Que saudade que eu sinto daquela mistura de frio na barriga e determinação tão presente no nosso estilo de vida. Daquela ansiedade gostosa que acompanha toda a etapa de planejamento e determinação de novas aventuras. Depois, de passar o dia ajeitando tudo e imaginando que grandes experiências serão vividas. De sair e de encontrar as mais deslumbrantes paisagens que o ser humano é capaz de ver com esses olhos tão humildes. Das praias, das montanhas, das caminhadas, passo após passo, carregadas de determinação e força de vontade. Subidas e descidas, o nascer e o pôr do sol, capazes de alterar qualquer direção de vida rumo à simplicidade e à incessante busca por algo muito maior do que o material. Queremos viver, queremos sentir, sorrir, amar, passar perrengues. Queremos ser com toda a intensidade. Que saudade da minha mochila carregada de sentimentos, esperanças e alegrias.
Sinto falta dos meus amigos e da convivência harmônica com todos aqueles que, como eu, apenas querem enxergar diferentes formas e feições de mundo. Dos encontros cheios de expectativas, das trajetórias que, enquanto rumam para uma mesma direção, internamente são tão únicas e especiais. Como são marcantes às conversas no acampamento e tudo que dali saem. Em uma montanha, sempre criamos muitas outras montanhas. Criamos sonhos e propósitos. Criamos laços fortes e sinceros, no meio de uma tamanha desconexão com a vida dita por outros como cotidiana. Na verdade, estamos criando verdadeiras conexões com o que mais importa: consigo, com o amor e com a verdade e a pureza da natureza.
Fico aqui lendo meus livros, ouvindo minhas músicas, subindo minhas escadas e escrevendo meus pequenos textos olhando para o horizonte. Algumas feições se erguem no relevo distante, enchendo meu peito de saudade. Mas ao mesmo tempo, me carregando de esperanças e de uma enorme certeza no reencontro. Procuro aprender e me desenvolver como ser humano para que o futuro seja ainda mais repleto de experiências únicas e verdadeiras. O importante agora é cuidar de mim e daqueles que amo. E, claro, nesse momento crítico que vivemos, renovo minha força, minha raiva, meu senso crítico e minha motivação para lutar por um mundo melhor.
Logo estaremos de volta. As montanhas e as paisagens estarão lá, ainda mais imponentes, ainda mais verdes, e repletas de caminhos e agarras para se seguir. Já imagino os desafios, os perrengues, as quedas e as conquistas. Ver e sentir. Já imagino a água gelada dos rios, o mergulho nas praias, o salto entre raízes, o olhar para as nuvens. Será que vai chover? Não, não vai, haverá um novo amanhecer, e o seu sol, vermelho e pujante, preencherá cada pedaço do meu corpo de vida e de paz.
Texto: Bruno Negreiros
Vídeo: Heloíza Batista
Música: Ricardo Ávila
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Que binito abigo
hahahahahahha Valeu!
Que baita reflexão!!!
👏🏼👏🏼👏🏼⛰🌊😌
Eduardo você tem que aparecer nos eventos lá do Clube Outdoor. Saudade, irmão!
Ahhhh vc traduziu tudo o que eu amo e sinto ....vídeo lindo ..parabéns
Obrigado pelo carinho, Hirlei!!!
Tô com saudade de arrumar a mochila. Aquela sensação gostosa de planejar os detalhes antes de uma trip rsrs