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Caio Souza 09/03/2024 00:03
    Cicloviagem pela rota dos sete lagos na Argentina

    Cicloviagem pela rota dos sete lagos na Argentina

    Percurso de Bariloche até San Martin de Los Andes, feito em seis dias.

    Cicloviagem Acampamento Mountain Bike

    Uma cicloviagem pela rota dos sete lagos na Argentina

    Novamente tenho o prazer de registrar um cicloviagem realizada na companhia de minha esposa Ariane, no final de fevereiro de 2024 e desta vez o roteiro escolhido foi a rota dos sete lagos na Argentina, de Bariloche até San Martin de los Andes, um percurso de aproximadamente 200km que se faz normalmente em cinco dias, contando com acampamentos ao longo do caminho.

    Esta cicloviagem foi feita no verão de modo que nós brasileiros não morramos de frio. E mesmo assim a temperatura é bem menor do que estamos acostumados no hell de janeiro. No período que escolhemos (final de fevereiro) já não existia mais gelo nas montanhas argentinas, depois de todo o verão com suas temperaturas acima da média.

    A preparação para esta viagem foi, além de preparação física, entender como funciona o dinheiro argentino, assim como a cotação do dólar, quanto levar, como trocar dinheiro. Confesso que isso me estressa, essas preparações que não tem nada a ver com a bicicleta em si. Levamos também agasalhos que normalmente não usamos para enfrentar um clima desconhecido por nós já que uma viagem acampando é bem diferente do que ficar numa cama quente de hotel. Outro agravante é ser uma cicloviagem, não dá pra voltar pra pegar algo que esqueceu. Com isso em mente pensamos bastante na hora de fazer as malas.

    Consideramos a idéia de levar nossas bicicletas porém além da dor de cabeça de despachar as bicicletas teria um gasto com as malas das mesmas. A outra opção seria alugar as bicicletas em Bariloche e assim encontramos a empresa Patagonia Bike Trip que nos surpreendeu com o suporte para os viajantes da rota dos sete lagos. Eles têm tudo para essa travessia, bicicletas, equipamentos, rotas, informações, nos sentimos muito seguros de fechar com eles, além do valor bem razoável para o nível das bicicletas: 18 dólares a diária da bicicleta e 7 dólares a diária do bagageiro e alforges. Para 6 dias o valor fica bem em conta em relação a levar as próprias bicicletas.

    Levamos também uma barraca para três pessoas, dois isolantes térmicos infláveis da nature hike (muito bons), sacos de dormir, fogareiro, panela e uma parafernália eletrônica para as mídias: drone, câmeras, power bank, bomba elétrica portátil para inflar pneus e principalmente os isolantes.

    Com a rota e equipamentos prontos partimos de Bariloche em direção a San Martín de los Andes, cheios de disposição e animação, sonhando com as incríveis vistas dos lagos, conforme nos mostraram as fotos e vídeos em nossas pesquisas.

    Primeiro dia

    Saímos por volta das 8h da manhã da pousada em Bariloche em direção a empresa que aluga as bicicletas, antes de fazer qualquer coisa. A temperatura estava amena, por volta dos 14 graus pela manhã, o que deixaria o pedal mais agradável. Chegando na loja descobrimos que ela abriria as 9:30h e esperamos até a chegada do simpático Lucas que nos atendeu muito bem. Com informações precisas me pareceu que ele tem muita experiência com o ramo de cicloviagem pela rota dos sete lagos. Lucas escolheu duas bicicletas, as equipou com alforges, ferramentas, bombas, etc. Nos mostrou em um grande mapa na parede toda a rota, indicando onde dormir, quantos quilômetros andar, onde venta muito, como é o caminho. Realmente o cara nos entrega tudo o que a gente precisa pra se sentir seguro na jornada. Arrumamos nossas coisas nos alforges e as mochilas vazias ficaram com eles para translado até San Martin, onde entregariamos as bicicletas e pegaríamos de volta as mochilas. Partimos com as bicicletas em direção ao centro para trocar dólares por pesos e comprar umas últimas coisas que faltavam.

    Preparação das bicicletas.

