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Alexandre Silvano 04/07/2018 13:26
    CRER 2018 - Etapa 04

    CRER 2018 - Etapa 04

    Sábado: Entre Rios a Prados Domingo: Prados a São João Del Rey

    Bom dia Gente Linda!!! Muitos vídeos das nossas aventuras estão lá no insta @asilvano!!! Todo começo de jornada tem um videozinho. Curtam lá!! Segue Lá!!

    O mês é maio. O dia é 19. A Hora é 7 da manhã e já estamos tomando um café em uma bucólica padaria na cidade de Entre Rios de Minas. Tudo normal, pegamos a van de madrugada e encontramos com os ciclistas que foram para ER na véspera. O Carimbo de Entre Rios fica na casa paroquial que é do lado direito da Igreja Matriz. Se vocês se lembram, na última etapa fomos até São Braz e agora começamos de Entre Rios. Esta foi uma opção para sair do trecho de asfalto que liga as duas cidades.

    Saímos de Entre Rios para chegar a Lagoa Dourada passando por Casa Grande. Logo na saída, quando alinhávamos para a tradicional foto em frente ao peão de metal na entrada da cidade, veio a primeira baixa: A Bike do Stephan deu um problema no câmbio que é eletrônico. Não teve o que fazer e ele seguiu com o Renato a Prados que foi o nosso pouso.

    De Entre Rios é necessário pedalar pelo asfalto cerca de 1,5km no sentido de Lagoa Dourada antes de pegar a entrada à esquerda, indicada pelos marcos do CRER e Estrada Real. Esse trecho até Lagoa Dourada já é bem diferente daquilo que fizemos até Congonhas. As mineradoras dão lugar a grandes fazendas e no lugar de caminhões de minério temos agora a presença de enormes colheitadeiras. É um trecho com subidas respeitáveis, longas... com 3 e às vezes 5km. Mas há muitos trechos com retas boas de impor ritmo e descidas bem divertidas. O visual é lindo, mas o viajante tem que levar bastante água e comida já que praticamente não há pontos de abastecimento. Água muito menos.

    No caminho a única cidadezinha é Casa Grande. Bem pequena e quando passamos todas as “vendas” e bares estavam fechados no sábado.

    Depois de casa grande, seguimos por estradas entre as fazendas. Todo o trecho está muito bem sinalizado. É só não se esquecer da regra dos cruzamentos: Os marcos sempre estarão do lado que você irá seguir. Uma dica importante é que caso você perceba que a estrada está recém “patrolada” (Máquina que nivela as estradas de chão), pode ser que alguns marcos ficaram encobertos pela terra. Com os do CRER é mais comum, mas os da estrada Real são grandes e altos, procure por eles também.

    A estrada de terra vai terminar em um asfalto depois de Lagoa Dourada. Quando chegar nele, tome a direção à sua direita e siga até a cidade. Na cidade os marcos estão confusos então o melhor é perguntar pelas lanchonetes de rocambole.

    Falando nisso, Lagoa Dourada é a terra do Rocambole. Eles foram introduzidos por Padres que fundaram a cidade e a tradição é mantida. Como a estrada passa pelo meio da cidade, perto da igreja em uma subidinha há umas 3 lanchonetes superpreparadas para acolher os viajantes que desejam comer e levar os rocamboles. IMPERDÍVEL!!

    Por volta de 3 da tarde chegamos a Lagoa Dourada e fomos para o Restaurante Engrenagem. É um restaurante que fica dentro de um posto de gasolina que serve comida à quilo no fogão a lenha e um churrasco (também no peso) para acompanhar. A comida encerra às 2 da tarde, então se quiser comer lá é bom ligar e avisar para a galera “segurar” um pouco. Lá paramos, comemos e descansamos. Depois, passamos nas lanchonetes para um rocambole de sobremesa e seguimos pelo Asfalto no sentido São João Del Rey.

    Depois das lanchonetes, deve-se seguir pelo asfalto seguindo os marcos por cerca de 2km. Os marcos vão indicar a entrada à esquerda. Há uma porteira e uma floresta de eucaliptos depois dela. É lá mesmo!!! Rumo a Prados.

    Depois que se entra nessa estradinha, o único ponto de atenção é o trechinho no meio dos eucaliptos. Se estiver de dia é tranquilo, mas tenham atenção pois as florestas de eucalipto mudam e confundem. Os marcos estarão lá. Confiem neles.

    Lembra que falei da bruxa solta? Pois é... Tudo tranquilo, caminho leve, sem grandes subidas, visual incrível, aquela rizaiada de sempre e.... e uma nuvem gigante veio comprovar a previsão de chuva do Climatempo.... caiu o mundo!!!! Nessas horas, nosso grupo costuma a se dividir da seguinte forma. Os rapazes se dividem em 3 pelotões e as meninas entram em cada um deles segundo a capacidade de pedalar mais rápido, ou mais devagar. Eu estava no meio e quando a turma meio que se dividiu naturalmente fiquei para esperar a turma que ficou para trás. Os demais seguiram para Prados. A turma de trás atrasou por causa de “uma cobra que mordeu o pneu da bike da Simone” ... kkkkk claro que não foi isso, mas fica o registro da piada!!!

