(1°dia): O primeiro dia o objetivo era chegar até a Cachoeira das Fadas. O objetivo seria fácil em tese, um caminho bem tranquilo, com uma subida forte, porém tranquila, senão tivéssemos tido um problema no meio do caminho chamado ÁGUA! Todos pensamos que iamos ter água no meio da trilha, porém fomos surpreendidos e não encontramos uma fonte confiável até chegar la. Ou seja: ficamos todos desidratados cada um com sua cargueira de sei la quantos KG e o que era pra ter sido fácil posso classificar como um dos dias mais exaustivos de toda minha vida. Nunca tinha me sentido tão fodida nesses 27 aninhos. DETALHE: Fiquei a mais exausta de todx. Valorizem a água. Chegamos, tomamos banho no rio que abastece a cachu, fizemos comida, cada um na sua função, pois não estávamos no SPA! Cleide dormiu na lona dos alimentos (kkkkkk), contamos causos dentro da barraca e tomamos conhaque pra relaxar. A noite 🌙 foi dificil dormir tranquilamente, pq na área da barraca ventou o tempo inteiro.

(2° dia): Depois do perrengue do 1° dia ficamos tão bitolados com água que enchemos todas as garrafas possíveis, eu particularmente queria colocar água até dentro da sacola, kkkkkkkkkkkk. Atravessamos um campo com alguns trechos de mangue, enxarcando botas, aquela coisa gostosa, sabe? Pegamos um caminho que achamos que seria mais de boa e menos íngreme para nos levar a Cachoeira de Braúnas e o destino faz o que com a gente mesmo? Nos tapeia mais uma vez, Pé de Pano. A sorte é que no segundo dia a água foi em abundância, encontramos diversos pontos de agua mara e outras cachoeiras mara também. Mas continuando a saga pela Cachoeira de Braúnas nos deparamos com um paredasso de pedra (não estou aumentando mas pelas fotos não parece tão íngreme o quanto era ao vivo). Encaramos o paredão com as cargueiras nas costas, pegamos um trecho queimado com pedras soltas o que aumentava o grau de escalaminhada logo após o paredão. Passando por esses sufocos, chegamos a um imenso campo de rochas brancas que Cleide apelidou de Marte (essa fugiu da aula de geografia, coitada) tava mais para Lua🌙, mas enfim... O dia estava acabando e não encontrávamos a tal Cachoeira de Braúnas, nosso grupo a apelidou carinhosamente de cabeça de bacalhau pq chegamos a duvidar da sua existencia, já que não a achamos e tivemos que montar acampamento em um lugar onde não estava nos nossos planos. Achamos uma prainha que digamos... "Quem é Noronha perto daquilo." A todo o momento o @jeffitness_ queria nos comprar dizendo que a recompensa seria batata frita na janta. E sim, rolou a batata. Montamos acampamento, tomamos banho, botei meu salompas no ombro e fomos pra missão da janta e novamente cada um na sua função. Aqui não é SPA! Jantamos, tomamos conhaque pra relaxar, não papeamos tanto esse dia, eu particularmente tava doida pra que cada um fosse pra sua barraca, eu só queria pegar meu saco de dormir e descansar em paz ✌

(3° e último dia): Podemos dizer que foi o dia mais tranquilo. Acordamos na nossa prainha privativa que era na beirada de um rio, ou seja... A Cachoeira cabeça de bacalhau (Braúnas) estava perto. Pelo gps marcava 1km, no máximo 1,5. Atravessamos para o outro lado no rio onde vimos que a passagem seria mais fácil, mas fomos tapeados mais uma vez e tivemos que abrir mato no peito. Fomos margeando o rio onde dava pra margear, pulando pedras, atravessando as águas de um lado para o outro e nada da tal Cachoeira de Braúnas aparecer. O que parecia que seria rápido no papo do último café da manhã, pela quilometragem baixa se tornou um caminho de pelo menos 2 horas pulando pedras. Água em abundância, abastecemos no caminho inteiro até que pulamos para a direita do rio, vimos o canion a esquerda e vizualizamos a tão desejada Cachoeira de Braúnas. Parecia até miragem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, mas posso dizer que foi a cachoeira mais bonita que ja vi na vida, (por ora, amiguinhos). Tiramos fotos, eu descansei, o povo ficou de falazada na minha cabeça pra entrar logo que o tempo era curto e parari parara e eu viajando na mandioca... 💭 Entramos, nos banhamos, almoçamos o que sobrou da janta na noite anterior... Mais fotos... E seguimos nosso caminho de 10km de volta para o ponto de encontro no vilarejo de Altamira. Quando passamos a portaria do parque da Serra do Cipó, todo barulho de carro pensávamos ser o Cláudio. Até que ouvimos um barulho de carro, fizemos um coro invocando o nome: "Cláudio Cláudio Cláudio Cláudio" e não é que era ele?? Encontramos assim, perfeitamente. Entramos no carro e fomos até uma cidade proxima para comer um lanche e seguimos de volta para Ouro Preto.

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