- Paranapiacaba
A misteriosa vila inglesa de Paranapiacaba está localizada no alto da serra, pertencente ao município de Santo André – SP, seu nome é de origem tupi, que significa “lugar de onde se vê o mar”.
O intenso nevoeiro é uma característica da vila, o que a deixa com ar londrino e misterioso, dando ainda mais força para as lendas locais, além de ser encantador caminhar por ele.
- Véu da noiva
“Véu da noiva” uma das lendas mais famosas.
Uma trágica história de amor – o filho do engenheiro inglês da São Paulo Railway apaixonou-se pela filha de um operário, e mesmo as famílias sendo contrárias a uniãoeles resolveram se casar, porém no dia do casamento o moço foi trancado no porão da casa de seu pai, deixando a noiva esperando no altar. Pobre moça, ainda vestida de noiva e desolada pelo ocorrido, pegou o primeiro trem em direção a baixada santista e quando a composição atravessava a ponte da grota funda, jogou-se no precipício. Conta a lenda que a neblina que invade a vila de Paranapiacaba é o longo véu da noiva que sai da grota funda e vai para a vila procurar seu amado.
Alguns trilheiros alegam ver a noiva se jogando da ponte,quando estão acampados no Quarto patamar. Bem não sei se é verdade ou história de trilheiro.
- Engenheiro chefe
Outra lenda famosa é da casa do Engenheiro Chefe, hoje conhecida como castelinho.
A casa foi construída no ponto mais alto da vila em uma posição estratégica, pois possibilitava ao engenheiroDaniel Fox vigiar os operários da ferrovia e toda a movimentação na vila, quem entrava e saia.
A lenda diz que o engenheiro continua vigiando a vila, e que é possível vê-lo olhando pelas janelas do castelinho, ou vê-lo nas dependências da casa.
- Trem fantasma
Infelizmente alguns acidentes trágicos aconteceram durante o período em que o sistema ferroviário funicular operava e isso fez com que algumas lendas surgissem, como é o caso do “Trem fantasma”, nome dado por algumas pessoas que afirmam ouvir o som de uma locomotiva e sentir o deslocamento de ar dentro do 13º túnel, causado pela mesma.
Muito trilheiros afirmam que durante a calada da noite é possível ouvir gritos ou até mesmo ver algumas dessas vítimas.
- Guarda fantasma
A ferrovia atraiu ladrões para a região da vila de Paranapiacaba, e para certificar-se que estava tudo bem com os moradores, um guarda batia três vezes na porta das casas e os moradores respondia com três toques, caso estivesse tudo bem, e o guarda seguia sua ronda. Porém mesmo com falecimento do guarda, algumas pessoas afirmam ouvir as três batidas na porta da casa durante a noite.
- Clube Lyra
O Clube União Lyra Serrano servia como quadra de esportes, salão de festas, cinema e teatro. Por muitos anos os bailes foram animados e contava com a presença de uma bela bailarina, o qual seu sapateado atraia a atenção e encanto de todos, porém com o passar do tempo os bailes ficaram menos frequentes e a talentosa bailarina envelheceu e junto com a idade vieram os problemas de saúde que a tiraram dos bailes no Clube Lyra. Porém algumas pessoas afirmam vê-la dançar sozinha no salão do clube até os dias atuais.
-Lenda João Ferreira
Reza a lenda que um casal foi fazer turismo na vila de Paranapiacaba em um dia de nevoeiro, e não encontrou ninguém além de um senhor vestido de terno e chapéu cujo nome era João Ferreira, que dizia ser um guia da cidade. E assim os acompanhou por toda a vila, contando histórias locais, o passeio terminou no cemitério, mesmo local de origem, e onde o senhor João Ferreira desapareceu.
Em um segundo momento o casal retorna a vila e resolve procurar pelo senhor João Ferreira e agradecê-lo pelo passeio anterior. Como fazia sol, eles encontraram muitas pessoas na rua, porém ninguém conhecia esse senhor, então foram até ao cemitério para ver se o encontravam e o coveiro disse que o único João Ferreira que existia estava morto e o casal pode confirmar pela foto da lapide que o defunto e o Guia eram a mesma pessoa.
- Pau da Missa
A igreja do Senhor Bom Jesus fica na parte alta da Vila de Paranapiacaba e quando o padre precisava anunciar cerimônias religiosas e cortejos fúnebres aos moradores da parte baixa da vila, utilizava uma árvore conhecida como pau da missa. Diz a lenda que se alguém bater três vezes à meia noite na árvore (hoje é apenas um tronco, pois precisou ser podada) verá a pessoa cujo nome/cortejo foi anunciado no pau da missa.