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Rodrigo Oliveira 07/11/2021 21:25 com 3 participantes
    O Chamado da Montanha

    O Chamado da Montanha

    Relato (a 4 mãos) do nosso começo na escalada em rocha e das maravilhas que só o montanhismo pode proporcionar. Amor, liberdade e natureza.

    Trekking Montanhismo Hiking

    A montanha chama alguns e os torna seus escravos para sempre. Esses escravos bem-aventurados descobrem entre elas a liberdade e a vida em sua mais crua e absoluta pureza. E é com a rocha nas mãos e sob os pés, o vento no rosto e o coração batendo forte que essas pessoas se sentem realmente livres e verdadeiramente vivas.


    Primeira vez em Itatim, na base do Morro do Crocodilo, nos preparando para escalar no "Campo-Escola", no Setor Rupestre. Chamado assim pois existem pinturas rupestres por lá.


    A proposta (rochosamente) indecente

    Tudo começou em 12 de agosto de 2021, quando Ernani e Dani, amigos e membros do Bushcraft, grupo aventureiro do qual fazemos parte, convidou a gente para conhecer Itatim, a cerca de 300km de Salvador, onde moramos, para dar um rolê de bike nos estradões e trilhas ao redor da cidade e ter uma experiência de escalada em rocha. Aceitamos o convite. As bikes nunca saíram do lugar, mas a escalada ganhou minha alma e coração.

    Apesar de já praticarmos trekking e montanhismo há muito tempo, na Chapada Diamantina, eu nunca tinha tido contato com o climb. Sandra tinha tido apenas uma experiência, anos atrás.
    Chegamos na sexta-feira em Itatim e ficamos no Abrigo de Montanha Rocaia. Fomos recebidos por Thiago, um dos proprietários, por volta das 23 horas. Papeamos um pouco e fomos dormir.

    Nos dias que se seguiram escalamos algumas vias em top rope. Essa tornou-se praticamente a nossa rotina de 15 em 15 dias nos meses seguintes. De forma arrebatadora escalar se tornou uma paixão que ao mesmo tempo em que me tira (literalmente do chão) passou a me colocar nos eixos e organizar a cachola. É difícil explicar para quem não sente o mesmo, mas eu comparo o climb com uma meditação dinâmica e profunda, “zerando” a mente de tudo mais que não é o presente.

    Galera no Rocaia, na primeira ida a Itatim. Da esqueda para a direita: Patrick, Mônica, Ernani, Dani, eu, Thiago, Sandra e Vanessa.

    O Havaí das rochas

    Itatim seria uma típica e comum cidadezinha do interior do sertão baiano não fosse uma característica que a torna uma maravilha cênica única. Nos arredores do município um sem número de enormes morros – ou inselbergs – erguem-se subitamente da árida planície catingueira, formando paredes rochosas que alcançam até mais de 300 metros de altura.

    Além da beleza visual os inselbergs transformaram a cidade na Meca da escalada em rocha da Bahia. São mais de 350 vias abertas e muitas mais a serem descobertas, dos mais variados graus de dificuldade, que desafiam e fazem a alegria dos escaladores baianos e do resto do país. O lugar é tão incrível que ao menos duas de suas vias figuram na lista das 50 vias de escalada clássicas do Brasil. Um verdadeiro Havaí das rochas em plena planície, no Sertão da Bahia.

    Vista do Enxadão, observada do topo do Morro da Toca, dominado pelos Cactos Cabeça-de-Frade. (foto de Sandra)

    De volta para o Presente

    De volta aos tempos (quase) atuais, decidimos aproveitar a oportunidade do feriado do dia 02/11 para fazer o curso básico de escalada com Cauí Vieira, escalador goiano já há muito radicado no Nordeste, apesar de não ter perdido o sotaque. Cauí é instrutor certificado pela AGUIPERJ (Associação de Guias e Profissionais de Escalada do estado do Rio de Janeiro) e foi recomendado por Thiago, Vanessa e Ítalo, do Abrigo Rocaia e por todos com quem conversamos. Liguei para Cauí na terça-feira, dia 28 de outubro, à noite. Ele me disse que tinha disponibilidade e ninguém programado para o feriado. Aproveitamos o flow e caímos de cabeça. E foi a melhor decisão que poderíamos ter tomado. Marcamos com Thiago, do Abrigo Rocaia, a essa altura nossa “casa” em Itatim e esperamos a sexta-feira.

