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Serra do Papagaio
Travessia de 4 dias pela Serra do Papagaio.
A Travessia da Serra do Papagaio é uma daquelas “Travessias Fotográficas”, aonde apesar de se caminhar por aproximadamente 46 quilômetros (incluindo os ataques a todos os pontos de interesses perpendiculares a rota) durante 4 dias, ela possui uma inclinação média inferior a 9% pela cumeeira, o que é muito favorável para se caminhar. E o mais importante, muitos pontos para coleta de água, tantos, que é possível se fazer toda a travessia com apena 1 litro de água entre os pontos. Com uma boa logística, ritmo e planejamento de carga e abastecimento, ainda é possível faze-la em 2 dias.
O caminho é predominantemente Campos de Altitude com elevação média de 1900 metros, e os pontos principais de maior altura em relação ao nível do mar são:
Morro do Chapéu – 2025 m;
Morro do Cruzeiro – 2000 m;
Morro do Chorão – 1850 m;
Mirante da Juju – 1780 m;
Pico da Canjica - 2260 m;
Pico do Bandeira – 2370 m;
Morro do Tamanduá – 2160 m;
Morro do Santuário – 2140 m;
Morro da Pedra Redonda – 2060 m;
Pico do Papagaio – 2105 m.
Obs: Altitudes médias e arredondadas tendo como referência a carta topográfica e a medição pelo barômetro do GPS, não possui valor científico.
A travessia foi realizada dentro de uma condição meteorológica chamada Bloqueio Atmosférico no Sudeste, o que impediu as formações de nuvens frontais e massas polares vindas do Sul, o que permitiu que os 4 dias de travessia fossem de baixa humidade e sem chuvas. Tivemos ainda o ponto máximo da lua cheia na segunda noite, o que fez com que o bivaque no camping da colina do charco fosse como se dormisse num quarto com a luz acesa.
Obrigado a Michelle Engi pela organização e por ter me convidado para participar como batedor e socorrista nesta aventura, e ao Grupo Trilhadeiros de Montanhismo pela oportunidade de estar com vocês.
Avaliação do Saco de Dormir Zion da Azteq
Aproveitei a situação para testar o Saco de Dormir Zion da Azteq ( -4° a -10° ) de 1.150g , 15x15x20 compactado e avaliado em R$ 550,00 e gentilmente cedido pelo João Marcelo Mashião da Vaecotur (TKS João).
Durante o camping no Abrigo do Salvador, dentro de uma barraca Azteq Minipack, dormi nú e com muito calor, a temperatura mínima externa foi 8°.
Durante o bivaque na Colina do Charco, exposto ao vento fraco e umidade ocasional da madrugada, protegido com um isolante em baixo e um plástico preto em cima, usando apenas uma calça e uma blusa, o saco me aqueceu com tranquilidade, o pico mínimo foi de 3°, porém, perto do amanhecer percebi algumas partes mais frias do saco internamente causada pela reabsorção da transpiração condensada entre o saco e o plástico preto, mas nada que incomodasse.
Durante o camping na base do Papagaio, dentro de uma barraca Azteq Minipack, novamente aqueceu com tranquilidade e a temperatura mínima externa chegou a 2°.
Apesar do fabricante informar que o isolamento deste saco seja para temperaturas de -4° a -10°, eu percebi, embora não pude testar nesta temperatura, que este saco dentro de uma barraca pode tranquilamente ser usado entre 0° e -5°. Para usar em uma temperatura externa de -10° talvez possa ser considerado este um limite extremo, aonde você não terá um sono confortável e contínuo, mas também não congelará se ficar por até um período de X horas.
Para bivacar com segurança utilizando este saco deve ser usado em condições de baixa humidade do ar, junto com uma capa de saco com função impermeável e corta vento, e mesmo assim, com precaução, pois se condensar, a umidade será reabsorvida pelo saco.
É um saco que compete em muitos quesitos com o Astro 500, só que quase mil reais mais barato.
Obrigado!!!
Obrigado!!!
Essa travessia é demais! Show de bola Boney!!!!!
linda e gostosa de se fazer.