Dia 01

29/11/2019

Acordei por volta das 4 am.
Estava bem ansioso com a viagem. Coloquei a bicicleta no transbike e a Fernanda me levou até a rodoviária de Cordeirópolis, onde eu tinha uma passagem para as 6h15 com destino a São Caetano do Sul. A escolha dessa origem e destino se deu pois estava indo a casa de minha mãe em SP. E desembarcando em SCS poderia pedalar até a casa dela, sem precisar pegar metrô, etc.
Passei dois dias junto a minha mãe e minhas irmãs, as quais já não via a um tempo. Fiz pão, botamos o papo em dia..
Foi muito bom estar junto delas, mesmo que por um curto período de tempo.

Dia 02
01/12/2019

O pedal Anchieta

Para não perder o costume e ansiedade, acordei novamente as 4am.
Sempre acontece isso quando faço uma cicloviagem.
Como sabia que sairia muito cedo, já havia me despedido de todos. Passei um café, organizei os alforges na bicicleta e segui para a Via Anchieta, onde seria o ponto de partida para a descida a Santos.
Já chegando na concentração, muitas bicicletas, aliás um mar de bicicletas...
Encontrei alguns amigos, conversamos um pouco até começar o evento.
O pedal começou bem travado devido a quantidade de bicicletas.
Mas conforme vinham as primeiras subidas, foi ficando mais solto..
Durante o trecho de planalto, foi tudo tranquilo, muita gente me perguntando para onde eu iria carregado daquele jeito...rsrs
Boas conversas, novas amizades.
Fui bastante motivado e motivei muitos também.

Início da descida, seria a parte mais tensa do pedal.
Optei por descer pela faixa central, bem próximo a faixa que delimitadas pistas, uma ótima escolha...
Dica: essa faixa possui olhos de gatos e ninguém se aproxima muito por conta disso, então desci praticamente o serra toda sem me preocupar com esbarrões.
Com sempre vi muita imprudência por parte de alguns, o que gerou muitos acidentes, infelizmente.
Pra mim esse trecho foi bem tenso, mas cheguei bem a Santos.
Me dirigi a um quiosque para tomar a merecida coca cola da vitória...

Fiz um tour pela orla de Santos e mais tarde tinha que me dirigir a biquinha de São Vicente, onde encontraria com o Pakato e um grupo de Itanhaém, os quais eu seguiria junto até a Casa do Ciclista de Itanhaém, onde passaria a noite.
Acabei me desencontrando do grupo de Itanhaém, pois o Pakato, meu contato ficou
sem bateria no celular...
Quando conseguimos contato, eles já estavam em frente ao shopping de Praia Grande.
Precisei voar até onde eles estavam, pois era muito importante seguir até Itanhaém em grupo por motivo de segurança...
Dizem que aquela região da Praia Grande é meio casca grossa.

Seguimos pela PG quase toda por ciclovia e depois pelo acostamento da rodovia.

Esse trecho, apesar de plano foi muito cansativo, pois já havia pedalado 70km e ainda tinham mais 52km até Itanhaém.
Seguimos tranquilos, com algumas paradas e chegamos em Itanhaém já no início da noite, onde fui escoltado pelo grupo até a CC de Itanhaém, onde ficaria hospedado.
Me estabeleci, tomei aquele banho, fiz um jantar monstro e dormi como um anjo, feliz e tranquilo e grato por ter chegado até alí.

Dia 03
02/12/2019

Dia de descanso.
Amanheceu chovendo e foi o pretexto para ficar por ali descansando por um dia.
Acordei por volta das 6am fiz meu café, lavei minha roupa e fiquei tranquilo, me recuperando dos 120km do dia anterior.
Saí da casa, apenas para fazer umas fotos de Itanhaém e comprar comida no mercado.
A noite recebia visita do Pakato e do meu xará Marco, que além de serem os mantenedores da Casa do Ciclista de Itanhaém, são
referências no cicloturismo nacional...
Procurem no YouTube por cicloturita.... E saberão do que estou falando...

Batemos um papo bem legal, nas despedimos pois eu partiria no outro dia cedinho.
Foi um prazer enorme estar com esses caras, ícones e ótimos amigos.

Dia 04
03/12/2019

Hora de pegar a estrada novamente...
Saí de Itanhaém às 7h30 e segui pela Pe. Manoel da Nóbrega, sentido Pedro de Toledo.
Caminho plano no início, tempo nublado, mas com mormaço.
Passei por Peruíbe, Ana Dias e Itariri.
Veio um trecho de subida com a serra da Juréia ao meu lado. Era por ali que eu seguiria através do núcleo despraiado.
Cheguei em Pedro de Toledo por volta de 11h, e segui para três barras, onde inicia o trecho da Juréia através da estrada do Rio do peixe e depois despraiado.
Como já era meio dia e esse trecho tinha 40km pela serra, optei por ficar por ali, para partir no outro dia pela manhã.
Cheguei no pesqueiro do português, lugar muito agradável onde pretendia acampar.
Ao armar a barraca, chegou o dono do pesqueiro e ficamos conversando, foi quando ele disse para que eu ficasse em um dos quartos da sua pousada, pois assim teria um descanso digno para encarar o dia seguinte...
Nem tetubiei, desmontei tudo e dormi no em uma cama confortável....

Dia 05
04/12/2019
Juréia

Pedal iniciado em Pedro de Toledo

Foi um dia duro de pedal.
Mas se fosse fácil, não seria tão gratificante...
Saí do pesqueiro do português às 7h30
Comecei o dia atravessando a Juréia pelo núcleo despraiado, seguindo a estrada do Rio do peixe...
Uma subida interminável, aliás terminou sim. E tudo que sobe tem que descer...
Onde começa o núcleo despraiado, devagar e parando, pois na descida tinha meia dúzia de cachoeiras e poços para me refrescar...
Pude observar toda a riqueza da fauna e flora contidas ali.
Principalmente as Mutucas que me atacavam em enxames, até por dentro do capacete...
Mais alguns quilometros e chego na estrada que dá acesso a Iguape, a SP222.
Decidi seguir viagem, pois eram mais 40km de um falso plano interminável também...
Apesar do cansaço, cheguei em Iguape já no finalzinho da tarde, fui acolhido pelo amigo Tavares que me cedeu um quarto para pernoitar
Ao todo foram 89km.
Tinha hospedagem na CC de Ilha Comprida, mas o tempo era curto.
A idéia era descansar e seguir no outro dia até Cananéia, via ilha comprida.
Seria mais uns 40km pela areia da praia cruzando a ilha norte a sul até chegar na balsa que atravessa para o continente.
E alí terminar minha cicloviagem pelas cidades paulistas mais antigas.

São Paulo 1554
Santos 1543
São Vicente 1532
Itanhaém 1532
Iguape 1537
Cananéia 1531

Formando assim mais um roteiro de cicloturismo no estado de SP.

Mas por conta de tempo, ou melhor... A falta dele...
Tive que retornar para casa, pois tinha alguns compromissos.
Então retornei da Ilha Comprida...
O que me deixou com vontade de voltar alí e fazer o circuito Lagamar que compreende toda aquela região de SP e PR.

Quem sabe no próximo inverno eu conclua mais esse roteiro...