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Lendas São Gabriel da Cachoeira

    @elasoutdoorsp uma lenda diferente sobre algum lugar incrível

    Cidade mais indígena do Brasil

    Localizado na fronteira com a Colômbia e Venezuela, no extremo noroeste do Brasil (858km de Manaus), o município também é conhecido como "Cabeça do Cachorro", por seu território ter forma semelhante à da cabeça desse animal.

    Fundado pelos portugueses em 1761, no alto Rio Negro, o município fica próximo ao maior cume do Brasil – Pico da Neblina.

    São Gabriel é também o município mais indígena do Brasil, com uma população de aproximadamente 95% indígena.

    As 23 etnias que há pelo menos 3 mil anos ocupam as margens do rio Negro.

    É a única cidade brasileira que tem 4 línguas oficiais: além do português, o Tukano, Baniwa e o Nhengatu, ou a língua-geral imposta pelos jesuítas no século 17 e até hoje predominante entre certas etnias.

    A cidade também é conhecida por possuir cerca de 5,5 bilhões de toneladas de nióbio em sua região, sendo a maior reserva deste minério em todo o mundo.


    Cobra Grande

    A primeira coisa que é preciso saber ao chegar a São Gabriel da Cachoeira é que, debaixo do morro que ladeia a praia de areia branca e águas escuras, mora a Cobra Grande, de olhos luminosos como dois faróis, pronta a engolir o visitante desavisado, seja índio ou branco, que se aventura sem cuidado nas fortes corredeiras.

    Ali onde está a igreja católica, azul e branca, e o imponente prédio da Diocese a paisagem é tingida pelo som furioso das águas, ininterrupto.

    À noite, quando o barulho dos carros e dos bares se aquieta, parece que as cachoeiras formadas pelas pedras do rio passam por cima da cidade e arrastam todo mundo para longe.

    Ganha inúmeras formas encantatórias que envolvem o visível e o invisível, nos inúmeros relatos das populações ribeirinhas desde São Gabriel até Manaus.

    Estórias mostram que a Cobra Grande pode ter sido uma transformação de uma sucuriju ou sucuri ou mesmo de uma jiboia que, com o tempo, abandonou a floresta, adquiriu fenomenal volume e imergiu no rio, passando a habitar a parte mais funda, os poções, aparecendo vez por outra na superfície para punir ou proteger o amazônida.

    Uma das lendas da cobra grande diz que há muito tempo atrás havia uma tribo amazônica em que morava uma mulher muito mal, que apreciava o sabor da carne de crianças.

    Um dia a tribo descobriu os feitos dessa mulher e para por fim a suas maldades decidiu jogá-la no rio para que ela se afogasse.

    Porém, um espírito do mal, chamado Anhangá, a salvou secretamente e decidiu-se casar com a mulher, que lhe deu um filho homem.

    Anhangá então transformou o filho em uma cobra para que ele pudesse viver no rio.

    Só que o garoto, ou melhor, a cobra, começou a crescer sem parar até se transformar na maior cobra do mundo que iria aterrorizar os rios da Amazônia.

    Com o tempo a cobra ficou pequena para os rios e os peixes já não eram suficientes para poder alimentá-la e logo a cobra começou a caçar e alagar e comer os ribeirinhos que assim batizaram de Cobra Grande.

    Dizem que quando ela anda sobre terra firme, deixa imensos sulcos marcados pelo seu rastro.

    Um dia, aquela mulher perversa que pariu o menino que seria transformado em Cobra Grande morreu.

    O gigante das cobras sentiu uma dor tão lancinante que toda dor se transformou em ódio e de seus olhos podiam-se se ver chamas de fogo que brotavam do fundo de sua cavidade ocular.

    Essas flechas foram atiras ao céu escuro naquela noite de tempestade intensa.

    Depois desse dia a Cobra Grande se recolheu para o fundo das águas do rio Negro e Amazonas, e dizem que só aparece de tempos em tempos, assustando os ribeirinhos e tribos que moram na Amazônia.

    Dizem também que a cada grande temporal que é a Cobra Grande que está mudando de rio.

    São Gabriel e seus demônios

    Por que o município mais indígena do Brasil é também o que tem o maior índice de suicídios

    De um total de 73 mortes ocorridas entre 2008 e 2012, apenas cinco não foram de indígenas. Entre os indígenas, 75% eram jovens.

    Muitos dos familiares e amigos contam que se suicidaram depois de terem sido assombrados por seres da escuridão, por parentes mortos, ou mesmo pelo próprio diabo, os quais, chamando-os durante meses a fio, afinal os arrastaram para a forca.

    Mas quem chega a São Gabriel e pergunta nas ruas, nos bares, nas igrejas vai ouvir que os suicídios são um problema do passado.

    Ao longo dos séculos, o suicídio sempre causou mal-estar; por ser inexplicável, inaceitável, uma morte malvista.

    E não é diferente com os indígenas.

    Raramente se fala sobre os mortos ou se contam com detalhes as circunstâncias de um suicídio.

    Ilha Adana

    Próximo à Adana, são encontradas duas fortes correntezas.

    Conta a lenda que as duas corredeiras, Buburi e Curucui, representavam dois bravos índios guerreiros que disputavam o amor da linda índia Adana.

    Como ela havia fugido com Curucui de canoa, Buburi foi atrás do casal e os alcançando no meio do rio se alagaram e morreram afogados, e seus corpos se transformaram nas respectivas corredeiras.

    A índia Adana, que se afogou no meio de seus pretendentes, teria se transformado numa ilha, que recebeu seu nome.

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