    De volta a Itatim. Agora, para valer!

    Na sexta, Peter Tofte, grande amigo, parceiro de trekking também do Bushcraft - que tinha aceitado nosso convite – se juntou a nós e fugimos de Salvador por volta das 19 horas, rumo a Itatim. Dormimos no Abrigo Rocaia e no dia seguinte encontramos Cauí e começamos o curso, com um café, apresentações e aulas teóricas básicas sobre história e sobre os equipamentos.

    Eu, durante a primeira aula, sobre os equipamentos. Note atrás de mim o equipamento usado pela mini-assistente do Cauí. (foto de Sandra)

    Após o almoço, seguimos com a aula sobre equipamentos e sua utilização e a tarde fomos para a primeira aula na rocha. A aula foi numa via esportiva de 4º grau chamada “Maria Mole”, que já conhecíamos e já havíamos escalado. A aula foi sobre segurança e foi uma delícia escalar e fazer segurança, aclimatando à rocha após um par de semanas relegados apenas à resina das poucas agarras existentes na precária parede de escalada da capital baiana. Peter, que havia saído para uma pernada pela Serra que circunda Itatim, nos encontrou aos pés da “Maria” e acompanhou nosso processo de aprendizado. O que nos leva a um apêndice nessa história, que você pode conferir logo abaixo, escrito pelo próprio Peter.

    A Pernada de Peter (escrito por Peter Tofte)

    Enquanto Rodrigo e Sandra faziam seu curso de escalada em rocha decidi fazer um hiking nos arredores. Tihago, do Rocaia, me deu a dica de uma trilha de mountain bike interessante para seguir a pé, por trás do Morro do Enxadão. Minha intenção era subir e percorrer a crista da Serra do Saco, que começa atrás do Enxadão.

    Acionei meu Spot X e parti às 8 horas. Após percorrer uma estrada de terra por 20 minutos cheguei ao começo da trilha, indicado por uma seta. Subida de morro entre a vegetação típica de caatinga e com muitas bromélias. Reparei que todas estavam com água acumulada nas folhas. Me arrependi de não ter levado na pochete um canudinho, que me permitiria chupar água de lá em caso de emergência (deve ser feito com cuidado pois cada bromélia é um pequeno ecossistema com fauna associada).

    A vista da face leste do Enxadão é uma beleza. É um dos inselbergs mais bonitos da região. Pelas suas condições peculiares apresenta elevado endemismo de flora e fauna. Após chegar num cocuruto do morro, atrás do Enxadão, e após a passagem de uma cerca, a trilha de mountain bike começa a descer. Deve estar há algum tempo sem uso porque havia galhos atravessados no caminho, impossível um ciclista não se chocar neles ainda mais descendo em velocidade.

    Por trás do Enxadão. (fotos Peter Tofte)

    É uma trilha desafiadora. Não só pelo clima, semiárido, mas pela quantidade de espinhos da caatinga. Um tombo para fora da trilha e o biker vai parecer um porco-espinho. Numa curva fechada a esquerda havia uma placa de “cuidado” caída num pequeno penhasco. Se o ciclista descendo rápido seguir direto, cairia nele. Recoloquei a placa no lugar e continuei a descida entre os morros, entre a bonita vegetação.

    No fundo do pequeno vale a trilha começava a subir outra vez passando por um casebre de pau-a-pique abandonado. Entrei e tirei fotos daquela humilde morada de sertanejo. Vida difícil eles tinham.

    Um pouco adiante uma pequena cancela trancada a cadeado me obrigou a passar por baixo de cerca. Continuei a subida e encontrei uma bifurcação. A esquerda subia para a Serra do Saco e a direita seguia rumo Itatim / Morro da Toca.

    Peguei a esquerda por trilha bem batida. Os grandes sulcos centrais e marcas de pneu revelavam que ali era uma trilha de motocross (bikes não fazem isto). Subi até o alto da serra e surpresa: a vegetação e o relevo mudam totalmente! Pastos com capim verde e pequenas colinas num platô elevado, acima da depressão semiárida de Itatim. Passei por um açude para gado e usei meu filtro para beber água. Estava com apenas meio litro de água naquela ocasião, na minha pochete, e queria testar o filtro.

