AventureBox
Crie sua conta Entrar Explorar Principal
Ricardo Meneghelli 07/09/2021 17:23
    Como Tudo Começou

    Como Tudo Começou

    Um breve história sobre como comecei a percorrer estradas e trilhas para desfrutar da paz e da liberdade da natureza.

    Off-Road Navegação Road Trip

    Lembro que, quando eu era criança, meu pai me levava para pescarias e caçadas na zona rural da cidade onde morávamos. Ainda me recordo das idas e vindas pelas estradas de terra e das caminhadas entre as plantações e margens de rios, algumas vezes ao calor do sol outras na neblina da manhã. Seria praticamente impossível que essas experiências não marcassem minha memoria e não influenciassem meu interesse pela aventura e pelo contato com a Natureza.

    Muito tempo se passou dede então: faculdade, trabalho, família, mestrado, trabalho, MBA, trabalho e muitas outras responsabilidades se fizerem presentes. Até que, em 2020, entramos no contexto da pandemia e do isolamento. Trabalhando em Home Office e saindo de casa apenas para o essencial, a sacada do meu apartamento se tornou um local de descanso e descontração, de onde eu podia ver o por do sol atrás dos montes da área rural de Piracicaba.

    Certo dia, em Janeiro de 2021, olhando para duas colinas bem distantes ao leste, me ocorreu o seguinte pensamento: "O que será que tem lá? Será que dá para chegar no topo daquele monte?". O desejo de sair, explorar e descobrir coisas novas falou mais alto e decidi ir até lá. Fui até o computador, entrei no Google Maps e depois de algumas tentativas já tinha encontrado o local, identificado como Monte Branco. Tracei a rota enviei para o celular e no sábado pela manhã parti de carro para o local.

    Tão logo atravessei a periferia, o cenário de tijolos e concreto começou a mudar. A estrada ainda era asfaltada, mas já era possível contemplar colinas verdes, fazendas de gado e pequenos lagos. Não pude resistir. A cada palmo da estrada eu estacionava para apreciar a paisagem, respirar ar puro e tirar fotos.
    Tudo isso já era muito legal, mas foi quando saí do asfalto e peguei a estrada vicinal que a poeira começou a subir e a aventura começou. Uns poucos quilômetros à frente eu já estava sem sinal de GPS e não tinha baixado mapa off-line do Google. Voltar não era uma opção. Eu queria seguirm em frente, mas tinha pedidominh rota. Desci do carro e tentei me localiza pela paisagem, tentando projetar o caminh das estradas, na direção do monte que eu estava procurando.

    Andei cerca de dois quilômetros esticando o pescoço para foa da janela e procurando me guiar pela paisage. Logo, entrei numa estrada mais apertada em meio às árvore e à medida que eu ia subindo, o sinal voltou. Ufa!


    Um pouco mais adiante, me deparei com uma boiada na estrada, obstruindo a passagem. Todos aqueles animais estavam ali, tranquilos, deitados, sem nem se tocar comigo. Parei um pouco e fiquei pensando no que fazer. Não era possível dar ré, pois a estrada para trás era longa, tortuosa e estreita. Não tive escolha. Com muito cuidado para não tocar nos animais, fui buzinando e avançando de vagar, até que consegui passar.


    Já perto do topo do monte cheguei a uma palntação de milho recente, ainda brotando. Parei o carro e desci para observar o lugar. O visual era lindo. Dali e podia ver outros morros e as pastagens distantes. Havia um calor que vinha do alto e do solo, acompanhado pelos aromas da natureza e um silencio quase absoluto, violado apenas pelo vento e pelo som de alguns pássaros. A sensação de paz e alegria eram incomparáveis.

    Fiquei ali olhando ao redor por vários minutos, até que um bicho me mordeu. O bicho da aventura. Logo comecei a me lembrar de quando eu era criança e meu pai me levava para acampar nas margens dos rios aos finais de semana, das fogueiras, das pescaria, das barracas e tudo mais.
    Deixei o carro estcionado e comecei a explorar o local. Ao longe podia ver a cidade quase sumindo no horizonte.

    Para além daquele campo de milho, estava o cume do Monte Brando, para mim inacessível ´por causa de uma porteira fechada. Decidi respeitar a porteira e a propriedade particular e não fui adiante. Mas eu já estava a uma boa distancia para contemplar o cume e tirar uma bela foto.

    Objetivo alcançado! Esse foi um começo muito simples, mas impactante o suficiente para que eu me apaixonasse novamente pela natureza e decidisse fazer disso uma prática.


    Desse dia em diante, quase todo sábado, eu já tinha uma rota traçada no Google e um lugar diferente para me aventurar na natureza.

    Ricardo Meneghelli

    Ricardo Meneghelli

    Piracicaba-SP

    Rox
    104
    Mapa de Aventuras
    www.facebook.com/NaEstrada.Aventuras/