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Caroline de Jesus 03/02/2022 21:50
    Passeio solitário no Parque estadual itacolomi

    Passeio solitário no Parque estadual itacolomi

    Passeio solitário

    Hiking Cachoeira

    O motivo:

    Estava atoa na vida e sem meus queridos companheiros de trilha para trilhar, ou melhor dizendo estava afim de ficar sozinha mesmo e resolvi fazer um passeio solitário.

    Chegada:

    Peguei meu carrinho e segui para o quintal de casa em Ouro Preto o Parque Estadual do Itacolomi. Chegando na guarita eles pedem seu nome e depois você chega até uma casa pra mais um cadastro. Pra quem é de Ouro Preto é possível fazer um cadastro para pagar R$2,00 em dia de semana e R$10,00 aos finais de semana, porém é necessário preencher um formulário com alguns dados e entregar na portaria ou mandar por e-mail. Eu não tinha cadastro, mas como o moço pediu meu documento me deixou entrar pelo valor de morador.

    O caminho:

    O parque é bem sinalizado e meu destino seria a cachoeira do icó. Algumas pessoas deixam o carro ali mesmo na portaria e vão seguindo a pé, adentrando o parque. Como nesse dia eu estava bem preguiçosa fui de carro até o centro de visitantes que dali pararia o carro e seguiria meu destino. O caminho da portaria até o centro de visitantes leva uns 10, 15 minutos e a estrada é de terra.

    Cheguei, deixei o carro no estacionamento. Bem em frente ao estacionamento fica o museu do chá e o centro de visitantes. Entrei no museu do chá que mais parecia mais um mausoléu abandonado... nenhuma pessoa para recepcionar o visitante, vários balaios e algum maquinário a nível de demonstração do que utilizavam na época áurea do museu do chá. Uma mesa com cadeira e porcelanas estilo portuguesa com teia de aranha e só.

    Porcelanas e cadeira com teia de aranha (museu do chá)

    Maquinário (museu do chá(

    Fui ao centro de visitantes também, usei o banheiro, ouvi vozes dos áudios automáticos e segui para a Fazenda de São José do Manso.

    A fazenda:

    Localizada no Parque Estadual do Itacolomi, a história da fazenda remonta ao princípio do século XVIII, havendo a hipótese de que teria sido construída entre 1706 e 1708 por Domingos da Silva Bueno, 2º guarda-mor do Distrito de Minas Gerais. O fato teria se dado para executar cobrança do quinto do ouro e vigilância do acesso às minas e ao Sertão dos Cataguases. Supõe-se que a casa sede tenha sido o primeiro edifício público de Minas Gerais, exemplar da chamada casa bandeirista, variedade de influência paulista incomum na arquitetura rural mineira – volume retangular sobre plataforma, cobertura em quatro águas, varanda de pouca altura na fachada principal. No entanto, sua alvenaria é de pedra, diferentemente das construções paulistas, geralmente construídas em taipa de pilão. A casa não mais possui as paredes internas, que teriam sido construídas em pau-a-pique, tendo sido mantidas algumas conversadeiras de cantaria abaixo de janelas, ao gosto urbano do século XVIII. Ao longo de sua existência, a Fazenda do Manso foi centro produtor de telhas e tijolos (século XVIII), fábrica de ferro (século XIX) e teria servido para a exploração de carvão e produção de chá da Índia, chamado Edelweiss (século XX), que era exportado principalmente para a Alemanha. Texto retirado do site do IEPHA, segue o link: http://www.iepha.mg.gov.br/index.php/programas-e-acoes/patrimonio-cultural-protegido/bens-tombados/details/1/109/bens-tombados-fazenda-são-josé-do-manso

    Exterior Fazenda do Manso

    A fazenda eu gostei bastante. Como restauradora eu gosto de juntar esses passeios vibe naturebas com umas estruturas históricas. A fazenda ao longo dos anos virou uma ruina e com a ajuda do governo estadual de MG em 1998 foi tombada pelo IEPHA-MG e passou por uma restauração, deste modo recebendo novos elementos estruturais como o metal.

    Interior Fazenda do Manso

    Interior Fazenda do Manso

    Interior Fazenda do Manso

    Permaneci na casa da fazenda um tempo, tirei fotos, comi um pãozinho com geleia e depois resolvi seguir uma trilha. Queria eu ir a cachoeira do ico, porem peguei uma trilha errada (sim consegui me perder pateticamente). Segui uma trilha com umas estruturas de madeira, mas vi que estava saindo da rota, voltei e peguei um outro caminho. A trilha para a cachoeira do icó é cerca de 4, 5km ida e volta. Como estava um dia nublado, o tempo estava muito agradável para uma caminhada em uma trilha bem demarcada e com o céu fechado pela vegetação (acredito que em um dia de sol deve ser maravilhoso também com a vantagem da proteção da copa das árvores).

    Cheguei na cachu e não tinha ido com o biquíni. Como não tinha ninguém, já tirei o biquíni e já estava preparando pra me trocar quando do nada aparecem dois homens. Parei por ali mesmo (ainda estava nas meias) e esperei os boys vazarem. Demorou, eles entraram e tals, mas ok, a natureza é pra todos kkkry. Os caras foram embora, coloquei o biquíni e mesmo estando um dia nublado e eu como piolho de água quis entrar. Tava me banhando embaixo a queda d’água e chegou um casal, tiraram umas fotos, e já vazaram. Continuei ali na cachoeira sozinha, curti bastante, depois disso fui pegar minha roupa seca pra me trocar. Fui pra perto da queda que era uma parte mais escondida pra me trocar e paz e não correr o risco de alguém chegar e da de cara comigo peladona na entrada da cachoeira do ico. Ainda estava de biquíni e com a roupa seca na mão quando chegou mais um casa, me cumprimentou e eu fiquei ali admirando a queda e pensando na vida enquanto eles ainda permaneciam ali. Tava tão ligada na queda e com o olhar fixo que a moça do casal me perguntou se eu estava bem. Hahahaha. (Talvez ela pensasse que e poderia cometer um suicídio me enforcando com o cipó), achei fofo da parte dela, afirmei que sim com a cabeça e disse que so estava esperando. O casal foi embora, eu me troquei, todos saíram satisfeito e segui meu caminho de volta para casa.

    Primeira queda da cachoeira do icó

    Segunda queda da cachoeira do icó

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    Caroline de Jesus

    Caroline de Jesus

    Ouro Preto

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    Trilheira de fim de semana. ig: @carolinemorgue

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