    Percorri a pastagem e subi para o morro mais alto da serra do Saco passando por lajeados e vegetação nativa. No topo o altímetro do relógio indicava 710 metros. Tive uma visão geral da depressão de Itatim, por volta de 400 metros abaixo.

    Planície de Itatim, vista do seu ponto mais alto, do alto da Serra do Saco. (foto de Peter Tofte)

    Percebe-se que os inselbergs são as ilhas que restaram após um processo erosivo que baixou o nível do terreno no período pré-cambriano. Por isto Itatim e arredores são tão secos. A cadeia de montanha e os terrenos mais elevados onde estava agora seguram toda a umidade e boa parte das chuvas que vem de leste. Contraste incrível entre a secura da depressão e as serras mais verdes.

    Após um lanche e fotos (quase meio-dia) segui para outro morro elevado ao Sul, mas não consegui chegar bem no topo porque quando a área de pasto acabou começava uma vegetação extremamente fechada de caatinga. Nem de facão se entrava. Aproveitei para beber um pouco de água da chuva acumulada nas canoas do licurí com a ajuda do filtro (meu estoque estava bem baixo).

    Dei meia volta. Após um lanche junto ao curral (no caminho fui seguido por uma boiada que achava que ia botar sal nos cochos) desci rumo à Itatim. No caminho vi vários rabudos correndo em meio a caatinga. Outra vez, notei em algumas descidas por empedrados, uma trilha de mountain bike de alta dificuldade, só para os "prós". Mas ela está bem-sinalizada.

    Após 6 horas de andada cheguei nos pés do Morro da Toca onde Rodrigo e Sandra estavam dando um show na rocha apesar de iniciantes. Me chamou a atenção o profissionalismo, didática e tranquilidade do instrutor, o Cauí Vieira.

    No final da tarde fomos para Itatim comprar uns mantimentos e umas cervejas geladas para comemorar este belo dia. A noite neste sertão tem uma temperatura muito agradável. A conversa no abrigo de montanha Rocaia foi muito divertida, como a conversa de montanhistas costuma ser.

    Sandra, na Via "Cangote Frito". (foto de Cauí Vieira)

    2º dia: O Caminho do Guerreiro da Rocha

    Como no dia anterior, encontramos Cauí em casa, com Eveline, sua esposa e uma escaladora fortíssima e a assistente e “mini-climber”, Maitê. Um cafezinho e ele nos disse que a conversa seria pouca e a ação muita. Após um briefing rápido, seguimos em direção ao emblemático Morro da Toca, para escalar a via “Cangote frito”, que ainda não conhecíamos, e praticar segurança e rapel em corda dupla. Apesar de preferir subir do que descer pendurado apenas nas cordas e equipamentos, foi tudo tranquilo. Depois, fomos comer, porque saco vazio não fica de pé.

    Eu num agarrão dos bons, na via "Cangote frito". (foto de Cauí Vieira)

    Após um breve descanso (e um cafezinho, é claro) fomos para base do Morro do Enxadão, para aprender e praticar técnicas de autorresgate e ascensão em corda por Prussik. O lugar é lindo e a caatinga arbórea, mais conservada aos pés da enorme rocha, cria um microclima gostoso e fresco que protege os escaladores do sol do sertão. O começo foi um pouco desajeitado, mas pegamos o jeito e depois de praticar um pouco Cauí nos chamou para fazer três enfiadas (90 metros) de uma das vias mais clássicas de Itatim e uma das 50 do país: “O jardineiro”.

    O Majestoso Morro do Enxadão. A via "O Jardineiro" é uma linha branca "jardinada" que pode ser vista do lado direito da parede. Fizemos apenas 90 metros, mas a via completa possui 300 metros de extensão.

    Inicialmente um pouco nervoso, pois nunca tinha encarado nenhuma via com mais de 30-35 metros, entrei na parede seguindo a guiada dele. Fui me acalmando e rapidamente entrei naquele estado de meditação que tanto me atraiu na escalada, quando você se torna apenas um com a rocha, com o vento, os cactos, a vista e a altura, que pensei que poderia ser um problema, passava a ser apenas mais um fator.