    Começamos de fato a jornada ao meio dia, um horário tardio porém era o que tínhamos. Hoje serão 40km até o camping Mapuche, conforme indicado por Lucas em seu abençoado mapa. No caminho paramos para almoçar quando estávamos com 15km no nosso odômetro de viagem e logo partimos já que o horário estava bem adiantado.

    As bicicletas nos pareceram boas porém as marchas não eram: além de muito duras elas falhavam ao entrar. Tivemos que ter uma dose de paciência para nos acostumar a elas. Um ponto positivo foram os alforges, muito grandes, impermeáveis e destacáveis, tornando a tarefa de acampar muito mais fácil.

    O caminho é basicamente a volta ao lago Nahuel Huapi, que banha as praias de bariloche e, segundo o Lucas, seria um caminho monótono e sem muitas novidades nesse primeiro dia por se tratar de vegetação desértica. Dito e feito. Uma estrada triste no meio do nada, sem muitos atrativos.

    Primeiro trecho da viagem.

    Um vento contra nos desafiou da metade do caminho em diante, tornando a pedalada bem sofrida, nos fazendo avançar a meros 8km/h nas subidas e o que era triste, chato e penoso ficaria ainda pior com a chegada de uma chuva esparsa porém fria. A previsão nos tinha avisado dessa chuva porém como um bom desleixado eu desacreditei que choveria.

    A chuva apertou e a temperatura começou a despencar, indo dia 18°C até 13°C de uma forma muito rápida! Eu estava todo molhado em um vento fortíssimo e me perguntando quais são os critérios para uma hipotermia. Eu pesquisaria se tivesse internet e se eu não estivesse doido para chegar logo no camping e me tacar dentro de alguma fogueira. Uma enorme descida nos levou ao camping a à visão de um lindo lago, o mesmo lago de bariloche, o primeiro de muitos pela rota.

    Ventava muito no camping, um vento forte e constante e logo fomos falar com uma pessoa responsável. Uma senhora nos recebeu e nos ofereceu um trailer para dormir nos dizendo que era vantagem já que nos cobraria 9 mil pesos pela noite em comparação ao preço do camping que seria de 8 mil pesos. O trailer era bem pequeno com uma cama de casal e uma mesinha, uma opção muito melhor do que armar barraca. Proposta aceita. Nos instalamos, tomamos banho e fizemos comida. Dormimos quentinhos na gelada noite patagônica.

    Segundo dia

    Acordamos com um sol tardio. Aqui o sol nasce muito mais tarde que no Rio de Janeiro pois a Argentina usa o mesmo fuso horário do Brasil porém fica bem mais a oeste. Ao sair do trailer a visão do lago era ainda mais bonita do que no dia anterior: a combinação de cores naturais me encantou. O azul marinho das águas, o verde vivo da vegetação, o ciano do céu pela manhã, o cinza claro da rocha. Que combinação perfeita! Ventava menos pela manhã e esse clima de amanhecer nos deu um novo fôlego para continuar a viagem. Bicicletas montadas, pegamos a estrada com a temperatura de 11 graus, ótima para o exercício físico.

    Vista para o lago no camping Mapuche.

    Pedalamos agora em uma nova estrada, de forma metafórica, beirando suave grandes lagos, a todo momento uma parada para uma nova foto. A estrada subia e descia de forma suave e não exigiu muito de nós.

    Vista aérea do caminho até Villa La Angustura.

    A fome começou a chegar e não encontramos no mapa nenhum lugar para almoçar e então decidimos parar no primeiro lugar onde pudéssemos preparar uma tapioca com queijo e salame, nosso lanche padrão das viagens. Tapioca porque sou celíaco, queijo bem curado e salame pois não estragam com facilidade no caminho e isso tudo porque é gostoso demais né? Encontramos um camping chamado Ragintuco onde não servia comida, porém tinha mesas num local arborizado. Entramos e fomos informados que para usar o espaço teríamos que pagar 3 mil pesos por pessoa. Só pra usar uma mesa. Ok, decidimos procurar outro lugar mas ao voltar para a estrada não encontramos nenhum local adequado. “O que são 3 mil pesos? Muito pouco” - pensei eu resignado voltando para o camping.

