Saímos de Pato Branco rumo a Paranaguá, no dia 07/03/2023 pois no dia seguinte já cedo sairíamos do terminal marítimo rumo à ilha de Superagui. É uma viagem de pouco mais de uma hora e vinte minutos que leva até a vila de pescadores em torno de 700 habitantes.

No dia 08 chegamos no horário combinado mas acabamos embarcando mesmo passado das 9 da manhã. O trajeto é bonito, passando pelo porto de Paranaguá e navegando pela baia passamos pela costa norte da ilha do Mel. Logo após as águas começaram a ficar turbulentas com a subida da maré entrando na baia mas durou pouco mais de cinco minutos. Na sequência atracamos na praia da vila com areias branquinhas, água calma e o sol a pino.

Hora de trocar de embarcação. Tínhamos previamente combinado com um pescador que nos levaria da parte sul para a norte através da baia passando por caminhos estreitos até a vila de Ararapira na divisa com o estado de São Paulo. E assim aconteceu; a viagem foi tranquila apesar do sol forte. Saímos pouco depois das 11 da manhã e a viagem durou quase 2 horas. No caminho, além da beleza da mata atlântica e das montanhas da serra do mar paranaense, avistamos alguns guarás, botos e várias outras aves.

O desembarque aconteceu na parte mais ao norte da ilha, na enseada da baleia. Esse novo trecho da ilha está no estado de São Paulo e fazia parte da ilha do Cardoso. Isso ocorreu em 2018 após uma ressaca do mar, que abriu um novo canal. Caso queira saber mais sobre esse fenômeno, clique aqui.

Após nosso barco ter regressado, tínhamos a missão de andar por 18 quilômetros de praia até a único camping e habitantes naquele trecho. O sol estava escaldante e a sensação de andar na areia branca é singular.

Passamos por alguns riachos onde tivemos que parar para tirar calçados e meias, atravessar, secar bem os pés e calçar novamente. Isso fez com que atrasamos um pouco nosso cronograma.

No último riacho que era um pouco mais fundo após atravessá-lo, avistamos ao longe um pequeno movimento na praia. Ficamos por mais de uma hora vendo o que parecia um barquinho. Em outros momentos, pareciam dois pequenos Windsurf. A imaginação voava alto até que depois de longo tempo, vimos dois pescadores em uma moto. Era o Odair e seu filho do camping Abricó, pescando nosso jantar. Nos apresentamos, conversamos um pouco e depois de alguns poucos quilômetros chegamos ao camping.

Após descansar um pouco, tomar um senhor banho e uma cerveja geladíssima (tínhamos previamente encomendado), provamos o famoso sonho frito preparado pela Rose. Foi por causa desse sonho que o Jr descobriu o camping, depois de assistir uma matéria do plug, na RPC. (assista o programa completo aqui). Ainda depois a Rose preparou um verdadeiro banquete, com direito a peixe fresco, camarão e é claro um franguinho para a donzela do grupo que não come peixe.. kkkkk

Jantamos junto com a família, conversamos e era hora de montar acampamento. Será? A lua cheia e o tempo firme convidavam para dormirmos na praia ao som das ondas. E assim fizemos. Inflamos os isolantes, pegamos os sacos de dormir, algumas cervejas e simplesmente dormimos. Sem barraca, sem mochila... Não dava nem vontade de dormir...

No dia seguinte, acordamos com o nascer do sol. Uma maravilha.

Arrumamos tudo e fomos tomar o café da manhã. Outro banquete preparado pela Rose e pelo Odair.

Tudo preparado e o terceiro tínhamos mais 13km de praia até regressar a vila de superagui, de onde tínhamos partido no dia anterior de barco.

O visual como sempre, lindo. O sol um pouco mais brando por ser de manhã cedo. Aquele monte de riachos já não era mais realidade e o caminho rendeu. Até que chegamos a trilha de acesso à vila de superagui.

A trilha estreita estava alagada na maioria do trajeto inicial. Aí não teve jeito: água nas canelas e lasquem-se as botas. Terminamos o trajeto às 12h15. Tomamos uma gelada e contatamos o barqueiro que nos levaria de volta a Paranaguá onde estava o carro.

No caminho de volta, uma chuva torrencial se armava e não demorou para cair. Depois de carregar tudo no carro, fomos direto a Curitiba embaixo de forte chuva onde passamos a noite para no outro dia retornar pra casa.