    Começou a anoitecer e a tal chuva veio forte. Naquele momento de dar o gás para chegar rápido, o cabo de aço do passador da minha bike partiu. Paramos à noite, com chuva e os mecânicos Pedro Bispo, Tio Willian Maurício e Marcos Guilherme conseguiram arrumar. A chuva deixou a estrada pesada e alguns trechos tinham areia. Com a bike desregulada por causa do cabo, minha corrente começou a ficar presa na coroa e por este motivo perdi a coroa maior. Seguindo na chuva e na noite, poucos quilômetros depois ficou impossível subir pois a corrente ficava presa na coroa e travava toda a relação. Sendo assim, todas as subidas foram feitas empurrando. Eu e Simone!! Eu até gosto desse tipo de BO porque é uma diversão só. Os FDP ficavam o tempo todo “zoando” e me chamando de peba porque estava empurrando e nessa brincadeira toda o tempo vai passando e agente nem vê. Chegamos em Prados uma 7:30 da noite e ao pegar as ruas minha corrente não suportou e partiu... Uma relação partida.... kkk

    Em Prados nós ficamos na sensacional Vivenda Letícia. Chegando lá, todo molhado, empurrando bike, corrente na mão e.... um puta churrasco nos esperando!!! É que o Stephan que não tinha pedalado organizou um churrasco e quando a galera chegou já tinha carne pronta e cerveja gelada!!! A turma da pousada é nota 10 e nos deram todo o apoio para o churrasco e disponibilizaram tudo para lavar as bikes. Até o secretário de Turismo e Cultura de Prados, Sr. Jorge Rodrigues, participou conosco!! Muito legal!

    7 da manhã acordei para um café junto da Paty e quando saí do quarto e fui para o restaurante, para a minha surpresa o Tio Willian já tinha arrumado minha bike!!!! Quem tem amigo tem tudo!!! A Bike do Stephan também estava pronta e depois de um café que era quase um rodízio de biscoitos seguimos para São João Del Rey. Logicamente que o carimbo de Prados estava na Pousada!!

    O caminho para SJDR é um dos mais simpáticos da viagem. Segue-se pelo asfalto com direção a Tiradentes e logo se entra para a estrada de chão. Visual incrível da serra de Tiradentes, carros de boi pelo caminho e rapidamente se chega ao vilarejo de Bichinhos. Em Bichinhos o carimbo fica no restaurante Tempero da Ângela. O lugarzinho é um vilarejo pequeno, quase uma rua principal. Só que nessa rua há dezenas de lojinhas de artesanato de todos os tipos. Lugarzinho gostoso demais. Quem não conhece, conheça!!

    Saindo de bichinhos, é um calçamento até Tiradentes. Quem tem Bike full é rei!!! Mas logo no começo a bruxa atacou mais uma vez. A Bike do Geordanini simplesmente quebrou o quadro!!! Isso foi foda.... Mas ciclista é um bicho que não se dá por vencido. O Guilherme tinha uma corda, o Stephan treinamento Magaiver e o resultado foi o quadro quebrado amarrado com corda!!!!

    Por causa do quadro o grupo dividiu e ficamos mais para traz, pois, a velocidade do Geordanini não podia ser muito alta e ainda estávamos no calçamento. A galera foi esperando e chegamos juntos a Tiradentes que dispensa comentários. Linda e agradável!! O Carimbo de Tiradentes é na casa Paroquial da matriz, mas... Tiradentes tem umas 100 igrejas!! Fiquem atentos. A matriz não é a igreja mais imponente. Mas perguntando os caras das carroças não tem erro.

    Como já ia ficando tarde. Pedro e Guilherme pegaram os passaportes e seguiram para o local do carimbo, eu e Willian acompanhamos o Geordanini e Maurício conduziu os demais para São João. Dessa forma o pessoal já iria chegar e tomar banho e ganharíamos tempo.

    Chegamos no Hostel do Tonim em SJDR e fomos bem atendidos e tomamos nosso banho por 20 reais. Cervejinhas depois, pegamos a van e fomos para BH...

    Participaram dessa Viagem: Pedro e Nayara (os noivos!), Stephan e Fernada(os do curso de noivos!), Maurício Burro de Pelotas e “Cráudia” Heidi, Simone (Vaca) ,Otto, o ôto(Serjão), Roaquim, Geordanini (Jordan lanterna verde), Eu (psicose) e Paty (Linda Sirene), Adriano (das sacolas), Marcos Guilherme (beijo, beijo, beijo....) e Tio Willian.

    Na próxima viagem vamos fazer o trecho mais longo das etapas, mas também o mais bonito !! E Você vai descobrir que Bike também anda na água !

    Alexandre Silvano
    Alexandre Silvano

    Publicado em 04/07/2018 13:26

    Realizada de 19/05/2018 até 20/05/2018

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    1 Comentários
    Patrícia Neves 04/07/2018 18:40

    Que relato rico em detalhes, parabéns Alexandre..fecho os olhos e revivo cada momento. É sensacional...é indescritível a satisfação de viver tudo isso ao lado de pessoas tão graciosas. Simplesmente OBRIGADA!

    Alexandre Silvano

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