    Imagem deste que vos conta esta história, na segunda enfiada da via "O Jardineiro". (Foto de Sandra)

    Um mês atrás Thiago, do Rocaia, tinha me indicado e conseguido para mim “O Caminho do Guerreiro da Rocha”, livro do Arno Ilgner. Uma leitura obrigatória que me ajudou muito no preparo psicológico para o que vivenciava no momento. A dúvida que eu tinha sobre como me sairia encarando uma parede desse tamanho, sumiu. Assim como desapareceu todo o nervosismo do início, permanecendo apenas o desafio e o prazer da união com os elementos. Os rapéis foram desagradáveis (como aliás, para mim sempre são), porém tranquilos. Desci com a certeza de que tinha um novo amor, uma nova paixão e uma nova obsessão.

    Encarando a segunda enfiada de "O Jardineiro". (foto de Cauí Vieira)

    Chegamos ao Rocaia e nos disseram que em geral o Cauí não levava as pessoas do curso básico no Enxadão e que ele estava desafiando a gente. Ficamos muito felizes por termos sido desafiados e correspondido ao desafio.

    3º dia: Sandra encara “O Jardineiro”.

    Quando encarei “O jardineiro” no dia anterior, era Sandra quem deveria ter ido. Mas eu pedi incisivamente para ir, pois precisava aproveitar o meu momento e ver se o climb “era mesmo para mim”. Ela entendeu e eu prometi que no outro dia, quando ela fosse, bem cedinho pela manhã, tiraria boas fotos dela em troca. Acordamos de madrugada para evitar o sol forte na moleira, Peter também acordou e se juntou a nós. Chegando lá, Sandra e Cauí seguiram Enxadão acima e eu e Peter procuramos um local confortável para ele ler e eu montar o tripé e fotografar a ascensão deles.

    Sandra chegando à terceira parada da Via "O Jardineiro", onde Cauí a esperava, fazendo a segurança.

    Peter Tofte, lendo sobre escalada enquanto Sandra e Cauí subiam o Enxadão.

    Sandra “aranha” escala naturalmente e sem fazer esforço. Então assistir ela subindo faz parecer fácil. Ela se apaixonou tanto quanto eu pela escalada e eu não poderia ter parceria melhor na parede e fora dela.

    Cauí acima, assegurando Sandra enquanto ela escala.

    Depois que eles desceram das três enfiadas , já era quase meio dia. Fomos buscar algo para comer e na sequência seguimos com Cauí para a parte final do curso.

    “Via Expressa” com direito a surpresa e Águia Chilena

    Para coroar o final do curso fomos fazer uma das vias mais clássicas e repetidas de Itatim: a “Via Expressa”, de 180 metros, no Morro da Toca. Cauí seguiu na dianteira puxando duas cordas, uma de 8,7mm e outra de 9,8mm. Depois dele, seguia Sandra e por último eu ia limpando a via. A cada parada exercitávamos tudo o que aprendemos e seguimos assim por – creio que - sete cordadas.

    Na última cordada, o Cauí ficou um tempo observando um diedro/chaminé. Eu questionei se a via não era mais para direita – conforme tinha lido no croqui - mas ele me disse: “É por alí, sim! Mas a gente vai por outro lugar aqui...” e de repente ele subiu pela pequena chaminé.

    Eu e Sandra trocamos de lugar. Eu assumi o segundo posto e ela ficou para limpar a última enfiada da via, recolhendo as costuras e proteções. Me aproximei da chaminé e depois de uma avaliação, observando uma maneira de seguir, ouvi umas (raras) dicas do instrutor e com um pouco de esforço passei pelo trecho. Agora, esperávamos Sandra, para avançar nos últimos passos para o cume verdadeiro.

    Por ela ser de menor estatura que eu e o Cauí, foi um pouco mais difícil para ela. Mas, com uma pequena ajuda dele, ela passou a chaminé e chegamos juntos ao cume. Após umas barrinhas de cereal e água, respondi umas mensagens do trabalho (juro que é verdade!), e começamos a nos preparar para a descida.

    Eu, Sandra e Cauí, no cume do Morro da Toca, comemorando com água e barrinhas de cereal.

    Sandra, fazendo Rapel com corda dupla, na "Cangote Frito". (foto de Cauí Vieira)

    Existe uma trilha para descer caminhando pela face oposta da montanha, que é preferível à exposição de vários rapéis. Mas, para fins de aprendizado, optamos por fazer os vários procedimentos de rapel. Foram 03 longos e desconfortáveis (para mim, pelo menos) rapéis de 30 metros e 02 de 60 metros, com as cordas unidas.

