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QUIÇAÇA & HIDROMEL: A última fronteira do Ibitiraquire

    Resumo sobre o Agudo Catita

    Raffael
    26/05/2021 21:30

    Em uma região erma, entre as terras dos marsupiais (Cotia, Cuíca, Marmosa), fronteira com a da passarinhada (Tangará, Corocoxó, Arapongas), não esquecendo do Lontra, que não é uma ave e tão pouco um marsupial, uma elevação se destaca. Não uma elevação desagradável, sem desafio e simples de chegar; tão pouco onde os Flautistas de Hamelin dos tempos atuais atuam: se tratava do quinto Agudo, a fronteira final do Ibitiraquire (Agudo Catita e Gralha Azul), e isso quer dizer quiçaça das boas.

    O Gralha Azul não chama tanta atenção por ser um morro de cume fechado por árvores, porem o Catita proporciona visão de um ângulo diferenciado dos Agudos e do Tangará.

    Esta história começa a ser cogitada desde 2015, ao alcançar o cume do Agudo Cuíca durante a abertura da Interagudos. Aquela elevação nas encostas do Tangará despertava atenção para uma nova rota que seria desbravada somente agora em 2021.

    Iniciando em ritmo forte pelo tradicional marco 22, logo estaríamos passando pelo majestoso Salto Mãe Catira, dique diabásio e algum tempo depois chegávamos no local de entrada do nosso objetivo.

    Salto Mãe Catira

    Como havíamos iniciado a investida no período da tarde, avançamos pouco pela rota traçada, fazendo com que retornasse pouco tempo depois para a bifurcação da trilha para o bivac. Como sempre fomos preparado para uma investida ao estilo vikings, imaginando as infinitas pirambeiras, todas penitencias que nos esperavam, unha de gato, bambu fogo, mar de caraguatá entre outras quiçaça que somente a nossa Serra do Mar sabe proporcionar de melhor.

    Bivaque

    A rota se mostrava mais promissora do que imaginávamos, a região possui muita água e alguns belos rios. Um destes rios batizamos de Catita. A região do rio Catita é um daqueles lugares que mexem com a imaginação, deixando qualquer viajante errante na expectativa de encontrar algum ser mitológico. O caminho via rio, se mostrava viável e agradável, coincidência ou não, o percurso os direcionava ao nosso objetivo.A noite que se mostrava promissora, com um belo luar e toda estrelada logo se voltava contra nós, ventos forte, chuva e trovoadas sobre nossa cabeça. Até parecia que havíamos provocado Caradhras e este tentava nos barrar do nosso objetivo. O mesmo quase aconteceu ao amanhecer, quando achávamos que iria melhorar, novamente despencava chuva. Revoltado com as previsões do tempo que haviam falhado, resolvemos dar continuidade ao Catita, passando por cima do mau tempo como um trator. Sem saber se foi sorte, ajuda dos deuses, ou até mesmo a nossa revolta contra a chuva, o tempo começa a abrir completamente.

    Porém, em se tratando da nossa Serra do Mar, ao deixa-lo, derivando em direção ao cume, o inferno verde começava. A vegetação, mais parecia uma barreira dos velhos Ents, tentava nos barrar a todo custo, ocasionava vários cortes e edemas pelo corpo.

    Terminada esta batalha épica montanhista/quiçaça, ao estilo vikings, contemplaríamos um belo visual e brindaríamos a conquista com bom e velho hidromel.

    Hidromel (Melomel Pintanga) e Livro de cume

    Morro do 7 e Conjunto Marumby visto do Agudo Catita

    Agudos visto do Agudo Catita



    Raffael
    Raffael

    Publicado em 26/05/2021 21:30

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    1 Comentários
    Marcelo Knieling 30/05/2021 11:28

    Cara, perrengue dos bons !!! Bela empreitada. Abração 💪⛰️🇧🇷

    Raffael

    Raffael

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