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Marcelo A Ferreira 04/04/2024 18:42 com 1 participante
    La Paz

    La Paz

    Fica registrado aqui o meu mochilão onde o propósito era sair do Brasil, conhecer algumas cidades da Bolívia e finalizar no Chile.

    Road Trip

    Los Desiertos - 05

    Cheguei no terminal de La Paz no amanhecer. Depois de ir no banheiro e lavar a cara, fui em direção à rua e de cara já tinha uns taxis oferecendo o serviço. Comparei o preço dos taxis com o app da uber e eram muito próximos. Resolvi ir de taxi até o centro de La Paz.
    Ele me deixou na porta do hostel e, como cheguei muito cedo, ainda estava fechado. Então desci a rua à procura de algum lugar para tomar um café da manhã enquanto o Hostel ainda não abria. Parei justamente em frente à Igreja de San Francisco. Fiquei um pouco admirado com a beleza dela. Ali na mesma praça da igreja, tinha uns vendedores vendendo um desauyno. Comi ali mesmo em frente a Igreja. Foi bem legal.
    De barrigão cheio, voltei para o hostel, fiz check-in, deixei minhas coisas no quarto, paguei o passeio da estrada da morte para o dia seguinte e então parti pra rua mais uma vez.
    Primeiro lugar que fui pra conhecer foi a praça central da cidade, que é a Plaza Murillo. Recebe este nome em homenagem a um das figuras principais na luta pela independência de La Paz. Frente a ela, existem diversos prédios bonitos e importantes do governo. Depois de conhecer um pouco da praça, fui caminhando pelas ladeiras/ruas para chegar num Museu que antes era a casa de Murillo. Infelizmente estava fechado. Mas ao chegar por ali me deparei com uma pequena pracinha que fazia homenagem a guerra do Acre.
    Continuei a caminhar indo em direção ao Mercado de Bruxas. Após uma bela caminhada cheguei no mercado. É bem diferente e louco. Têm uns fetos de Lhama expostos além de várias ervas e afins. Comprei o meu imã de geladeira de lá. Curti o local. Bem diferente.
    Conhecido a rua das bruchas, era hora de ir até o teleférico para conhecer a cidade do alto, ou melhor, conhecer a cidade El Alto.
    El Alto não é um lugar muito tranquilo: a noite ali é bem perigoso. Fiquei muito pouco tempo ali. Por teleférico acabei conhecendo o setor roxo, prata e azul. Mas conversando com os guardinhas dali, me disseram que o amarelo e o verde são os que tem as melhores vistas.
    Enquanto estava no teleférico, comecei a sentir o mal da altitude, o soroche. Nisto resolvi voltar para o hostel para descansar. No caminho pra ele, na praça San Francisco, estava tendo uma apresentação de uns artistas. Assisti e fui descansar. Amanhã seria o passeio da estrada da morte!

    Los Desiertos - 06

    Assim que terminei de tomar o meu café da manhã no hostel, a van já apareceu para me buscar. Ela foi pegando os turistas pelo caminho e partimos em direção a estrada. Depois de alguns minutos, chegamos na laguna Estrelani, que é formada pela represa Estrelani. Ali a gente fez um café da manhã (comi de novo) e tinha um doce de leite muito bom. Também foi o ponto onde os integrantes do passeios começaram a conversar e se conhecer. Vários franceses no grupo. Fui até conversando em espanhol com um deles. Tentei me arriscar no francês com uma menina, mas ainda sou muito iniciante. Depois de todos comerem o desayuno, ganhamos do guia as roupas e os itens de proteção. Além dos itens, recebemos alguma orientações como o fato de não ser uma competição e que é só para montar na bicicleta e se deixar levar. Não precisa nem pedalar.
    Depois de todos aparamentados, cada um recebeu uma bicicleta com um número. Era pra gente decorar este número para quando fosse pegá-la mais uma vez. Já com a bike em mão, fomos caminhando ao ponto inicial da descida.
    O começo é todo num asfalto muito bom. Lisinho e bem sinalizado. Fomos descendo nesta estrada absurdamente linda beirando o precipício na cordilheiras dos andes. É lindo e inesquecível.
    A primeira parada foi diante de um túnel, onde passamos pela lateral até para não ficar tão perigoso. Depois dele, voltamos a descer pela estrada RN3 Bolivia - Caravani.
    Continuamos o Downhill até a primeira placa da estrada da morte (death road). Tiramos algumas fotos e ali sim começava a estrada da morte de verdade! Pra Valer! Já não era mais em asfalto e sim em estrada de chão. O abismo cada vez mais eminente. É bem interessante... e perigoso.
    Depois de um determinado ponto, voltamos para a van e ela nos leva até um lugar onde podemos fazer um pequeno lanche lá por volta do meio dia. Este local é o mirador de Chuspipata.
    De barrigão cheio, mais um vez voltamos a descer pela estrada que ficava cada vez mais exposta e cada vez mais linda. É inesquecível.
    Ao chegarmos na segunda placa da Death Road, ela fica bem de frente para um linda cachoeira: a cascata San Juan. Mas não acabava por ali! Ainda tinha mais descida e o caminho foi ficando cada vez mais legal: passamos por baixo de duas quedas da cascata San Juan.
    O passeio estava incrível e eu estava muito feliz por estar ali. Era um sonho realizado. Um sonho de muitos anos. Continuamos a descer até que chegou um ponto onde a estrada estava bloqueada por máquinas de obras: elas estavam desbloqueando a estrada já que houve um deslizamento de terra uns dias antes. Infelizmente o passeio acabava por ali, mas foi inesquecível. Voltaria sem pensar duas vezes. Recomendo a todo mundo que vai a La Paz a fazer este passeio.
    Assim que acabou o passeio, os guias lavaram as bicicletas na cachoeira, entramos na van e voltamos para La Paz. Agora era só descansar porque o dia seguinte eu iria fazer o passeio do Chacaltaya e o Valle de la Luna.

