Travessia das Cumeeiras
Travessia entre os municípios de Morrinhos do Sul - RS e Itati - RS.
Trekking MontanhismoTRAVESSIA DAS CUMEEIRAS
Realizada no dia 02 de Março de 2020, com a presença de Andrey Moré, Marcelo e Tarso.
A travessia tem seu início em Morrinhos do Sul – RS e final em Itati – RS.
Como opção para iniciarmos a trilha, deixamos o carro na tenda do Jajá em Itati (final da travessia) e um taxi local pré-agendado (Demes – 51 994047174) nos levou até Morinhos do Sul, mais precisamente numa vila ao lado do Morro do Forno, onde se iniciou a travessia.
No seu início, por volta das 8:00hs da manhã, a travessia inicia passando por várias propriedades particulares e plantações de banana, trecho por estradas e campos abertos, porém nos primeiros 4,5km de trilha têm-se um ganho de elevação de quase 900m.
Este ganho de elevação no início da travessia, em campo aberto, tendo inclusive um trecho que têm-se que escalar algumas rochas, e somado ao calor do dia, sol forte, exigiu muito fisicamente do meu corpo, onde cheguei ao final dos 5km já sentindo um certo desgaste físico.
Após estes 5km iniciais, o terreno começa a ficar mais plano, alterando entre mata fechada e campo aberto porém com capim alto, o que dificulta a travessia, pois em muitos locais, não tem a trilha demarcada, por isso, se torna essencial o uso de gps ou aplicativo off-line.
Dos 5km inciais em diante, até chegar aos 15km, tem vários pontos de água, neste trecho, segue-se a trilha também por várias estradas de campo, onde passa-se pela cachoeira do Canyon Josafaz e após pelo Canyon Pedras Brancas, onde montamos acampamento ao lado de um riacho. Este primeiro dia finalizei com muitas cãibras, estava bem desgastado fisicamente por conta daquele ganho de elevação inicial.
No dia seguinte, após uma noite onde choveu um pouco, e eu aparentemente recuperado fisicamente, seguimos a travessia, onde a mesma continua por um estrada (mesma estrada que dá acesso ao Canyon Josafaz) até em certo ponto têm-se que dobrar a esquerda e seguir por um campo aberto.
Neste trecho de campo aberto, começou um temporal, o que dificultou um pouco a navegação, pois tínhamos que acessar o celular embaixo de chuva. Depois deste campo aberto, é que se inicia o trecho sobre as cumeeiras propriamente dito, onde se caminha pela crista das montanhas, podendo ter o visual do horizonte em ambos os lados, algo que esperávamos, foi muito gratificante.
Ao longo da travessia, os trechos onde a trilha não está demarcada continuam, tendo que acessar o gps constantemente.
Antes de finalizar os últimos 5km da travessia que são de descida por um terreno bem acidentado, passa-se por uma propriedade particular, que para evitar qualquer transtorno, cruzamos a mesma silenciosamente e beirando a mata, pois há relatos de que o proprietário, às vezes, complica e impede a passagem de pessoas. Finalizei estes últimos quilômetros, apesar de ser de descida constante, com meu estado físico no limite, estava bem cansado mesmo, talvez fosse melhor, ter feito a travessia em três dias, ao invés de dois dias, porém, o que não se pode negar, que é uma travessia exigente sim, mas com um visual de paisagem muito gratificante e merecedor do esforço do aventureiro.
Finaliza-se a trilha passando pela ponte suspensa que dá acesso à RS 486 – Rota do Sol, chegando à tenda do Jajá, onde o carro estava estacionado.
Muito massa esse relato, Andrey! Fiz essa travessia em 3 dias, num feriadão de Páscoa em 2014, se não estou enganado... é bem puxada para fazer em dois dias. Parabéns pelo sucesso na travessia!
Oi Edson, que legal que você também tenha feito. Sim, também achei o inicio dela por Morrinhos do Sul bem puxado, mas deu tudo certo, lugares incriveis. Sucesso para você também em suas aventuras.
Legal o relato , essa tá na minha lista pra esse ano . 👏👏