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Ricardo Watanabe 10/06/2016 15:36
    Retorno

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    Cicloviagem para Santopolis do Aguapeí

    Cicloviagem Mountain Bike Bikepacking

    Nem percebi o tempo passar... Sete meses se passaram desde o falecimento de minha mãe. Ainda me sinto entorpecido. O luto é um processo lento.

    Fiz algumas viagens desde que ela me deixou. Antes sentia prazer na volta. Voltar significava poder contar as histórias da viagem, relatar as felicidades e sofrimentos, apresentar um mundo novo, um eu renovado, diferente daquele que havia partido.

    Na volta, agora, encontro uma casa vazia, triste, sem histórias para contar. Aventuras que não compartilho. Tento entender para onde volto.

    Perdido, tão somente me restou retornar no tempo.

    Viajo para reencontrar o tempo perdido. Um tempo sem aflição, de sorrisos fáceis, tempos mais-que-perfeitos, realizados plenamente, enraizados, completos, plenos.

    Não existe o que superar, nada a provar. Apenas a vontade de sentir prazer no retorno, voltar uma vez mais para casa. Uma viagem para um lugar chamado lembrança. Desta vez o meu propósito é simplesmente reencontrar.

    Já há muito tempo penso em fazer essa viagem, mas só agora decidi pedalar para essa pequena cidade localizada no noroeste paulista chamada Santópolis do Aguapeí.

    É véspera de natal e este ano passarei as festas na estrada só com os meus pensamentos.

    Vou começar a pedalar de Campinas.

    Afundado confortavelmente em minha poltrona, gozo o presente, ouço música, faço um lanchinho rápido. Aproveito o momento de conforto para descansar.

    O desembarque foi tranquilo. Só não sei como sair da rodoviária. Uma vez fora, não sei para onde seguir: esquerda? direita? em frente? O apito confortável do gps indica o caminho a seguir: direita.

    Não preciso ir muito longe para me perder. A verdade é que nem consegui sair de Campinas pela rota planejada. Então... Seguir em frente ou voltar? Decidi seguir em frente, pois sabia que em algum momento eu voltaria a encontrar o caminho certo.

    O resumo dos próximos dias: pedalar incessantemente, parar para almoçar e lanchar e, no final do dia, procurar algum lugar para descansar. Viajei preparado para fazer uma jornada autossuficiente, mas desta vez eu não pretendia acampar.

    Preparei o almoço todos os dias, sempre atrás de calorias - para não ser injusto, num dos dias de viagem, fiz uma macarronada que ficou muito boa. Acampei apenas um dia.

    No finalzinho do dia, decidi me hospedar no primeiro lugar que aparecesse em minha frente.

    Quando viajo, gosto de iniciar o dia cedo e parar por volta das cinco horas da tarde. Definindo “cedo”, nesta viagem, estava diretamente relacionado com o horário do café da manhã nos bed and breakfast. Minha filosofia: acordar, comer e zarpar!

    Antes de dormir, decidi fazer uma mudança na rota e seguir a sul do Tietê. Optei por seguir pela Rondon.

    Minha próxima parada: Botucatu. Bem... mais ou menos: o único acampamento aconteceu neste dia.

    Seguindo a filosofia de acordar, comer e zarpar, deixei Piracicaba. Segui por uma estradinha rural e existia apenas uma cidade no caminho. Pedalei por uma estrada tranquila, com asfalto irregular.

    Passei o natal viajando.

    No começo da tarde, cheguei a Anhembi. Entrei na cidade para conseguir um pouco de água, mas todo o comércio estava fechado, a cidade estava silenciosa, havia poucas pessoas na rua.

    Nem bem sai de Anhembi e avistei uma placa: camping. Considerei prós e contras e decidi que era muito cedo para parar. Eu mal sabia que, em poucas horas, acabaria acampando às margens da Rondon.

