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Depois de duas tentativas frustradas pelo mau tempo, no dia 25 de julho de 2024 partimos novamente com o objetivo de fazer o cume do pico da Pedra Azul, que é um belíssimo afloramento de gnaisse localizado no parque estadual de mesmo nome, na divisa dos municípios de Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante no ES, bem à margem da BR-262. Essa foi a primeira escalada tradicional do Heitor, que hoje já tem 14 anos. Apesar de ser uma via fácil (um quarto grau em aderência), são mais de 300 metros de parede em 7 enfiadas, além de ser uma das 50 clássicas do livro do casal Daflon.
O acesso ao parque é gratuito, porém limitado. O agendamento prévio é feito pelo endereço https://agenda.es.gov.br/.
O estacionamento fica há 800 metros da portaria do parque e é de fato onde se inicia a aproximação. O bebedouro da portaria é o último ponto confiável para coleta de água. Na portaria você tambem encontra a versão impressa do termo de risco que deve ser assinado e entregue ao guarda-parque para posterior baixa no momento de saída do parque.
A partir da portaria a trilha de aproximação dura aproximadamente 2:00. A repetição da via por 3 pessoas, outras 2:00. Os rapeis do cume a base levam mais 2:00 e a trilha da base até o estacionamento, outras 2:00.
Atualmente a via é tão protegida bem protegida(E1) que nós pulamos diversas proteções por estarem muito próximas das anteriores, além das paradas serem triplas.
As primeiras 3 enfiadas são de 60 metros, as duas primeiras em linha reta e a terceira indo um pouco para esquerda.
A quarta enfiada é uma diagonal para direita, de uns 20 metros com 2 proteções entre a P3 e a P4. A quinta enfiada é uma escalaminhada por dentro de uma matinha. No dia da nossa cordada, havia 2 cordas fixas, nada confiáveis, nos pontos críticos. A sexta enfiada tambem tem 60 metros mas não é tão reta quanto as 3 primeiras. Costuras grandes ajudam muito. A sétima enfiada é uma escalaminhada, com um ou 2 lances de terceiro grau até o cume.
A vista do cume é sensacional, ficando bem de frente para o pico do Forno Grande no municipio de Castelo e de onde é possível avistar todo o flanco leste da serra do Caparaó.
Existe uma urna com o livro de cume bem protegido. Depois de assina-lo, fizemos um lanche, tiramos algumas fotos e nos preparamos para a parte ruim dessas roubadas: o rapel. Desescalamos do cume até a P6. Da P6 à P5 fizemos um rapel de 60 metros, que tende a esquerda no inicio, depois segue reto sempre a esquerda da canaleta. O trecho entre a P5 e a P4 é uma descida por dentro da mata, com as 2 cordas fixas da época das caravelas nos pontos mais críticos. Da P4 à P3 nós optamos por desescalar desencordados mesmo. E da P3 a base foram mais 3 rapéis de 60 metros cada. A volta é por outra trilha, que começa na outra margem das piscinas naturais. 2 km até a portaria + 800 metros até o carro. Infelizmente dessa vez nós não temos um tracklog confiável, pois após 17 anos de uso intenso, o nosso velho Garmin Map 60 começou a apresentar sinais de cansaço.