    Ancoragem equalizada em Quad. (foto de Cauí Vieira)

    No penúltimo deles, enquanto eu esperava na parada e Sandra e Cauí desciam simultaneamente em cordas simples a Águia Chilena, “dona do pico”, resolveu aparecer para caçar. E fiquei pensando como seria se ela resolvesse me dar um “corretivo” por invadir seus domínios. De repente ela e seu filhote, que apareceu posteriormente, seguiram a caçar e me deixaram sozinho, sem bicadas.

    Vista da planícia catingueira de Itatim vista do cume do Morro da Toca. (foto de Sandra)

    Alcançamos o sopé do Morro da Toca por volta das 18:30, já escuro. Os últimos 60 metros foram vencidos sob as luzes das estrelas e das nossas headlamps.

    Morro da Toca, símbolo máximo da escalada de Itatim, onde existem mais de 50 vias. De branco, estou escalando enquanto Sandra me assegurava. (foto de Cauí Vieira)

    Comemoração no Rocaia.

    Assim que deixamos o Cauí em casa e recebemos nossos certificados, passamos no centro da cidade para encomendar duas pizzas e comprar umas geladinhas para comemorar. A galera, que tinha ficado no abrigo construindo melhorias para os hóspedes, ao chegarmos fizeram uma festa, nos felicitando. Nos disseram que fomos os primeiros montanhistas formados provenientes do Rocaia, o que nos deixou bastante felizes, mesmo!

    Abrigo Rocaia ao fim de tarde. Com o Morro do Enxadão ao fundo.

    Itatim e a escalada mudaram as nossas vidas e esperamos que continue mudando para melhor por muitos anos mais.

    Fim.

    Ou melhor: Um novo começo.

    ;)


    Fim de tarde espetacular visto do Abrigo Rocaia.

    Agradecimentos:

    Myolansandrima pela cuidadosa revisão de texto

    Esse relato é em homenagem ao Abrigo Rocaia, especificamente a Thiago, Vanessa, Ítalo e Bel, pela amizade, parceria, os milhares de betas e paciência. Sem vocês a gente não teria chegado onde estamos. Gente autêntica e honesta em um ambiente maravilhoso. Não poderia ser melhor! Obviamente, indico o Abrigo Rocaia de olhos fechados! Contatos abaixo, no final do texto!

    Ao Cauí Vieira, pelo curso espetacular. Além de um baita profissional, gente finíssima e um escalador foda, tem a assistente mais fofa e figura do montanhismo. O curso nos proporcionou um salto enorme de conhecimento e potencial para o nosso futuro na rocha. Aconselho todos a fazerem! Os contatos do Cauí estão no final do relato.

    Aos amigos Ernani e Dani. Ernani sabe que devo a ele um chopp do bom por ter enfiado a gente nessa “enrascada” que detonou o nosso orçamento e jogou lá para cima o nosso tesão pela vida.


    Dani, no Campo Escola do Setor Rupestre, Morro do Crocodilo.

    Ernani, na via "Miss Sunshine", quintal do Abrigo Rocaia.

    Por último, a Itatim. Um lugar maravilhoso, lindo e desafiador que deveria ser melhor tratado pelos poderes políticos/empresariais locais. Rogo para que percebam que as rochas valem mais para a cidade se permanecerem intactas e não explodidas e transformadas em calçamento.

    K’amon! Toca pra cima!

    Thiago, fazendo segurança para Ernani, que escalava no Rupestre.

    Inselbergs são colinas ou montanhas isoladas numa região plana, efeito resultante da erosão dos terrenos circundantes.

    Na foto abaixo, podemos ver o Morro da Ponta Aguda e no canto inferior esquerdo, o Abrigo Rocaia.

    Visitem Itatim e conheçam sua riqueza inestimável. Quem sabe com a nossa visitação a comunidade perceba que é preciso conservar para progredir.

    1- Escalada é um esporte e um estilo de vida extraordinário e saudável, mas não é brincadeira. Portanto, respeite a vida e proceda com responsablidade. Os riscos são tão altos quanto a beleza e a diversão.
    2 - Se você leu acima, procure gente especializada e faça um curso. Sua vida agradece e o esporte também.