    Depois de enfrentar muitas subidas, finalmente, sai na SP-147. A esta altura, eu já estava sem água. Embora o gps indicasse um vilarejo ou cidadezinha próxima no sentido contrário, optei por seguir para Botucatu. Havia nesta decisão uma ponta de esperança de que tudo daria certo.

    As subidas de Anhembi me fizeram perceber o quanto a autopiedade nos faz prepotentes e arrogantes. Xingava, rogava pragas e me sentia infeliz. O que era aquele sofrimento? Percebi a minha autopiedade e me envergonhei ao constatar que as subidas que me faziam sofrer simplesmente existiam desde sempre, elas não foram “plantadas” para me fazer sofrer, elas me eram preexistentes, eu que tivesse escolhido não levar a diante aquela viagem. Engoli a autopiedade e isso me fez sentir uma força que nunca antes sentira. Me fez perceber, não a minha pequenez ante a força monumental da natureza, mas a força essencialmente humana que me possibilitava superar aquilo tudo - que sempre esteve ali, e antes de mim, e depois de mim, estiveram, e ainda estarão, ali para serem desafiadas. Parei de reclamar.

    Pedalei pouco mais de um quilômetro para encontrar o posto do Serviço de Atendimento ao Usuário. Água. Café!

    Mais uns poucos quilômetros me separavam de meu destino, quando, de repente, avisto uma placa sinalizando o início... da Serra de Botucatu. O dia estava acabando e, em pouco tempo, tudo estaria escuro. Some-se a isto o fato de que eu não fazia ideia de quão longa seria a subida, o cansaço, a falta de acostamento para subir. Iniciei a subida. Comecei a pedalar e, de relance, me virei para apreciar a vista. O que vi foi uma bela defensa de concreto que ocultava tudo o que havia por trás. Eu estava a margem da Rodovia Marechal Rondon, o trânsito era pesado, mas o local era bastante isolado. Perfeito para um acampamento selvagem!

    Atravessei a rodovia e fui para trás da defensa. Estava limpo: a sujeira que encontrei era aquela jogada pela janela do carro, não havia sinal de que alguém um dia tivesse parado lá para descansar. Não existia sinal de que pessoas frequentassem aquele lugar. Armei a barraca, sem instalar o sobre teto, me acomodei e, logo, adormeci. Uma hora depois, o tempo começou a virar e fui acordado por uma gota de chuva. Instalei rapidamente o sobre teto e voltei para dentro da barraca. Meia hora depois, uma tempestade violenta desabou sobre aquele pontinho laranja no pé da serra.

    O vento feroz agitava violentamente a lona que usei para cobrir a bicicleta. Preocupado, sai da barraca, em meio ao temporal, para me certificar que a lona não sairia voando para a estrada. Refiz as amarrações e voltei rapidamente para dentro da barraca. Adormeci entre o som dos ventos e trovões. Jejuei. Feliz natal, mundo!

    Acordei com a barraca iluminada pelos primeiros raios de luz. Não havia sinal algum de mal tempo, ao contrário, acabei presenciando um maravilhoso alvorecer, o céu incrivelmente colorido, os campos verdes e muita paz. Fiz algumas fotos e me sentei à beira da serra para continuar a admirar o amanhecer.

    A subida da serra se revelou razoavelmente fácil. Com isso acabei refletindo, abstratamente, sobre as decisões. Decidir nos tira de nossa zona de conforto. Estranhamente, conclui que as decisões são atos em que não se pesam prós e contras, benefícios, perigos etc., o processo é mais simples: os riscos simplesmente estão aí. Lutar ou correr, ou seja, predominam as “razões” do instinto. Diria que o risco não é racionalmente ponderado. Não enfrentamos verdadeiramente os riscos, tão somente os aceitamos já que eles existem em si.

    Entrei em Botucatu para comprar algumas provisões. A chuva pairava no ar.

    Minha viagem seguia “flexível”. Eu pedalava até sentir vontade de parar. Eu tinha um retão pela frente e alguns dias para pedalar, então, por que ter pressa?

