Última semana da férias da Tamiris... queriamos aproveitar, mas também não queriamos pegar nenhuma muvuca do feriado do dia 7 de setembro. Sendo assim, pensamos em algo mais acessível e tranquilo para fazer após o feriado. Depois de muito matutar, decidimos ir para Extrema, tentar acampar na trilha do Pico do Lopo. Chamamos nossa amiga, Lili, que aceitou o convite, e na quarta à tarde começamos a combinar certinho a logística para irmos já no outro dia. Ao anoitecer vimos a previsão do tempo e não estava boa... portanto, começamos a descartar a ideia de acampar na trilha e depois veríamos onde iríamos dormir. Já à noite, iniciou um borburinho de que caminhoneiros estavam fazendo greve na estrada... alguns vídeos rodaram pelo nosso whatsapp e tal, mas parecia tudo meio incerto. Terminamos o que tínhamos que arrumar pra viagem e fomos dormir.

Quinta de manhã, acordamos cedinho e já entrei nas redes sociais para ver como estavam as notícias. Aparentemente tudo ok, estrada liberada. Tomamos café e partimos para buscar a Lili, em Guarulhos. Chegamos 10:30h lá, pegamos a Lili e seguimos pela Rod. Fernão Dias.

A viagem foi de muito bate-papo, fazia tempo que estavámos pra viajar juntas. Lili é uma figura, gente boa demais.

Chegando em Extrema, seguimos para a pousada que daria inicío a trilha. A estrada até lá por vezes é paralelepípedo, vezes acimentada e um pouco de terra batida, e é ingrime, mas consegui passar com meu carrinho 1.0 sem muita dificuldade. Passamos por uma rampa de voo e o visual não estava muito legal... parecia que o tempo estava com uma névoa "suja", meio poluído mesmo. Por volta das 15h chegamos no local, tocamos a campainha e uma mulher veio nos atender. Pagamos a taxa e estacionamos o carro. Porém, o tempo já não estava com uma cara muito boa, e naquele momento começou a chuviscar. Já estava um pouco tarde e não sabíamos ainda onde íamos dormir, então resolvemos ir procurar um lugar pra ficar e no outro dia cedo voltaríamos para fazer a trilha. A mulher, muito simpática, devolveu nosso dinheiro e fomos embora. Pra voltar sofri um pouco com meu freio, muita descida. Extrema só tem ladeira, haja freio e motor haha! Paramos um pouco para que os freios esfriassem e pra procurar um camping. Não tivemos muito sucesso, portanto, escolhemos um lugar para irmos tomar café. Sempre resolve! Pedimos café e o papo rolava solto, pedimos mais café e dessa vez veio até uma bolachinha com nutella de cortesia. Antes de pagar a conta conversamos um pouquinho com a garçonete, e aproveitamos para pedir dica de camping. Nos recomendaram uma pousada/camping e foi pra lá que fomos.

Não demoramos para chegar, é de fácil acesso. Uma mulher nos recebeu muito bem, nos apresentou toda a pousada e a área de camping. Pra gente estava ótimo, ficamos por ali mesmo. Montamos as barracas e fomos fazer uma jantinha na cozinha compartilhada.

Lili fez uma macarronada daora pra gente, e enquanto comíamos começou a cair um chuvão. Já de noite permanecemos na área do acampamento aproveitando uma brecha da chuva, sempre jogando conversa fora. A mulher que nos recebeu também tinha nos informado sobre o Parque Ecológico Pico dos Cabritos, que era a poucos metros dali a entrada. Combinamos de ir com ela cedinho para ver o amanhecer no Pico dos Cabritos, caso não chovesse. Porém, o tempo não estava bom, chovia e parava o tempo todo.

Fomos dormir não era tão tarde. Ás 3h da manhã acordamos com uma tempestade caindo lá fora. Apesar disso, não tivemos nenhum problema, não molhou nada dentro da barraca e conseguimos pegar no sono novamente. Porém, o plano de subir o pico para ver o sol nascer não iria acontecer.

Acordamos por volta das 7h, esperamos a cozinha abrir, 8h, e tomamos café. Depois arrumamos uma mochilinha e partimos para fazer a trilha do pico dos cabritos. Era o mais viável a se fazer. O acesso se dá na própria rua da pousada, só subir ela inteira e você encontra o portal do parque. O portão estava aberto, então passamos por ele e continuamos subindo pela estrada. Eu não arriscaria subir com o carro se não for 4x4. É bem ingríme e tem um bom trecho de terra batida, ainda mais com chuva.

Seguimos subindo e alcançamos um SPA, lá conversamos com duas pessoas e conhecemos dois cãopanheiros filhotinhos e bem danadinhos, o Nino e o Cadu.

Orientadas, voltamos a subir. Há várias trilhas ao decorrer do caminho, mas optamos ir direto pela estrada mesmo. Nosso amiguinho, Nino, resolveu nos acãopanhar. Durante o caminho vimos as placas das trilhas, deve ser legal explorar todas elas, uma pedida para voltarmos. Levamos cerca de quarenta minutos para chegar no pico dos cabritos, a 1450m de altitude.

Lá de cima da pra ver a cidade, porém, eu gostei mais da vista para a Pedra Sacerdotista. As nuvens sempre dando aquele charme ao redor da pedra. Outra pedida pra voltar em Extrema!

Tiramos algumas fotos, o Nino fez até pose pra gente. Comemos umas bolachinhas, ficamos um bom tempinho no Pico para então começar a retornar. Ora chovia, ora parava. Foi assim o caminho inteiro, mas não chovia forte. Em uma das entradas das trilhas, vimos um macaquinho. Ele estava em cima da árvore bem visível e depois entrou um pouco mais pra mata. Adentramos um pouco da trilha apenas para tentar uma foto dele, saquei a câmera e tentei. Hahaha

Quando voltamos pra estrada o Nino tinha sumido, começamos a chamá-lo, mas nada dele aparecer. Ficamos esperando um pouco pra ver se ele aparecia, mas realmente ele não apareceu. Torcemos para que ele não tivesse se perdido, e sim, só retornado sem a gente. Continuamos receosas, até que vimos um rastro da patinha dele no barro. Danadinho!

Retornamos pra pousada, almoçamos o resto da macarronada que tinha sobrado da noite anterior e batemos um pouco de papo com o pessoal da pousada, e só ali tivemos certeza de que o Nino tinha realmente voltado para o Spa. Pessoal muito gente boa, dava vontade de ficar mais. Porém, depois do almoço ajeitamos nossas coisas e pegamos a estrada. Deixamos a Lili em Guarulhos de volta e fomos embora pra casa. Foi uma viagem meio improvisada, mas muito boa. Companhia 10/10 da nossa querida amiga, Lili.