Em outubro de 2019, bem em cima da hora, naquele comentário solto de grupo de Whatsaap, Carla Albuquerque e eu literalmente invadimos o roteiro dos nossos amigos Mari, Paula Caetano e André. Rsrsrs

Depois do vamos? Vamos! Extrategicamente preparamos aquele happy hour em casa para consolidar o passeio. Entre uma caipirinha e outra, acertamos as datas e compramos as passagens.

Pronto, Réveillon na montanha (28 a 31 de dezembro).

Acho que eles haviam combinado uma viagem em busca de paz interior, ou algo do tipo. Fiquei com a sensação de : "estragamos tudo". Mas a Carla jura que não. Rsrsrsrs No final das contas deu tudo certo.

A caminhada escolhida foi Travessia da parte Sul do Parque Nacional Torres Del Paine (Patagonia Chilena), com ataques a alguns pontos de interesse como base Torres Del Paine, Mirador Frances e Glaciar Grey.

Para o passeio com cerca de 90 quilômetros, e comemoração da virada por lá, foram necessários cinco dias.

O interessante desta trilha é que os pontos de interesse (Torres Del Paine/Mirador Frances/Glaciar Grey) são realizados com mochila pequena (20l), deixando o peso da cargueira (70l) para trajeto entre refúgios: Central, Francês e Refúgio Paine Grande.

Nos refúgios optamos pelo aluguel de barracas. Uma verdadeira “mão na roda”, pois, além de caminhar com menos peso, não gastamos energia montando e desmontando os abrigos.

Nosso trajeto, ou melhor o deles, ocorreu da seguinte forma:

Dia 1 - Puerto Natales ao Refúgio Central, que de lá atacamos a base das Torres

Hostel em Puerto Natales

Base das Torres Del Paine

Dia 2 - Refúgio Central ao acampamento francês, que serviu como base para o ataque ao Mirador francês.

Mirador francês

Dia 3 e 4 - Acampamento francês ao Paine Grande, que foi a nossa morada dos dois últimos dias do ano. De lá, o nosso destino foi o Glaciar Grey, fechando com a virada do ano.

Glaciar Grey

Companheiros do passeio: Carla Albuquerque, Paula Caetano, Mari Várzea e André Várzea

Refugio Paine Grande, às 22h do dia 31

Considerações:

Para fazer esse passeio no Parque Nacional Torres del Paine, garanta os ingressos e reserve os refúgios com antecedência. Faça isso antes da compra das passagens aéreas.

Leve bastante dinheiro. Tudo, literalmente tudo é preciso pagar. Até para o uso do banheiro no refúgio italiano que estava no caminho, foi necessário desembolsar alguns dólares.

Os refúgios contam com ótima estrutura, e isso, acredito que justifique os valores para americanos e europeus.

Diferente das caminhadas brasileiras que geralmente chegamos ao ponto mais alto, na modalidade de trekking caminhamos sem muitas elevações. Ficando o desgaste para o longo percurso e acompanhado do peso.

O segundo dia foi mais agradável. Quase sem trânsito de pessoas.

Mirador Francês somos presenteados com deslocamento de grandes placas de gelo. Um barulho assustador.

No Glaciar Grey é possível ficar bem perto de blocos de gelo, sendo possível tocá-los

Enfim, essa foi a aventura do final de 2019.