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Clube Outdoor 07/02/2023 07:42 com 6 participantes
    Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba | PNSB

    Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba | PNSB

    Travessia (Trekking) de 3 dias e 52km no Parque Nacional da Serra da Bocaina, de São José do Barreiro/SP a Mambucaba, em Angra dos Reis/RJ.

    Trekking Montanhismo

    Evento: Trilha do Ouro - Caminho de Mambucaba

    Data: 20 a 22/01/2023

    Local: Parque Nacional da Serra da Bocaina - PNSB

    Atividade: Travessia (Trekking) de 3 dias e 52km.

    Participantes: 13 pessoas

    Transporte: Van (Suprema Rios).

    Início: Portaria do PNSB em São José do Barreiro - https://goo.gl/maps/qL5o3D7c3SWkBhGC7

    Fim: Ponte de Arame - https://goo.gl/maps/nZ3EcXeVuWWVYbyn6

    Dia 1 - 20/01/2023

    Saímos do Rio de Janeiro às 01:00 rumo a São José do Barreiro, com uma parada logo após a subida da Serra. Ao chegar na cidade, paramos na praça central por volta das 4:30, quando esperamos a padaria local abrir, perto das 5:30. Logo encontramos outro grupo que também faria a travessia, guiado por dois amigos aqui do RJ: Fuji e Robson. Na padaria, com calma, todos foram bem atendidos. Já de café da manhã tomado, saímos por volta de 6:10 para a Portaria do Parque Nacional da Serra da Bocaina.

    Portaria do PNSB.

    Depois de 26km em estrada de terra em pouco mais de 1:20, chegamos próximo ao portal do início da trilha às 7:30. Paramos a van 600m antes, onde a estrada ainda estava boa, arrumamos as coisas, colocamos as mochilas nas costas e iniciamos a caminhada descendo até a Portaria, cerca de 100m só. Lá, alguns foram ao banheiro e outros terminaram de arrumar os equipamentos enquanto que o procedimento de entrada era finalizado. Com todos os termos assinados, enfim, às 8:30 estávamos autorizados e começando nossos três dias de aventura pela Trilha do Ouro, o Caminho de Mambucaba.

    Logo fomos andando pela antiga estrada cheia de lama até que, logo com 1,6km nos deparamos com a placa que indica o desvio para a Cachoeira Santo Isidro. Viramos à esquerda, passamos por uma parte de mata, deixamos as mochilas em um canto, encontramos o leito do Mambucaba e fomos descendo as escadas construídas na trilha até lá embaixo, na bela margem do lago da cachoeira, com bastante água. Sentamos, contemplamos, tiramos fotos e, alguns, tomaram o primeiro banho da travessia. Logo próximo das 9:40 iniciamos a subida.

    Cachoeira Santo Isidro.

    Reencontramos as mochilas na trilha principal e voltamos a caminhar pela estrada de lama esburacada... Logo à frente, com 7km de caminhada, fizemos um rápido desvio para a Cachoeira dos Mochileiros, voltamos e tomamos o rumo principal. O ritual se repetiu logo adiante, quando também desviamos à esquerda para a Cachoeira das Posses. Ao todo, tínhamos percorrido 9km.

    Agora a estrada inicia um trajeto de leves e longas subidas pela mesma estrada de lama. Sobe, desce um pouco e soooobe de novo. Começou a chover, a lama aumentou, alguns estavam sorrindo, outros não muito acostumados com a situação, mais desconfortáveis, mas todos seguindo bem próximos pelos seguintes 6km. Agora, em certas partes, o cuidado de onde se pisa a era fundamental para o bom rendimento, já que os pés deslizavam ou afundavam com frequência. No alto da subida, no colo, ficamos felizes em saber que o acampamento estava próximo. Já eram mais de 14:00.

    Siga em frente.

    Logo vencemos os 3km finais, chegando na Pousada Barreirinha às 15:30, sendo bem recebidos pelo seu Tião, montando as barracas em bons lugares no gramado, tomando umas coquinhas geladas, arrumando a sala de estar, logo abaixo de um antigo estacionamento de caminhão e zoando bastante. Rolou até banho quente por 10,00 extras... Valeu demais e foi muito melhor do que o banho de cachoeirinha da propriedade que é onde os que ficam hospedados tomam banho. Depois de muitos bons papos, cozinhamos uns rangos irados, comemos bem e, bem cedo, próximo das 20hrs, ainda cansados da viagem de van na madrugada, fomos dormir.

    Dia 2 - 21/01/2023

    Acordamos MUITO CEDO com o galo desregulado cantando a cada 15 minutos desde as 3:45 da manhã. De fato, levantamos às 6:30, tomamos café da manhã e decidimos subir o Pico do Gavião às 8:00. Durante este tempo, além da alimentação, muitos já cuidaram para adiantar a arrumação dos equipamentos e colocar a barraca para secar, já que tinha chovido de noite. Com tudo semipronto, iniciamos a subida do Pico um pouco atrasados, mas dentro do que era pensado, perto das 8:30.

    Fizemos uma subida gradual e tranquila, sempre tentando agregar o grupo de diferentes ritmos. Apesar dos 2km de extensão, sua aclividade contínua, porém leve, não foi difícil para ninguém. Já com 50 minutos de caminhada, estávamos no cume. Lá em cima não havia muito visual, mas a placa indicativa dos seus 1.600m virou cartão postal para fotos... Todos tranquilos e satisfeitos, já que ninguém passou perrengue na subida. Depois de fotos, debates e até dancinhas, descemos tranquilamente, chegando de volta à Pousada Barreirinha às 10:10.