    No terceiro dia, pedalei até Lençóis Paulista. Eu seguia num ritmo bastante tranquilo. Pedalar pela Marechal Rondon é um tanto monótono. Um sobe e desce sem fim e a paisagem variava entre pasto e plantações de cana.

    Diferente dos outros dias, hoje algumas pessoas me pararam para conversar e outras pediram para tirar fotos comigo. Cada parada rendia alguns bons minutos de conversa. Bauru, neste quesito, foi a cidade campeã.

    Conversar com as pessoas é muito gostoso e acaba sendo um tonificante para a alma. É um santo remédio para o espírito. A conversa é sempre boa, mas, uma hora, eu preciso tocar em frente. Com muito papo, hoje acabei pedalando pouco.

    Encerrei o dia, em Lençóis, relativamente cedo, mas já suficientemente tarde para chegar a Bauru com luz do sol. Agudos era outra opção, mas a preguiça falou mais alto: “chega de pedalar por hoje!”

    Em Piracicaba, fiquei hospedado num hotel bastante confortável e luxuoso. Em Botucatu, passei o natal em minha barraca, no meio de uma tempestade. Em Lençóis, me hospedei em um hotel agradável, mas um pouco deprimente e localizado numa região decadente. O quarto era grande, muito grande.

    A cidade estava agitada e o comércio estava funcionando, mas não encontrei nenhum restaurante aberto.

    Das cidades que conheci nesta viagem, acho que foi a que menos gostei.

    Pelos meus cálculos, no ritmo que estava seguindo, eu ainda teria mais três dias de viagem até Santópolis. Mesmo assim eu precisaria puxar mais o ritmo. No quarto dia, decidi pedalar até Pirajuí. A meta era ambiciosa para quem pedala carregado, mas, em outros tempos, seria apenas um treino preguiçoso.

    A estrada continuou tediosa. Conversei com muitas pessoas no caminho, mas sempre de olho no objetivo do dia. A surpresa foi Bauru. Como ela é uma cidade grande, e eu a cruzaria pela estrada, achei que ninguém me pararia para conversar, mas nem bem entrei na cidade e comecei a encontrar ciclistas e pessoas dispostas a papear. Parava trocava umas palavras e me despedia rapidamente.

    Cheguei cedo em Pirajuí. Logo na entrada da cidade um motociclista se aproximou para conversar e achou curiosa a minha bicicleta e a escolha da cidade para pousar.

    Pirajuí é uma cidade simpática, bastante agradável.

    Fiquei hospedado em um pequeno hotel no centro da cidade, porque me haviam informado que era o único lugar da cidade que serviam jantar.

    O hotel era ruim, mas a hospitalidade e gentileza do pessoal compensaram os problemas.

    Optei por um quarto com banheiro, mas ele era apenas sofrível. Mais uma vez não consegui jantar: desta vez, a cozinheira estava de férias.

    Sai para procurar algum lugar para comer e encontrei um barzinho que servia lanches. Conversei com o dono do bar que ficou curioso sobre a minha viagem e, também, descobri que ele morava perto de casa antes de se mudar para Pirajuí.

    Passei o resto da tarde caminhando pela cidade. A praça da cidade estava enfeitada com motivos natalinos.

    Fiquei um pouco triste por deixar Pirajuí, mas eu ainda tinha chão para vencer. O dia amanheceu chuvoso, tornando ainda mais melancólica a partida.

    O destino do dia é Penápolis, mas, como o meu destino está a pouco menos de 150 quilômetros, penso que, se tudo correr bem, eu posso concluir a viagem hoje. A verdade é que tudo correu bem, mas resolvi deixar os últimos quarenta quilômetros para o dia seguinte.

    O clima ficou instável o dia todo. Pouco depois de deixar Pirajuí, a chuva deu uma trégua.