    Preparamos nossa tapioca tipicamente brasileira e descobrimos que tínhamos feito sem querer uma boa escolha em parar ali. Mais abaixo encontramos uma linda praia, deserta, cheia de pedras e com um lago enorme que meu cérebro se negava a achar que não era um oceano. Tiramos fotos, vôo com drone e fizemos nossa sesta. Prontos para partir, pé no pedivela (não é pé de vela, é pedivela igual manivela) e continuamos na estrada até Villa La Angustura, uma cidade maior no meio do caminho.

    Parada para foto instagramável.

    Entramos na cidade por uma rua principal muito charmosa com pessoas andando lentamente e de bem com a vida. Primeiro choque com a realidade de uma cidade de interior. Ariane deixou sua bicicleta ao lado da minha e entrou no mercado para comprar alguns mantimentos e fiquei esperando na rua, observando as pessoas e o ritmo calmo da cidade.

    Um casal de idosos passou por mim observando as bicicletas e os alforges e me perguntaram animadamente de onde eu vinha, onde eu estava dormindo. Expliquei nossa aventura e eles me olharam com um olhar tão encantado, eles realmente ficaram muito felizes de conversar comigo! Me desejaram boa sorte e se foram, me deixando como uma menino orgulhoso que recebe um elogio dos adultos.

    Nos encaminhamos para o camping Rosenda onde fomos recebidos por Gabriel, um rapaz muito simpático, nos explicando as regras do camping. Ele nos perguntou de onde éramos e descobri que ele tinha nascido no Santo Cristo, um bairro carioca. Sabia que ele era do Rio, essa ginga não me engana.

    O camping é de frente para um lago e para o pôr do sol atrás das montanhas, que pode ser apreciado em pequenos decks de frente para esse quadro natural. Ali conheci Rafael e Pamela, um casal de argentinos de La Plata que estavam acampados vizinhos a nós. Rafael era mais comunicativo do que sua esposa e conversamos bastante me esforçando no meu portunhol mais genuíno. Nos comunicamos bem, até. A noite chegou super tarde com o pôr do sol por volta das 20:30 e nos recolhemos para dormir após uma jornada de 42km neste dia.

    Vista do camping Rosenda.

    Terceiro dia

    Este dia estava reservado para conhecer a cidade de Villa La Angustura, um dia ameno sem grandes distâncias. Pegamos as bicicletas sem os alforges e pedalamos até o Rio Correntoso, considerado o menor rio do mundo, ligando o lago Correntoso ao lago Nahuel Huapi. A visão do rio Correntoso é inacreditável: uma água verde de uma clareza inimaginável. Logo mais a frente encontramos uma praia banhada pelo lago Correntoso e paramos para checar a temperatura da água. Para nossa surpresa a água não estava tão gelada! Vamos nadar sim!

    Águas cristalinas do lago Correntoso.

    Continuamos a aventura pela cidade e nos dirigimos a entrada do parque nacional de Los Arrayanes, onde se localizam a baía mansa e a baía brava. Lugar bonito porém OK, não me impressionou tanto como nas fotos. Talvez eu estivesse com a expectativa alta demais. O problema da expectativa alta é esse: se der tudo certo você só vai ter o que já esperava, se der errado você se frustra.

    Baía Brava e baía Mansa.

    Retorno ao camping para tomar um vinho assistindo ao pôr do sol e conhecemos Inês, uma belga de 23 anos viajando sozinha de bicicleta, fazendo o mesmo percurso que nós. Ela falava muito bem o espanhol devido a um intercâmbio que ela fez na Espanha e isso lhe dera uma vantagem ótima na hora de escolher destinos para viajar (praticamente América do Sul e Central inteiras).

    Por do sol as 19:40h no camping Rosenda.

    Quarto dia

    Acordamos mais cedo para arrumar tudo e partir, e Inês estava de partida também. A convidei para nos acompanhar e saímos todos juntos. Este dia seria o mais penoso da jornada com aproximadamente 50km de extensão até um camping localizado nas margens do lago Traful. Logo no início paramos para fazer um vídeo de drone no alto de uma enorme ponte que passa pelo rio Correntoso e Inês se adiantou prometendo nos encontrar mais tarde. O caminho a partir dali se mostrou com subidas e descidas mais íngremes, fazendo nossa velocidade diminuir ou aumentar muito.

