Esse foi "o trekking" , o lugar mais bonito que ja visitei.

Pegamos o onibus em El Calafate - Argentina e depois de quase 6 horas , chegamos em Puerto Natales, pequena cidade na patagonia chilena, porta de entrada pro PNTDP (parque nacional torres del paine). Estávamos ansiosos pela aventura que íamos começar, as fotos que vimos , os relatos sobre a trilha, enfim ... descemos na rodoviária e já compramos a passagem ( negocie até o último minuto, os preços vão baixando. ), fomos ao supermercado ao lado pra comprar alguns itens que estavam faltando e não é que a Maria aparece com uma CUSQUEÑA..... ah , a deliciosa cerveja peruana que não acho no Brasil. rsrs.

Compramos e embarcamos em seguida, depois de mais algumas horas, rs, chegamos ao nosso destino ( Laguna Amarga) e pé na trilha.

Caminhamos em direção ao Campamento Chileno o quanto antes, as trilhas fecham as 19 hr. Essa trilha é incrível ( como todas no parque), depois de uma subida forte de mais de 1 hr , um grande vale abre -se diante de nós - parece que estamos em algum filme, sei lá . Impressiona

Depois de uma boa pernada chegamos ao Campamento chileno quase anoitecendo, banho quente, comida e cama , digo , barraca, pois no outro dia a caminhada começaria cedo, as 4 hr, porque o plano era chegar nas Torres antes de amanhecer pra ver o espetaculo. Quando o sol nasce , as torres ficam amarelas, parecem de ouro, rs . Bem, como planejado partimos numa trilha bem dificil a noite, pedras soltas já chegando nas torres atrapalhavam muito, mas conseguimos.

O visual é demais.

Bem como as fotos mostram, o dia amanheceu lindo, mas o sol não quis nos presentear neste dia. O horizonte amanheceu com nuvens e não conseguimos ver as Torres na cor amarela como foi previsto. Confesso que fiquei bem desanimado nessa hora, mas a Maria me mostrou que aquilo pelo estávamos passando era mágico e consegui ficar ali sem pensar em nada, apenas admirando aquele visual que seria único e inesquecível. Bem , era preciso continuar pois seria o dia em que mais íamos caminhar, o próximo acampamento seria no Campamento Los cuernos, muitas horas a frente. Voltamos pela mesma trilha, agora muito mais fácil ( durante o dia rs) , chegamos no Chileno, fizemos um lanche e seguimos

Um visual mais lindo que o outro, tudo impressiona nesse lugar. E pessoas do mundo todo, todas com o mesmo objetivo.

O trecho é bem longo, mas os visuais que se abrem depois de cada subida são incríveis,

Difícil escolher as fotos pra colocar nesse relato, são muitas...

De um lado lagos azuis , verdes , fluorescentes aos olhos e de outro geleiras imponentes...

Bem, chegamos ao Campamento Los Cuernos ao fim do dia. Dificil foi arrumar um lugar pra barraca, a área estava cheia, mas a Maria conseguiu um lugar. Exaustos comemos e tomamos o banho melhor de nossas vidas. No outro dia, a rotina continuava. Arrumamos as coisas, a barraca mesmo molhada foi pra mochila e começamos mais um dia, uma pernada razoável até o Campamento Britanico, a meta era dormir por lá e subir o Vale do Frances no outro dia.

O dia nublado me dizia que algo poderia não sair como planejado, mas seguimos em frente.

Chegamos na área de acampamento e conversando com o guarda parque, ficamos sabendo que não tinha visibilidade nenhuma no vale, a subida ia ser em vão, as nuvens que chegaram não iria embora tão cedo. Decidimos então que continuaríamos em direção ao próximo acampamento - Campamento Paine Grande. Foi o que fizemos.

O visual do Lago Pehoé é absurdamente lindo, um lago imenso, azul, uma paz. Tiramos várias fotos, mas nenhuma mostra exatamente como é.

Chegando ao Campamento Paine Grande, o que se vê é um lugar escolhido a dedo pra se passar muitos dias, não dá vontade de sair dali. A área de camping é imensa, a infra-estrutura é espetacular e o visual, ah o visual... bom vou colocar algumas fotos, é melhor que descrever.

Até visita de um casal de coelhos nós tivemos.

Depois de um visual desses foi só alegria ( quero dizer mais alegria rsrs).

A noite foi fria, muito fria, mas muito fria. Acordamos cedo como de costume e quando saí da barraca ainda estava escuro e congelante, mas o nascer do sol, nos presenteou mais uma vez com outro espetáculo.

Nesse dia caminhamos em direção ao Glaciar Grey, e sentimos o vento patagônico que tanto falavam, a trilha toda foi com esse vento, muito forte, em alguns momentos tinhamos que parar e se equilibrar.

Trilha longa também, chegamos no Glaciar Grey, ficamos pouco, porque teríamos que pegar o catamarã no fim da tarde.

Voltamos ao Paine Grande e como sempre, sem vontade nenhuma de sair daquele lugar mágico. Torres del Paine foi sem dúvida o melhor trekking até agora.