    Perto do horário do almoço, a chuva voltou com tudo. Então, avistei um pequeno restaurante de beira da estrada - chamo isto de sorte de viajante - e não tive dúvidas: estacionei a magrela e... Este acabou sendo o único dia em que não preparei o almoço.

    O que chamo de sorte de viajante é, ao que me parece, o reflexo de um estado mental ótimo. Existe uma disposição e relaxamento suficiente que nos faz perceber os pequenos acasos como se fossem fortunas colocadas ao longo do caminho. Também são as pequenas pérolas que, no quotidiano, atiramos aos porcos. Não se tratam de pequenos prazeres; em minha opinião, tratam-se das essencialidades menosprezadas pela trivialidade.

    Ante a miséria da situação a que se sujeita o viajante, esses pequenos fortuitos proporcionam momentos de grande satisfação e passam a ser percebidas como pequenas recompensas do caminho.

    A chuva parecia não ter fim, esperei um pouco (dez segundos depois, um pouco mais, um pouco menos) e já impaciente decidi continuar pedalando, iria na chuva mesmo.

    Voltei para a estrada e pouco tempo depois a chuva parou, mas o céu continuou fechado tarde a dentro.

    Já próximo de Penápolis percebi que um dos pneus estava murchando. Então, decidi encerrar o dia em Penápolis.

    Esperançoso, e numa tentativa (frustrada) de evitar a chuva, decidi não reparar o pneu na estrada, de modo que apenas o enchi. Pouco tempo depois a chuva desabou torrencialmente sobre a minha cabeça.

    Enchi o pneu mais algumas vezes até chegar ao hotel. A chuva parou assim que acessei a estrada que me levaria até a cidade.

    Penápolis é uma cidade bonita e bastante organizada.

    Encontrei uma pousada e ainda na recepção, antes de eu fazer o check in, um dos hóspedes veio conversar comigo. Tratava-se de um senhor que estava passando as festas de fim de ano na cidade e pedalava regularmente em São Paulo.

    Depois de guardar as minhas bolsas no quarto, e antes de começar a fazer qualquer outra coisa, troquei e remendei a câmara de ar furada. Viajando de bicicleta é praticamente impossível protelar o dever, não existe liberdade para empurrar as coisas com a barriga.

    Concluído o trabalho pesado, é chegada a hora de tomar banho, lavar as roupas, comer e dormir.

    Embora eu negligencie, com alguma frequência, o asseio pessoal, a bem da verdade, não o faço de bom grado. Ficar dias seguidos sem banho é desconfortável. Existem algumas saídas paliativas, como usar lenço umedecido ou tomar “banho de toalha” - para quem usa toalhas de alta absorção.

    Já lavei roupa em bica, cachoeira, pia de banheiro, no chuveiro, na chuva, lavanderia “emprestada” de hotel/pousada/hostel etc. Algumas vezes elas ficam limpas, outras vezes, nem tanto. Nem sempre uso sabão. Algumas vezes lavo com sabonete ou xampu. Muitas vezes, só “bato uma água” e torço. Secar é um problema maior. Às vezes, “penduro” tudo na bicicleta e espero secar ao natural. Quando estou hospedado em pousados ou hotéis, eu penduro tudo na frente do ar condicionado ou do ventilador - quando existe esse luxo - e as roupas secam rapidamente. Algumas vezes, as roupas simplesmente não secam.

    Desde o início da viagem não consegui encontrar um bom jantar: em Piracicaba, comi no McDonalds; jejuei no segundo dia; em Lençóis Paulista, jantei um pastel, um cachorro quente e um saco de salgadinho (aquele parecido com isopor); e, em Pirajuí, comi um hambúrguer. Em Penápolis, estava resoluto e jantar se tornou uma obsessão. Sai a caça de um restaurante. Andei para lá, para cá e... NADA. Já meio frustrado, cabisbaixo, sentindo a derrota iminente, encontrei uma barraquinha que vendia lanches. Prestes a assumir a derrota, num gesto desesperado, fiz o esforço derradeiro, perguntei ao vendedor sobre um shopping cujo anúncio encontrei enquanto pedalava pela Rondon. Aquele senhor nem pensou: chamou o filho e pediu para me levar de moto até lá!

