (22km ida e volta), é o atrativo mais distante. Nesta trilha eu recomendo bike somente para que já faça trilhas de bike. Caminho mais técnico, com pedras e single track. Em muitos pontos é necessário jogar a bike no ombro e BORA! rs. Caminho com vários atrativos lindos! Cachoeira do Tombador e Andorinhas são LINDAS! Para Andorinhas você precisa atravessar o rio. MAIS UMA VEZ DEIXO MEU ALERTA _ em caso de chuva fique atento com o volume d’água. NÃO SE ARRISQUE.

    Infelizmente não tirei foto do caminho e nem da Cach. das Andorinhas. Eu tava empolgado e apreensivo. Tive que esconder a bike para seguir até a Andorinhas, devido a água do rio estar na altura da cintura e mais forte que no dia anterior. Mas com cuidado todos chegam lá, havia um grupo de BH, umas 20 pessoas de várias idades, e todos chegaram até lá.

    Dia sem chuva e com muito calor. O dia foi todo em cima da bike.

    Voltei para o camping. Banho, janta, lavei as roupas de bike e por recomendação de um camarada que conheci lá, fui tomar uma na Venda do Zeca. Lugar simples, diferente e bem agradável. Lá você acha de tudo: de pão à cerveja; de legumes a cortador de unha kkk (não sei se tem, mas não duvido rs).

    O Cansaço bateu forte neste dia. Trilha mais técnica e sol forte. Voltei cedo para “casa”.

    DICAS:

    - os atrativos pela portaria do Retiro são mais preservados. (gostei mais)

    - para a galera do mountain bike (não recomendo para iniciantes). Dá para ir até a Cach. do Tombador. Já para Cach. das Andorinhas o melhor é deixar a bike em algum lugar antes do primeiro riacho. Porque se o volume da água aumentar dificilmente você vai conseguir atravessar de volta com a magrela.

    - leve um cadeado para bike, se tiver.

    - e não se esqueça de tirar fotos (não faça como eu.rs)

    Segunda-26fev.

    Acordei e resolvi partir para Tabuleiro - distrito de Conceição do Mato Dentro. Estava em meus planos conhecer A MAIOR CACHOEIRA DE MG.

    Levei 2 horas até o distrito de Tabuleiro, onde fica a Cachoeira do Tabuleiro com seus mais de 270m de altura, a 3ª maior do Brasil. Cheguei debaixo de um pé d’água, já por volta de 15h, e resolvi ir direto para o parque. Era tanta água que caía do céu, que para sair do carro tive que colocar o poncho. Do estacionamento já se vê a imponência da cachoeira. Impossível olhar e não ficar impressionado com sua grandiosidade. Ela é realmente linda! O acesso para a cachoeira não estava liberado, devido ao pé d’água que caía no momento. Após a chuva pude ir ao mirante (10min da portaria) e admirar um verdadeiro espetáculo da natureza.

    Era para eu estar ali com uma amiga finalizando a famosa travessia Lapinha-Tabuleiro. Mas devido à previsão de chuva para todos os dias durante toda a semana, essa trip ficou para uma próxima oportunidade.

    Dormi no distrito. Há opções por lá de camping, hostel e pousada, (fiquei no EcoHostel, muito bom) para no dia seguinte, com sorte, eu conseguir ir até a queda da cachoeira. E eu tive sorte!

    Terça-27fev18

    Às 6h da manhã fiz meu café, arrumei a bike e parti para o parque. Talvez uns 3km do “centro”. Pensa num subidão... inclina mais um cadim, agora sobe e sobe, e aí sim você chega lá.rs (esse eu recomendo para iniciantes que estão viciados em mountain bike. rs).

    Larguei a bike na portaria, fiz a parte burocrática e peguei a trilha (aqui você paga R$ 10. Muito bem pago pela estrutura de acesso que foi construída recentemente até o leito d’água). Escada, ponte, escada, ponte...só descida. Você desce todo o vale até chegar à água e a partir daí a trilha é por cima das pedras. Não sei quanto tempo gastei até a queda (eu realmente estava impressionado com o que eu via sempre a minha frente), talvez 1:30h da portaria até lá. Ela é INCRÍVEL!

    Depois de algumas horas lá, retornei até a portaria, peguei a bike troquei uma idéia com o pessoal que trabalha lá e em silêncio retornei para o hostel. Eu estava realmente impressionado com beleza, tamanho, som e energia que eu havia visto, observado, escutado e sentido naquele lugar.

    O restante do dia foi de descanso, para repor as energias e para relembrar dessa viagem com tantas sensações mágicas e experiências incríveis vividas em apenas 5 dias na região da Serra do Cipó. Ainda volto lá...

    Luciano Fonseca
    Luciano Fonseca

    Publicado em 13/03/2018 23:53

    Realizada de 23/02/2018 até 28/02/2018

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    2 Comentários
    Pedro 22/03/2018 17:19

    Lugar abençoado!

    Luciano Fonseca 02/04/2018 19:05

    É sim, Pedro. Esse lugar é incrível!

    Luciano Fonseca

    Luciano Fonseca

    Juiz de Fora-MG

    Rox
    18

    A simplicidade da natureza nos ensina a cada momento e nos transforma em pessoas melhores. Mineiro que gosta de comida boa e amizades verdadeiras.

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    Mínimo Impacto
    Manifesto
    Rox

    Peter Tofte, Dri @Drilify e mais 442 pessoas apoiam o manifesto.