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Rogério Alexandre Francis 14/08/2019 09:26
    Em busca do GPS perdido

    Em busca do GPS perdido

    Tentativa de resgate do GPS que perdi numa subida em bate e volta ao Marins. Caiu numa fenda, na base da rocha.

    Hiking Montanhismo Trekking

    Em busca do GPS perdido

    Fazia pouco mais de 15 dias da subida ao Marins para apresentar as montanhas a duas amigas. Relatei um pouco do que passamos “Marins sob as Divas”. Na ocasião, meu GPS caiu numa fenda no pé do maciço rochoso. Procurei um pouco, e não achando-o de pronto, decidi por deixá-lo para trás, de forma a minimizar risco se algum perrengue mais sério que o habitual cansaço muscular da pernada.
    Chegara a hora de buscá-lo. Conseguira o apoio do Douglas, do grupo “Malucos do Amantiquir”, e não posso deixar de registrar, a empreitada, nesse momento em específico, era coisa de maluco mesmo. Havíamos completado a Transcaparaó e retornado ànossa querida São Paulo dois dias atrás, o corpo ainda apresentava sinais das longas pernadas dos dias antecedentes. Minha folga acabara na terça... cheguei na casa dos meus pais às 2:00 de quarta... às 7:00, me apresentava à labuta de vésperas de férias. Muito a fazer, pouco tempo. Folga adicional impensável. De forma que procurei adiantar o possível para sexta. Dormi o que pude e, às 2:00 de quinta, peguei o Douglas no prédio dele e seguimos para Piquete. Não pretendíamos chegar cedo lá, para permitir que, quando alcançada a área das buscas, já tivéssemos o sol alto, iluminando tanto quanto possível a parte mais profunda da fenda.
    Paramos a Lady no Acampamento Base dos Marins pouco após as 5:30 e, iniciamos a subida, aos poucos ultrapassando os colegas de montanha que subiam, pesados, para a travessia Marins-Itaguaré ou para acampar no cume.
    Pouco após o nascer do sol alcançamos o cume do Careca e passamos a ganhar altitude de forma mais célere, com a maior inclinação da encosta. Nessa hora percebemos que não dispúnhamos de nenhuma máquina fotográfica... meu celular estava com a bateria viciada, não durando nada e por isso, eu o deixara no carro... o Douglas havia colocado o aparelho dele para carregar no painel, e acabara por esquecê-lo... consideramos retornar para buscá-lo, mas a ansiedade em iniciar as buscas prevaleceu e seguimos em frente. Como pensado, alcançamos a região onde ficava a fenda próximo das 9h e o sol já dava ampla base para a busca. Decidimos descer apenas um, e como eu já havia procurado e não encontrado na ocasião da perda, optamos por deixar-me em cima, fazendo a segurança do Douglas, que desceria usando a fita. Rapidamente, nos preparamos e passamos à busca, com o apoio das potentes lanternas que levamos. Uma primeira busca foi infrutífera, e após analisar as possibilidades de onde o equipamento poderia ter parado, passamos a desmontar a pilha de rochas que desmoronamentos anteriores haviam criado, com extremo cuidado, retirando as rochas para cima e fazendo novas observações à cada rocha removida.
    A busca se estendia, a determinação prevalecendo sobre o insucesso... alternativas menos prováveis foram sendo testadas e descartaras uma a uma. Com mais de meia buscas fustradas, o Douglas tateou uma parede da fenda, que alagada e distante, não parecia muito promissora... na terceira tentativa, palpou a capa rugosa do aparelho, para nossa alegria. O aparelho, após quase 15 dias sob as águas ainda estava ligado... a vedação se mostrou realmente eficiente, rsrs.
    Recuperado o GPS, fizemos a subida final até o cume, para registrar a passagem no livro e curtir um pouco o visual, enquanto fazíamos um breve lanche. Brindamos o sucesso com limonada de tang, consumimos as guloseimas e batemos papo com os colegas que chegavam ao cume. Pouco após o meio dia, começamos a descida, procurando seguir as marcações indicativas da trilha. Fizemos varias paradas para ajudar e orientar os que subiam quanto à possibilidade de colocarem suas barracas no cume. Apesar das paradas para socialização e apoio, a musculatura das pernas sinalizava o “abuso” a que havia sido exposta nos últimos disse seguíamos quase que claudicando... mesmo assim, descíamos curtindo o visual e pouco após as 15 horas estávamos de volta ao carro. Fizemos uma rápida pausa para registro, alongar os músculos e começamos a retornar pada SP. No retorno, o cansaço começou a se manifestar de forma mais intensa, e o Douglas, gentilmente, se dispôs a ficar num posto próximo à sua casa, de forma a me poupar uma horinha entre ida e volta.

    2 Comentários
    Renan Cavichi 14/08/2019 11:39

    Caraca Rogério! Que sorte heim, que bom que encontraram o GPS!

    deu um trabalho, mas felizmente achamos!

    Rogério Alexandre Francis

    Rogério Alexandre Francis

    Santos e SP

    Rox
    401

    Montanhista de FDS, engenheiro de formação, aficionado por historia, geografia e biologia. O cume não pode ser a maior alegria da pernada.

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