    No final de um declive acentuado chegamos na playa lago espejo, uma pequena praia onde entramos para fazer fotos. Lá estava a Inês que nos acompanharia o resto da viagem desta mesma maneira, nos encontrando naturalmente em todos os lugares.

    Caio, Ariane e Inês no lago Espejo.

    Nesta praia havia um pequeno comércio e abastecemos nossas barrigas com alguma comida hipercalórica que comemos sem nenhuma culpa depois de pedalar tantos quilômetros. Uma mulher de meia idade super simpática nos atendeu e puxou uma conversa conosco, perguntando como está o governo Lula, de quem ela tem uma grande admiração. Perguntei também sobre a política na Argentina e ela nos disse que o povo estava cansado de tanta corrupção. Deu pra entender qual foi o voto dela.

    Saindo da praia do lago Espejo e depois de virar a direita numa bifurcação que o outro lado nos levaria ao Chile, começamos uma subida até uma outra praia no lago Espejo Chico, onde tínhamos esperança de ter um almoço. Uma estradinha de terra nos levou até um pequeno restaurante que servia uma comida simples porém deliciosa. Novamente encontramos Inês que almoçou com a gente. Na mesa ao lado ouvi claramente um casal falando português e obviamente puxei assunto, descobrindo que ela era mineira que vivia na Bahia e seu marido um israelense que falava muito bem o português. Reclamamos do frio como bons brasileiros e nos despedimos rumando a estrada novamente. Inês ficou pra trás pois queria nadar em um regato no meio da estrada de terra.

    O caminho a partir dali foi de uma subida constante, como que subindo uma grande serra, nos prometendo uma descida alucinante no final já que o camping destino estava no nível de um lago. E foi isso que aconteceu: uma deliciosa descida nos levou até o camping Pichi Traful, um lugar maravilhoso onde acampamos e pudemos descansar após 54km de pedalada.

    Subida constante em direção ao lago Traful.

    Este lugar merece uma descrição especial: um lago espremido entre duas montanhas altas, com uma praia tranquila e silenciosa. Árvores baixas dando proteção para as barracas que ficam montadas de frente para a água. Poucas pessoas em volta, muitos pássaros passeando na areia. Este lugar foi um dos mais bonitos da viagem.

    Visão do camping Pichi Traful.

    Na barraca ao lado, não tão próximo assim, conhecemos um pai e um filho pedalando juntos, ambos uruguaios. Achei muito legal pai e filho fazendo uma viagem assim, pedalando juntos. Não acho comum ver isso no Brasil. Talvez não seja comum em lugar nenhum.

    Quinto dia

    Triste essa história de sair daqui, desse lugar maravilhoso. Acordamos sofridamente com 9 graus e foi difícil sair da barraca pra fazer o café. Aliás o café daqui é péssimo, o café mais barato do Brasil dá uma surra nesse café vendido aqui. Assim que o sol começou a nos banhar a temperatura subiu rapidamente. Esta é uma característica peculiar daqui: a variação térmica muito grande. Neste dia acordamos com 9 graus e iríamos experimentar 28 em breve, neste mesmo dia.

    Para hoje a programação era moleza: 25km apenas em direção a um camping nas margens do lago hermoso. Começamos o dia com uma forte subida pra acordar os músculos. Nenhum sinal da Inês, será que ela fez um dia de pausa? Subimos bastante e logo avistamos o lago Villarino a esquerda enquanto começavamos uma descida que encontraria o lago Falkner a direita. Uma enorme baixada com vegetação desértica separava os dois lagos e foi lá que encontramos um trailer vendendo algumas guloseimas. Paramos para comer e rapidamente nos pusemos na estrada, passando por campings enormes e vazios numa região sem muitos atrativos. Rapidamente chegamos na estrada de terra que nos levaria ao lago hermoso e pedalamos até lá para sermos açoitados pelo vento fortíssimo que vinha do lago, tão forte que era desagradável parar na beira pra tentar apreciar.

    Ao chegarmos rapidamente nos cruzamos com Inês e ela nos informou que tinha achado um lugar para acampar protegido do vento e nos levou até lá. Armamos a barraca numa clareia cujo chão era de uma poeira finíssima que levantava ao menor movimento. A previsão de temperatura para este dia era: 14 graus a máxima e 0 graus a mínima. Eu pensei comigo mesmo que essa temperatura mínima seria no alto da boa vista da Patagônia, não iria nos afligir. Bobinho eu.

