Olá avntureiros, tudo bom com vcs?

A idéia de fazer essa travessia surgiu quando eu e minha namorada procuravamos algo que desafia-se nossos límites físico, por ser uma caminhada de 75km, achamos que seria uma boa, fora ainda que andamos mais 5 ou 6km de asfalto ao término da travessia, rsrs, acabados.

Sobre a travessia em si, é feita pela estrada construída pela Petrobrás a muito tempo, ela serve de acesso para reparos no óleoduto que vem do litoral norte para São Paulo. No trajeto, que é fácil, há ganhos de altimetria de cerca de 1800m de subidas e 2600 de descidas. O desafio, portanto, eram diâstncia e altimetria.

Traçados os planos, cargueiras prontas, lá vamos nós, primeiro dia um sol de rachar mamona, começa com asfalto, uns 3 ou 4kms, depois vira terra, pensei, vai passar carro e vamos comer poeira, que nada, nem carro nem moto nem ovni. Seguimos através da estradinha, passadas uma hora e pouco avistamos o rio Tietê, ainda limpo nesse trecho. Rios acompanham quase todo o percurso da travessia.

Quase ao final do primeiro dia, passamos por uma pequena cachoeira, hora de se refrescar, obaaaa.

Depois achamos um local e montamos acampamento.

Segundo dia, levantar acampamento, dores musculares estava juntas, rsrs, partindo para a caminhada, escutamos água passando pelos lados da estradinha, mas não confiável para beber, anda, anda e anda mais um pouco, hora do sol fritar ovo, meio-dia, paramos pra descansar, se banhar em um pequeno veio d'agua.

Refrescados e sol de fritar bife agora, rsrs, mas vamos em frente, pois voltar dava na mesma. Segundo dia foi sossegado, nada de carro, moto, blá blá blá, mas o ovni apareceu, kkkkk.

Por volta das 16hs so segundo dia, avistamos a segunda cachoeira, maior, linda e pouco conhecida, tomamos o devido banho nela, fotos e mais fotos e borá lá achar local pro pernoite, dificil mas encontramos, já escuro e com direito a susto, pois algum animal grande se assustou com a gente e fugiu em meio ao mato. Neblina baixa, achamos o local pro acampamento.

Fizemos uma comida dentro da barraca e hora de nanar.

Terceiro dia, tomamos café da manhã, desarmamos a kitnet (minha barraca pequena), e pernas + dores pra que te quero. Calor, mosquitos e pernilongos enchiam o saco toda vez que paravamos pra descansar, passa repelente e virá aquela gosma com suor, kkkkk, em vez de espantar os bichos, eles grudam em você.

Avistamos a terceira cachoeira, já era um pouco tarde e nem paramos pra banho, passamos por uma ponte sobre um riacho, bom pra banho também, mas só olhamos, já não queriamos parar pra mais nada, só andar e terminar. eram umas 14:30hs mais ou menos quando avistamos um boteco, corri pra ele, dá essa coxinha e um litrão gelado, eeeeeeeeeeeeeeeee, que beleza.

Mas faltava uns 3km de terra mais os 5 ou 6 de asfalto até o ponto de ônibus, diz o ditado, quem sai na chuva é...

Mortos, cansados e quase zumbis, terminamos esses kms infinitos, pegamos o busão, batemos aquele PF num outro boteco, próximo a rodoviária de Caraguatatuba, onde pegamos o bus rodoviário de volta pra SP.

Mas valeu cada momento, tanto que farei de novo. Vamos?