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Felipe Meira 08/04/2018 11:09
    Descendo o Rio Mara em Capivari

    Descendo o Rio Mara em Capivari

    Descendo o Rio Mara foi uma, meio que, expedição, para conhecer uma região identificada por mapas e que faltava o reconhecimento visual.

    Ontem foi dia de caminhada exploratória, percorremos o rio Mara ou talvez seria Maravilha pois o que vimos foram inúmeras cachoeira de muita beleza.

    Antes, acho importante definir o que são as caminhadas exploratórias para o Itambé Adventure. Estudamos a região em busca de novos pontos turísticos, trilhas, travessias e passeios em família, tenho domínio em geoprocessamento e isto me permite identificar pontos de interesse nos mapas que crio. Entretanto analisar mapas é apenas o primeiro passo para gerar um novo ponto turístico, antes é necessário ir ao local e avaliar as belezas e principalmente as condições do terreno. Utilizando aplicativos especializados partimos para região de interesse e classificamos o passeio in loco avaliando o grau de dificuldade, de beleza cênica, qualidade dos poços dentre outros pontos. Neste post vou falar sobre a exploratório do Rio Mara.

    Iniciamos a caminhada tarde, pois já eram por volta das 10:00, demoramos pois tínhamos dúvidas das condições climáticas e percorrer um rio com possibilidade de chuva seria um risco desnecessário.

    Iniciamos por uma trilha sem definição e pouco visitada, mas que já apresentava um lindo visual. Logo no início já tivemos de recorrer aos mapas para confirmar o caminho, poucos tempo depois já escutamos o barulho da cachoeira Maria Bruna, muito bonita possui duas quedas d’água, mas o que mais me encantou foi que parte de sua queda percorre por dentro das pedras formando no fim uma pequena corredeira ao fundo da queda principal. O poço é grande mas em sua maioria raso, mas a parte funda era suficiente para um bom banho e se refrescar. Não ficamos muito tempo por lá pois tínhamos ainda muito o que percorrer.

    Iniciamos o segundo trecho e logo percebemos que não haveria trilha, que deveríamos percorrer pelo leito do rio, foram mais 3 cachoeiras maravilhosas num percurso de menos de 1 km. Paramos para nos refrescar na última queda, que possuía uma espécie de banquinho de pedra onde nos sentamos para receber uma gostosa massagem da queda d’água. Vale uma ressalva, era fácil perceber que uma tromba d’água naquele rio era muito violenta, devido a posição que encontramos diversos troncos, as vezes mais de 15 metros de distância do curso normal do rio.

    Continuando a caminhada agora com a temperatura do corpo mais amena, percorremos um trecho por vale muito bonito de onde avistávamos o Pico do Itambé e uma das cachoeiras que percorremos pelo leito do rio. Não demorou muito já estávamos na Cachoeira Ponte de Pedra, uma queda pequena com poço também pequeno, mas com um poço, acima da cachoeira, muito interessante, parecia estas piscinas modernas com borda sem fim.

    Poucos metros a frente já escutamos o barulho da majestosa Cachoeira do Amaral, vimos ela de longe pois o avançar da hora não nos permitia descer até ela. Encontramos com os moradores daquela região que se predispuseram a acolher futuros andarilhos acompanhados da Itambé Adventure.

    Dali partimos para outra trilha identificada nos mapas e que tínhamos que verificar sua real existência. Foi uma trilha tranquila sentido a Cachoeira do Tempo Perdido. E logo estávamos naquela cachoeira que é cartão postal de todo o lado oeste do Pico do Itambé. De água fria, sempre tive dificuldade para entrar nela, mas devido ao calor e a satisfação de descobrir novos roteiros entrei achando a água curadora, me refresquei dentro daquela água que em outros tempo classificava como gelada, mas naquele momento era simplesmente a temperatura perfeita.

    Já beirava as 16:00 h e ainda tínhamos que fazer um almoço, saímos da cachoeira e procuramos um local com água de nascente e ambiente confortável para o preparo do alimento. Um macarrão com nome estranho mas de preparo mais rápido que miojo, predispomos a panela a cozinhar, com 15 minutos já tínhamos um alimento com proteína e carboidratos. Devo admitir, já comi coisa melhor.

    Pouco mais das 16:00 tinhamos uma grande decisão a tomar, desvendar um promissor cortar caminho, mas correr o risco de pegar noite no desconhecido, ou percorrer um longo caminho conhecido com a certeza de caminhar pela noite. Como os mapas, fruto de muito estudo estavam se mostrando extremamente eficientes, com assertividade de 100% do percurso, decidimos pelo corta caminho. Mais uma vez as horas de estudos da região converteram em resultados fantásticos, antes das 17:00 já estávamos no carro, ponto de início desta jornada.

    Felipe Meira
    Felipe Meira

    Publicado em 08/04/2018 11:09

    Realizada em 30/03/2018

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    Felipe Meira

    Felipe Meira

    Santo Antonio do Itambé

    Rox
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    Especialista prático em geoprocessamento de trilhas, certificado pelos companheiros que me acompanham e sempre retornam com um sorriso e/ou com historia para contar.

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