    Cume do Pico do Gavião.

    Últimas arrumações realizadas, pagamento do camping feito, últimas coquinhas e partimos pelas velhas estradas por volta das 11:00, com ainda mais 12km pela frente. Muito semelhante ao dia anterior, a caminhada se desenvolve por uma antiga estrada de terra batida, mas já muito esburacada e cheia de lama e pedras. Nesse dia, choveu mais que o dia anterior, trazendo ainda mais emoção e pés sujos para o desenvolvimento do grupo... Uma verdadeira saída da zona de conforto para muitos ali presentes.

    Nosso caminho cheio de lama.

    Todos se desenvolviam bem, agrupando sempre perto de algum bom ponto de descanso ou porteira. Fizemos uma rápida parada para o almoço perto de um córrego de água e logo voltamos a andar. Cansados e perguntando quanto faltava, a resposta parecia sempre ser a mesma: "faltam 4km". Foi quando uma placa nos mostrou a felicidade: "vende-se refrigerante e cerveja". Estávamos perto do ponto de apoio. Chegamos aos campings selvagens próximo a ponte de madeira, cruzamos ela e fomos ver a situação do abrigo ali perto. Eles cobravam 40,00, mas estavam sem bebidas e não tinha banho quente que era algo que para uns seria um luxo. Não curtimos e resolvemos acampar no camping selvagem próximo à Cachoeira do Veado. Adhemar cruzou a ponte novamente e foi checar se estava tudo bem por lá. Com o positivo dele, migramos todos.

    Travessia para o Acampamento.

    Ao chegarmos, nos deparamos com uma antiga ponte de madeiras (eram dois troncos, agora é 1,5) protegida por um cabo de aço amarrado a duas árvores presentes na margem. Deu um medinho em algumas pessoas. Com calma, todos passaram e montaram acampamento em uma área abrigada sob as árvores... Ampla e com bons pontos de convivência... A proximidade do rio (Ribeirão do Veado) e da cachoeira eram pontos extremamente positivos. Uma rápida ida à Cachoeira dos Veados (o tempo não estava muito bom e ainda chovia) e um banho de rio para fechar o dia, acompanhado daquela roda de cozinha outdoor especial.. também próximo das 20hrs, fomos todos dormir depois dos 16km totais percorridos durante o dia.

    Galera feliz no Acampamento.

    Dia 3 - 22/01/2023

    Acordamos no dia seguinte com calma em um dia de sol e céu azul lindo… Deu cachu. Tomamos café com tranquilidade e logo seguimos para a Cachoeira do Veado, com todos tomando banho em um ponto um pouco abaixo do lago formado pela sua queda (que estava muito forte). Lá ficamos curtindo, conversando e pegando sol até quase 9:30… Só essa manhã já valeu toda a travessia... essa Cachoeira é simplesmente incrível"

    A Cachoeira dos Veados.

    Voltamos ao acampamento, desmontamos tudo, passamos a ponte de troncos de árvores, novamente a ponte de madeira do dia anterior, viramos à direita e seguimos uma trilha de MUITA lama quase sempre paralela ao curso do Rio Mambucaba.. Os 12km foram passando entre subidas, muitas descidas, estradas de pedras lisas construídas no passado e já muito degradadas e, principalmente, lama de afundar o pé até o meio da canela (ou até o joelho). A cada km, os adms tentavam fazer uma parada para reagrupar e respirar um pouco. Em alguns trechos, o barranco ao lado dava um ar de perigo.

    Travessia pelo Rio Mambucaba.

    De km em km, sempre mirando os próximos 4km, fomos progredindo com muita paciência, já que nunca havia paz no terreno, onde pisar era sempre o maior desafio. Por volta das 15:30, horário marcante desta aventura, enfim, chegamos até a Ponte de Arame. O pessoal, FICOU MUITO FELIZ. A maioria não aguentava mais a caminhada sobre a lama. Ficaram mais felizes ainda quando, depois de alguns minutos de suspense, a van chegou lá para nos resgatar, não necessitando continuar a caminhada.

    Lamaaaaa.

    Para comemorar, aquele banho de rio cheio de felicidade, para voltarmos limpinhos e tranquilos… no fim, FEZ SOL E DEU TUDO CERTO.

    Nosso retorno foi de muito engarrafamento, mas como uma boa parada pra comer uns salgadões na estrada. Chegamos no Rio de Janeiro um pouco tarde, mas tranquilos e com o sentimento de que o primeiro feriado do ano tinha valido muito a pena. Que venha um 2023 de muitas aventuras.


    Que venha 2023.

    Clube Outdoor
    Clube Outdoor

    Publicado em 07/02/2023 07:42

    Realizada de 20/01/2023 até 22/01/2023

    6 Participantes

    Bruno Negreiros Adhemar Danielle Hepner Renata  Faustini Renato Olmos Marcio Mafra

    Visualizações

    975

    4 Comentários
    Paulo Roberto Junior 07/02/2023 08:24

    "eram dois troncos, agora é 1,5" 🤣🤣🤣 Mais um relato irado... Uma pena não tconseguir estar com vocês nessa! 😕

    Tony Trilha CG-PB 07/02/2023 10:16

    Vcs fazem aventrilhas incríveis. Se eu morasse por por perto com certeza eu os acompanharia.

    Renato Olmos 08/02/2023 08:02

    ALEGRIAA

    Marcio Mafra 23/11/2023 06:02

    Passando aqui, já quase no final do ano, para relembrar a primeira trilha de 2023. Foi irada! Qual será a primeira de 2024? 

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