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Henrique Lammel 14/06/2018 11:35
    Huella Andina - Parque Lanin - Lago Ñorquinco a Rocachoroi

    Huella Andina - Parque Lanin - Lago Ñorquinco a Rocachoroi

    Uma pequena jornada para chegar no início da Huella Andina

    Trekking

    Estava mochilando pela América do Sul, me aproximando da patagônia, que tinha combinado de fazer com uma amiga, a Misa, e ainda não tinha decidido como ia aproveitar todo o tempo que teriamos por lá. Aí, um amigo me falou sobre a Huella Andina, um projeto do governo da Argentina (atualmente abandonado) de se fazer uma trilha de longo percurso autoguiada, com mais de 500 quilômetros, pelo norte da patagônia.

    Pesquisei um pouco, consegui alguns mapas e guias, e acabei colocando como objetivo ir até Villa Peuhenia, uma pequena cidade onde começava a Huella Andina. E aí vinha o primeiro desafio: chegar na cidade. Como tinha uma amiga em Concepción, no Chile, acabei fazendo uma visita e de lá seguindo para Temuco, onde peguei um ônibus para Melipeuco (cidade onde estão o parque Conguillio e o vulcão Llaima).

    De Melipeuco, tomei outro ônibus para Icalma. Para cruzar a fronteira, não há transporte público, é preciso fazer a pé. Entre Icalma e Villa Peuhenia, são quase 30km, que foram percorridos em poucas horas graças a um casal da Argentina que deu carona, já no lado argentino.

    Segundo problema: o início da trilha, por Villa Peuheunia, estava fechado, pois cruza terras mapuches e o governo teria descumprido um acordo com a comunidade. O jeito foi seguir até Aluminé, começando a travessia por sua 4º etapa (o trajeto está dividido em dezenas de etapas, de 4 a 6 horas de caminhada, em média).

    Em Aluminé, descobrimos que não havia nenhum transporte público até o início da trilha, no lago Ñorquinco. Como os taxis nos cobraram uma fortuna para fazer os pouco mais de 30km, acabamos encarando o trajeto no dedão mesmo. Depois de três caronas, chegamos no início da trilha às 14h. Por certo, não deixam ninguém fazer esse percurso depois das 12h, porém a guarda-parque permitiu a passagem depois que conversamos um pouco.

    Os primeiros quilômetros, acompanhando o lago Ñorquinco, são os mais bonitos desse dia. Queríamos ter iniciado mais cedo exatamente para aproveitar um pouco mais o visual. A trilha ainda cruza algumas cachoeiras, antes de seguir para o sul, montanha acima.

    A maior parte do trajeto é por dentro de bosques, até o acampamento selvagem que fica em um campo. Quando chegamos, havia um grupo grande acampado, fazendo um assado na fogueira.

    Acordamos cedo no outro dia e seguimos caminho em direção ao lago Rocachoroi, onde passaríamos a noite. A trilha, em todo o percurso, é mais aberta, podendo ser percorrida de carro. No caminho, encontramos um guarda-parque fazendo a manutenção da trilha.

    Quase chegando no lago, o tempo fechou de vez e, enquanto fazíamos o check out da trilha, o céu desabou. Ficamos quase uma hora batendo papo com a funcionária do parque, até desistirmos de esperar a chuva ficar mais fraca para buscarmos um camping para dormir (a noite também se aproximava).

    Os donos do camping nos ofereceram camas em uma cabana para passarmos a noite pelo preço do camping! Alguns minutos depois de nos ajeitarmos no quarto, escuto baterem à porta. É o guarda-parque trazendo más notícias: a tempestade deve durar mais dois dias e estão fechando as trilhas. Assim, não poderíamos seguir para o lago Quillén no dia seguinte. O jeito foi voltar para Aluminé.

    Henrique Lammel
    Henrique Lammel

    Publicado em 14/06/2018 11:35

    Realizada de 04/02/2017 até 07/02/2017

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