    Barraca armada no camping lago Hermoso.

    As 3h da manhã acordei para ir no banheiro e olhei no ciclocomputador a temperatura: 4 graus! O bagulho tá ficando sério. Saí da barraca e um urso polar me abraçou querendo se esquentar em mim. Voltei para a barraca para me enrolar de novo e rezar pro Deus de Bangu nos ajudar de alguma maneira.

    Acordei às 6h da manhã sonhando estar em uma geladeira, entre os limões murchos e o super Bonder. A temperatura era 1 grau. Dentro da barraca. O maior frio que já passei na minha vida. A sensação era de não poder fazer nada até o sol nascer e trazer alguma dignidade para qualquer ser vivo presente naquele camping. Pesquisei depois qual a temperatura interna de uma geladeira comum e descobri que era 5 graus. Eu estava dormindo dentro de uma geladeira gelada.

    Temperatura e horário.

    Apesar disso tudo eu consegui dormir relativamente bem e quando amanheceu a temperatura lentamente começou a subir e descobri que a água que estava na garrafinha da bicicleta estava muito gelada para se beber e isso não é ironia. Levantamos e fizemos um café revigorante enquanto viramos o sol brilhar imponente.

    Lago Hermoso sem vento.

    Sexto dia

    Com o pé na estrada (um pé imundo da tal poeira fininha) alcançamos a via principal para nosso último dia de pedal até San Martin de Los Andes, uma jornada de aproximadamente 40km no dia de hoje. Pela altimetria do percurso chegariamos à cidade numa longa descida e para ter descida tem que ter subida. Começamos o dia subindo.

    Neste caminho não tivemos muitas novidades até chegar a uma descida final de 16km rumo a cidade de San Martin, uma descida gloriosa que entregaria a cidade final em nossos braços. Não teria uma maneira melhor de terminar a jornada.

    Começamos a descer descansadamente numa estrada com poucos carros, uma descida constante e revigorante, até avistamos o enorme lago Lacar, que banha a praia de San Martin de Los Andes, com um azul tão profundo que é difícil dizer que nas fotos não existe edição.

    Foto sem edição do lago Lacar.

    Chegamos finalmente ao final de nossa jornada, a travessia da rota dos sete lagos, e pudemos conhecer uma cidade extremamente charmosa, com construções impecáveis, ruas limpas e rosas por onde você passa. Nos dirigimos a um restaurante em frente a praia e comemos satisfeitos um ”cervo a la caçadora”, seja lá o que isso for estava muito bom.

    Após o almoço nos dirigimos ao hostel Puma, o lugar onde deveríamos entregar as bicicletas alugadas em Bariloche e descobrimos um lugar lindo e acolhedor. Pensamos: é aqui mesmo que iremos ficar.

    Área comum do hostel Puma.

    No decorrer dos dias outras pessoas chegaram com bicicletas alugadas e foram se juntando ao hostel, assim como Inês que também iríamos encontrar por lá. Conhecer outras pessoas em cicloviagens traz um acolhimento especial, uma sensação de pertencimento a um grupo de pessoas que romperam a barreira do medo de viajar com a força somente das pernas. Perderam o medo de deixar as coisas acontecerem e o maravilhoso efeito do acaso. Que sorte a minha estar neste grupo.

    Espero que este relato além de incentivar você a viajar de forma diferente, te dê informações relevantes para caso queira fazer esse mesmo trajeto. Estou a disposição para eventuais dúvidas. Um grande abraço e obrigado por chegar até aqui.








    Caio Souza
    Caio Souza

    Publicado em 09/03/2024 00:03

    Realizada de 28/02/2024 até 03/03/2024

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    450

    2 Comentários
    Marcelo Lemos 09/03/2024 11:45

    Excelente relato para um incrível roteiro, Caio. Parabéns! Entendo perfeitamente esta sensação de pertencimento a que você se referiu no final. Um abraço.

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    Lindo relato amigo. Fico muito feliz em acompanhar de como você cada vez mais fica apaixonado pela cicloviagem !!!  Parabéns !!  Top demais !!!

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    Caio Souza

    Caio Souza

    Rio de Janeiro

    Rox
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