    O rapaz me deu uma dica sobre onde comer e foi embora.

    Optei pelo restaurante indicado. Jantei, comi um lanche, tomei um sorvete. Saciada a fome, veio a gula. Naquele momento, senti um impulso de desforra - não que eu tenha exagerado, mas percebo que, às vezes, cometo o que chamo de excessos inofensivos. Bastava aquele prato de comida. Comi um lanche para satisfazer a sensação de que podia fazê-lo, nisso reside o que lamento.

    Na manhã seguinte, tive a minha primeira surpresa: chuva forte! Chovia sem parar.

    Após, o café da manhã, a segunda surpresa do dia: perdi a chave do cadeado da bicicleta! Após um momento de pânico, a recepcionista da pousada apareceu com um molho de chaves perguntando se por um acaso não eram minhas. Sim, eram minhas!

    Enquanto eu arrumava as coisas em minha bicicleta, fiquei papeando com uma senhora que se abrigava da chuva na garagem da pousada.

    Assim que a chuva diminuiu, voltei para a estrada. Nos primeiros vinte quilômetros, a chuva ia e vinha. O que deixou a manhã bem difícil.

    Finalmente, sai da Rondon. Hoje eu vou pedalar pela Assis Chateubriand (SP-425). Essa é uma rodovia sem acostamento e com um fluxo bastante intenso de caminhões. A chuva deixou o exercício de pedalar por essa rodovia muito mais tenso. Parei no primeiro posto de gasolina para ver se a chuva acalmava.

    A chuva parou e eu voltei para a estrada. O tempo aos pouco foi melhorando. Sabe um morro aqui, desce outro ali, assim foi o caminho. Passei pelas entradas de Braúna e Clementina, e já estava começando a sentir falta da estrada. Saudade da viagem e da vida nômade. Muitas vezes eu já havia feito aquele caminho, mas era a primeira vez que fazia de bicicleta. Eu me encantei com o caminho.

    Minha mãe nasceu em Clementina, mas viveu na pequena cidade de Santópolis até o início da vida adulta. Razão porque, para mim, simbolicamente, está viagem representava uma espécie retorno. Eu pude revisitar um tempo perdido nos recônditos da memória. Vivi (ainda vivo) um longo e necessário monólogo. Reescrevi memórias. Ratifiquei erros e retifiquei acertos. Passado alguns meses desde o fim desta viagem sinto que ainda estou na estrada, vagando sem destino.

    O livro de Neil Peart, Ghost Rider: A estrada da cura, me ajudou, ou melhor, me consolou, no meu luto. De viajante para viajante, de enlutado para enlutado.

    A medida que avancei na estrada fui reconhecendo alguns marcos que indicavam que eu finalmente tinha chegado a Santópolis.

    Fazia alguns anos que não visitava a cidade e a primeira coisa que notei é que ela timidamente havia se expandido. Os limites estavam mais largos. A entrada da cidade permanecia igual. O centro da cidade estava um pouco diferente. Pedalei calmamente e reconheci o mercadinho, a sorveteria, tudo ainda estava no mesmo lugar. A praça da cidade ganhou um parque com uns poucos brinquedos. Ali, o tempo passa lentamente.

    Segui até a última rua da cidade e dobrei a direita, mas não reconheci a entrada para o sítio de minha tia. Fiquei um pouco desorientado. Uns minutos de reflexão e reencontrei o caminho.

    Ricardo Watanabe
    Ricardo Watanabe

    Publicado em 10/06/2016 15:36

    Realizada de 24/12/2015 até 03/01/2016

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    Ricardo Watanabe

    Ricardo Watanabe

    Santo André, SP

    Rox
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    Adoro cicloviagens, trilhas e fotografia. Sou bacharel em economia e em direito e fiz mestrado em direito.

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