    Los Desiertos - 07

    Depois de tomar o meu café da manha no hostel, fui pra rua e a van já estava me esperando junto do guia e com mais uma moça. Essa moça era uma Panamense que conheci e acabamos andando juntos por boa parte deste dia. Entramos na van e conforme íamos andando pelas estradas de La Paz, o guia ia pegando os clientes já previamente contratados. Depois de todos juntos (alguns franceses, ingleses e alemães), pegamos a estrada de vez sentido ao pico Chacaltaya. No meio do caminho fizemos uma pequena parada pra fotos, e o guia nos mostrou um vulcão que tem por ali e a própria montanha do Chacaltaya que iríamos subir. Depois das fotos, pegamos a estrada mais uma vez vendo as diversas lhamas que tem pelo caminho. A subida até a base do Chacaltaya eu achei bastante perigosa: muitas curvas, sem proteção e perto de precipícios. Fiquei com mais medo ali do que na estrada da morte. Assim que chegamos na base do Chacaltaya, o guia nos falou que era uma antiga estação de esqui e que, devido aos fatores climáticos, ela foi desativada por quase não ter mais neve. Já foi uma das estações de esqui mais altas do mundo. Hoje, só ruínas e um ponto turístico. Vale a pena conhecer, principalmente se quiser ver e sentir um pouco de neve de verdade. É uma montanha acima de quatro mil metros que é de fácil acesso.
    Depois de ir no banheiro começamos a nossa subida. Devido à altitude, fiquei bastante cansado. O tempo foi fechando gradativamente ao ponto de, quando chegamos bem próximo do pico, estava um pouco fechado. Não tinha muito perigo, mas não tinha quase que visual nenhum, hehe. Tiramos algumas fotos e começamos a descer.
    Depois de entrar na van, pegamos a estrada para ir no Valle de la Luna. São duas horas até lá e vale muito a pena: são umas formações rochosas muito diferentes o que te faz pensar que está em outro mundo, ou mesmo na lua. É muito legal. Local que rende ótimas fotos.
    Depois de andar bastante por essas atrações, voltamos para o centro de La Paz. Agora era só descansar porque no dia seguinte iria conhecer um dos lugares que eu sonhava há anos: Copacabana e, principalmente, a Isla del Sol!




    O projeto:
    Fica registrado aqui o meu mochilão onde o propósito era conhecer algumas cidades da Bolívia e finalizar no Chile. A ideia seria sair de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, cruzar a fronteira da Bolívia, chegando em Puerto Quijarro. Já dentro da Bolívia, a ideia era seguir para Santa Cruz de la Sierra, Cochabamba, Torotoro, La Paz, Isla del Sol, Sucre, Potosí e, para finalizar, mas não menos importante, descer até a cidade de Uyuni para cruzar o maior deserto de sal do mundo: o deserto de Uyuni. Atravessando este, a viagem terminaria no deserto do Atacama em San Pedro de Atacama, já no Chile. Como o projeto desta viagem surgiu do sonho de conhecer os desertos do Uyuni e do Atacama, chamei este projeto de "Los Desiertos".

    20/02/2023 - Corumbá (MS/BRA) e Puerto Quijaro (BOL)
    21/02/2023 - Santa Cruz de la Sierra
    22/02/2023 - Cochabamba
    23/02/2023 - Torotoro
    24/02/2023 - Deslocamento de Torotoro x Cochabamba x La Paz
    25/02/2023 - La Paz
    26/02/2023 - La Paz - Estrada da Morte
    27/02/2023 - La Paz - Chacaltaya e Valle de la Luna
    28/02/2023 - Copacabana
    01/03/2023 - Isla del Sol
    02/03/2023 - Deslocamento da Isla del sol x Copacabana x La Paz x Sucre
    03/03/2023 - Sucre
    04/03/2023 - Deslocamento de Sucre x Potosí
    05/03/2023 - Potosí
    06/03/2023 - Deslocamento de Potosí x Uyuni
    07/03/2023 - Salar de Uyuni - Dia 1
    08/03/2023 - Salar de Uyuni - Dia 2
    09/03/2023 - Salar de Uyuni - Dia 3 - Chegada no Deserto do Atacama (CHL) e um Passeio por San Pedro do Atacama
    10/03/2023 - Deserto do Atacama - Valle de la Luna
    11/03/2023 - Deserto do Atacama - Pukara de Quitor e Catarpe
    12/03/2023 - Deserto do Atacama - Piedras Rojas e Lagunas Altiplanicas
    13/03/2023 - Deserto do Atacama - Ruta dos Salares
    14/03/2023 - Volta pra casa

    Marcelo A Ferreira
    Marcelo A Ferreira

    Publicado em 04/04/2024 18:42

    Realizada de 25/02/2024 até 27/02/2024

    1 Participante

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    Marcelo A Ferreira

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    Economista, aventureiro, funcionário público. @mar_celoferreira

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    Mínimo Impacto
    Manifesto
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    Dri @Drilify, Renan Cavichi e mais 450 pessoas apoiam o manifesto.