Fala Gente Linda !!! Hoje vou contar sobre o circuito que fiz com uma amigo. De BH até o Convento da Penha em Vila Velha, ES.

Como tive que tirar férias meio de última hora, e já tinha uma meia maratona marcada para Guarapari no Espírito santo, decidi ir de bike até o Litoral. Chamei meu amigo Tulio Feres que de cara aceitou. A programação não foi lá essas coisas, mas montei o circuito no RidewhitGPS e na terça descemos a lenha.

De BH para o litoral do Espirito Santo, o caminho mais comum é pela BR 381. PORÉM, lá é perigoso até para carro, então, nada de passar por lá ok Bikers?

Na saída de BH, fomos escoltados pelo PelotonBH, um grupo de speedeiros que sai regularmente às 6 da manhã no sentido Rio de Janeiro para fazer um treino coletivo. Há dias com mais de 50 speedeiros na estrada!

PRIMEIRO DIA: Nesse dia, a programação era rodar 220km e dormir em Teixeiras. Saímos no sentido Rio, entramos no sentido Ouro Preto e passamos por Itabirito, Ouro Preto, Mariana e Ponte Nova. A dica desse trecho é não programar uma longa quilometragem a não ser que você esteja extremamente leve e bem preparado fisicamente. A Altimetria é terrível, subidas intermináveis. Como estávamos com alforges e não somos tão atletas assim, decidimos fechar a viagem em Ponte Nova. O caminho até Mariana é muito tranquilo com relação a paradas e postos de gasolina para abastecer de água e comer alguma coisa. A estrada é boa e tem acostamento nela praticamente toda. Até Ponte Nova são 171,35KM com um ganho de elevação de 2846m. Velocidade média de 8,5km (Lembrem que estávamos de speed). demoramos 9:26min.

SEGUNDO DIA: Acordamos decididos a tirar o atraso. Logo de cara, mais subida... Essa parte da estrada, rumo a Muriaé, ainda tem muita subida, o asfalto é irregular mas há acostamento. O caminho passa por teixeiras, Viçosa e Muriaé. O plano era pedalar no mínimo 250km, PORÉM após a parada para o almoço caiu uma tempestade e optamos por dormir em Muriaé porque estávamos muito molhados. Muriaé é uma cidade até grandinha e há boas opções de hoteis, restaurantes, supermercados e lojas de bike em caso de necessidade. De Ponte Nova a Muriaé foram 134,09KM com ganho de elevação de 1749m. Velocidade média de 13,9km/h. Tempo 7:22.

TERCEIRO DIA: Saímos de Muriaé às 5 da manhã e não conheciamos muito bem o percurso. Depois de usar muito tempo os Garmim Edge, troquei ano passado pelo Etrex touch. Funciona a pilhas, dura muito mais e é mais preciso, além de poder ser usado em outros tipos de esporte. Com ele fomos navegando relativamente bem. Nessa parte da viagem, saímos de Minas Gerais e entramos no estado do Rio. Nesse dia não havia sol e as montanhas já haviam ficado para traz. Daí foi o dia perfeito para Speedar. Sentamos a puanga... De Muriaé o caminho passa por Itaperuna, Bom Jesus, Santa Maria, São José das Torres e vai até Marataízes já no Espírito Santo. Estrada boa, com acostamento, mas com alguns trechos de asfalto castigado. A dica aqui é ter cuidado pois há um trecho de uns 60km pela BR101 que é extremamente movimentada. Outra dica é ter cuidado com as paradas no meio do nada para tirar boas fotos: Em uma dessas fui agraciado por cinco ferroadas de marimbondo Cavalo, pois parei em frente a casa deles sem ser convidado. Nela o asfalto é ótimo, mas nas subidas o acostamento acaba e dá lugar a terceira faixa, o que torna o trecho perigoso. De Muriaé a Marataízes são 237,74 Km com velocidade média de 18,6KM/h e ganho de elevação de 1890m. Gastamos 11:02.

QUARTO DIA: Nesse dia já acordamos com o visual do mar. De Marataízes pega-se a rodovia do sol que leva até Vitória. Trecho maravilhoso, plano, ótima estrada, várias cidades uma bem perto da outra. Chegando em Guarapari há uns 10km de ciclovia. Muito bom de pedalar. Passamos por Piuma, Iriri, Anchieta, Setpeiba e Guarapari. Em Guarapari deixamos as bagagens bo Apartamento e fomos leve fazer um bate volta até o convento da penha. Nesse trecho a rodovia do sol é pedagiada e o asfalto é liso. Por lá passamos por Setiba, Santa Mônica, Ponta da Fruta, Coqueiral de Itaparica e da Praia da Costa entramos pelo centro de Vila Velha até o convento. A parte mais decepcionante é que nos proibiram de subir de bike até o Convento. Foram irredutíveis quanto a isso e fiquei muito puto com a norma. Em Aparecida que é a maior do Brasil, você assiste a missa com as bikes dentro da basílica. Mas no convento da Penha ciclistas não são bem vindos. Após dar com a cara na porta, comprei um terço para por na bike (sempre faço isso) e voltamos em ritmo de regenerativo para Guarapari. Nesse dia foram 158,25km, 649m de elevação, 17,4km/h de média em 7:03h.

Sem dúvida uma viagem muito boa de fazer com nível de dificuldade médio. Nenhuma ocorrência com as bikes e nem pneu furado tivemos, o que é uma raridade para speed, mas també é fruto das fitas antifuro devidamente instalas. Dica: Antes de fazer uma cicloviagem, faça uma boa revisão das bikes. Vale à pena demais.

Agradeço ao meu amigo Tulio Feres pela maravilhosa aventira (Tirando a parte de escutar ele cantar musica sertaneja em quase 80% da viagem hehehe)