A cidade de Bonito está localizada no centro-oeste, no estado de Mato Grosso do Sul, sobre o Planalto da Bodoquena (Parque Nacional da Serra da Bodoquena) e Depressão do Miranda.
Pólo do ecoturismo, suas principais atrações são as paisagens naturais, os mergulhos em rios de águas transparentes, cachoeiras, grutas, cavernas e dolinas.
Sinhozinho, a lenda que explica Bonito
Conta a história de um velho frei que nos anos 30/40 pregava ensinamentos religiosos e espirituais na região.
O velho homem era mudo, se comunicava apenas com gestos, apontava para o céu várias vezes quando queria dizer algo, benzia, curava e cuidava da região.
Ele era de estatura baixa, magro, com cabelos cacheados e loiros, olhos e pele clara. Usava uma roupa larga. Seu braço esquerdo estava sempre coberto.
Ele não falava, ninguém sabe de onde ele veio, onde nasceu. Sua vida era um mistério.
Vivia andando pela cidade, acompanhado por carneirinhos.
Não tinha casa, não pedia comida e também não aceitava quando alguém oferecia.
Se alimentava de frutas, mel, peixes e mandioca colhidos na Serra da Bodoquena.
Ele também ensinava as pessoas a plantar e colher.
A história algumas vezes se refere a ele como um frei, mas que não batizava ninguém. Outras vezes como uma profeta.
Era muito conhecido por ser curandeiro e realizador de milagres, utilizando apenas cinzas e água em suas sessões de cura.
Durante suas peregrinações pela região, construiu várias cruzes de madeira que deixou fincadas por onde passava.
Naquela época era muito comum as pessoas morrerem com picada de cobra.
Dizem que ele foi responsável por prender uma enorme e gigantesca serpente em um grande buraco de um dos morros locais, selando este feito com uma de suas cruzes.
Dizem que a serpente ainda vive no subsolo de Bonito, e se a cruz for descoberta e retirada, ela se soltará para devorar todos que não cuidam da natureza.
O Sinhozinho desapareceu sem deixar vestígios.
Os mais velhos contam que ele foi preso por pessoas que se sentiram incomodadas pela grande quantidade de seguidores que cativou. Talvez ele tenha sido morto.
As cruzes que deixou e a capela que construiu ainda são atrativos até hoje para a população da região.
Todo dia 12 de outubro, ocorrem procissões à Capela do Sinhozinho, próxima ao Rio Mimoso, seguida por milhares de fiéis.