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Lenda do Corcovado (Ubatuba)

Pedra no alto da Serra do Mar localizada na região sul de Ubatuba (SP). De um lado vista para o litoral norte Paulista, e do lado oposto para o Vale do Paraíba.

O Corcovado com seus 1.150 metros, é um pico misterioso e imponente que se sobressai na paisagem de Ubatuba, causando fascínio e curiosidades.

➡️ O Preto do Corcovado

Em Ubatuba, quando o céu estiver estrelado e com lua, desvie sua vista para o Pico do Corcovado. Sentado no “cocoruto” do morro, costuma aparecer o perfil enorme de um preto velho, com um “pito” na boca, e um cajado nas mãos.

Os caiçaras contam que na época da colonização, apareceu na cidade um português enriquecido com o tráfico de escravos, acompanhado de sua bela filha e vários negros para serví-lo. Um dia apareceu um forasteiro, moço belo, forte, que percorria nossos sertões na busca de aventuras e se enamorou de sua filha. Apesar do amor de ambos, fosse o mais puro, o português foi contra o namoro e para afastá-los decidiu trancá-la em casa.

Ela por intermédio de Thiago, velho escravo, que a vira nascer e que lhe era guarda fiel, aceitou ajudá-la na fuga com seu amado. E numa madrugada, os jovens partiram serra acima, em busca da felicidade, e para isso a jovem tratou de reunir todas suas jóias, encarregando Thiago de partir na frente, com o precioso tesouro para o Corcovado.

Mas a fuga foi descoberta, o fidalgo assassinado e o português voltou para sua terra com a filha, desfeita em lágrimas. Entretanto, o “preto velho” permanece até hoje no alto do Corcovado, a espera de sinhá moça, de cajado em punho na defesa do tesouro que um dia ela lhe confiou, soltando fumaça de fogo de seu cachimbo imenso.

É por isso, que em noites de lua, em especial cheia, a figura sombria do “Preto do Corcovado”, aparece assustando.

➡️ A Mina de Ouro do Corcovado

Conta a lenda que um Capitão chamado Manoel Fernandes Corrêa era proprietário de uma fazenda na praia Dura. Alice, filha do maldoso capitão, desapareceu em um passeio pela mata.

Desesperado, o pai pede a seus escravos que a busquem no Pico do Corcovado, com a promessa de ter a liberdade imediata como prêmio.

Pedro, um escravo forte, achou Alice esfarrapada por entre arbustos espinhosos no alto do Corcovado. Chegando à escadaria da Casa Grande, Pedro não foi recompensado com liberdade e também sofreu castigos no tronco. O escravo foi açoitado por não trabalhar devido ao cansaço, pelo esforço despendido na procura de Alice.

A menina, revoltada pela atitude do pai, fez com que saísse em defesa do escravo e obrigasse seu pai a cumprir sua palavra e libertar o escravo.

Vendo-se liberto, Pedro beijou as mãos da moça Alice e partiu sem destino para os lados do Corcovado,

se instalou e fez uma choça ao lado de uma cascata, próxima à escarpa misteriosa do Corcovado. Pedro vinha sempre à Vila trocar canudos de taquaruçu cheios de grãos de ouro, por fumo, cachaça, gêneros etc.

Tempos depois, Alice, que já havia morrido, apareceu em seu reduto e revelou-lhe uma mina de ouro, mas avisou que este segredo jamais poderia ser revelado, pois as conseqüências seriam terríveis.

Sabendo disso, o ex-escravo sobreviveu durante anos pagando suas compras com pepitas de ouro. Tal fato despertou a curiosidade popular. E também de seu antigo algoz, que o capturou e torturou, com o objetivo de saber de onde vinha aquele ouro.

E, quando já estava totalmente sem forças para resistir as chicotadas e prestes a contar tudo sobre a mina, o aviso de Alice se materializou, culminando na morte de Pedro.

"Negro maldito, onde está o tesouro?" gritou o capitão:

"Sinhô, preto num pode contá..."

"Sinhô... Tá lá para a banda do..." E o ruído do baque de um corpo encheu a sala da casa grande. Pedro caíra morto, fulminado antes de revelar o segredo do tesouro.

➡️ Histórias sem explicação

Antes da chegado do Frei Bartolomeu a Ubatuba, dois jovens, Pablo e Juan, filhos de um fidalgo espanhol, resolveram chegar ao topo do Corcovado. E, infelizmente, desapareceram na primeira curva do caminho ao amanhecer. Para achá-los, entregaram a busca a um escravo que foi acompanhado por mais cinco homens. Porém, ao começar a subida, o escravo nunca mais foi visto.

Passados sessenta anos, em 1697, o frei Bartolomeu, da Ordem de Francisco, saiu de São Vicente para Ubatuba com a finalidade de oficiar uma missa em homenagem ao padre Anchieta, e ali, em contato com os moradores do lugar, tomou conhecimento do que acontecera no passado e quis provar que não havia nenhuma coisa maligna no local. Disse que subiria ao alto do morro para provar! E ainda colocaria lá em cima uma grande bandeira vermelha. E foi o que fez.

Todos ficaram esperando o retorno do religioso. O frei se arrastava pedra abaixo com extrema dificuldade. Quando se expôs completamente ao luar, nenhum dos homens deixou de perceber a palidez fantasmagórica estampada em sua face triste, os olhos sem brilho, a boca murcha. Mesmo assim, eles correram para abraçá-lo, mas o frei desapareceu da vista de todos.

Dizem que ainda hoje, quem se atrever a ficar no sopé do morro do Corcovado poderá ver frei Bartolomeu descendo devagar pela rocha.

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