    3 - As vias ficam, muitas vezes, em propriedades privadas. Peça SEMPRE permissão. Respeito leva a gente longe.

    4 - Respeite as pessoas e a natureza.

    5 - Já disse para fazer um curso Antes de se aventurar? Pois faça! Para experimentar, chame os profissionais citados abaixo.
    6 - Não faça fogueiras, não deixe lixo e não altere nada.

    7 - Toca pra cima!

    Instrutor:

    Cauí Vieira (109/18-GI)
    Tel.: (75) 99712-5644
    E-mail: cauivc@gmail.com
    Redes Sociais: @cauivc (Instagram)
    Atividades: Cursos e escaladas guiadas.
    Escalador desde: 2005.

    Onde ficar

    Nome: Abrigo Rocaia

    E-mail: naopossuiemail@naopossuiemail.com

    Telefone: (75) 56666-7777

    Horário de atendimento: 24h

    Website: https://www.instagram.com/abrigorocaia/

    Tratar com Thiago ou Vanessa.
    Vivências de montanha e escaladas guiadas.

    Nome: Abrigo de Montanha de Itatim

    E-mail: marcelobag@hotmail.com

    Telefone: (75) 98155-3484

    Horário de atendimento: 24 horas

    Website: https://www.facebook.com/OAbrigodeMontanhadeItatim/

    Tratar com Marcelo Arruda.

    Escaladas guiadas e curso de escalada.

    Rodrigo Oliveira
    Rodrigo Oliveira

    Publicado em 07/11/2021 21:25

    Realizada de 30/10/2021 até 02/11/2021

    3 Participantes

    Peter Tofte Daniela Coelho Ernani

    Visualizações

    2514

    14 Comentários
    Peter Tofte 08/11/2021 07:55

    Parabéns Rodrigo e Sandra! Testemunhei o sucesso do curso e a alegria de vcs neste belo lugar! Agradeço o convite. Feriadão muito legal. Além da escalada Itatim é um prato cheio para biking e mountain bike!

    3
    Rodrigo Oliveira 08/11/2021 08:15

    Agradecemos a companhia e a parceria, Peter! Sempre um grande prazer! O convite esta sempre feito! Obrigado!

    1
    Fael Fepi 08/11/2021 10:09

    Parabéns ! Rodrigo. Bom relato. Boa referência para quem está em busca de aprender a escalar. Bem escrito e leitura agradável. 

    3
    Rodrigo Oliveira 08/11/2021 10:13

    Fael Fepi muito obrigado, Mano! Quando quiser ir, o convite está feito, refeito e é permanente! Abração!

    2
    Fael Fepi 08/11/2021 10:18

    Vou programar mesmo. Mandei seu relato para Graziela ler. Ela tem interesse em aprender mais do que Eu. rs 

    2
    Rodrigo Oliveira 08/11/2021 10:45

    vamo nessa! Vc pode acompanhar e caminhar. Peter Tofte  se amarrou na pernada!

    1
    Rodrigo Oliveira 08/11/2021 10:14

    Tem espaço para pernadas boas e para trilhas de vários níveis de mountain bike também!

    2
    Fael Fepi 08/11/2021 10:19

    Já tenho mapeada os roteiros de bike ai em Itatim/BA, Sta Terezinha/BA e Castro Alves/BA. Só falta um pouco de tempo e comprar uns equipamentos para colocar na bike. 

    2
    Duda Borges 08/11/2021 12:51

    Parabéns Rodrigo! Quero conhecer Itatim e voltar escalar! Só escalei em Igatu até hj!

    2
    Rodrigo Oliveira 08/11/2021 15:18

    Bora, Duda!

    1
    Daniela Coelho 09/11/2021 20:31

    Muito bom o relato, Rodrigo!!! Itatim nunca falha!

    2
    Rodrigo Oliveira 09/11/2021 22:39

    Nunca!

    Ernani 15/11/2021 13:57

    Legal Rodrigo!   Semana que vem eu e Dani vamos voar de Paraglider...     vamos?

    1
    Rodrigo Oliveira 17/11/2021 17:29

    Nope! No me gustan tanto las maquinas, hermano! 😂😝

    Rodrigo Oliveira

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    Mínimo Impacto
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    Dri @Drilify, Renan Cavichi e mais 442 pessoas apoiam o manifesto.