A chamada Montanha Colorida, Montanha de Sete Cores ou simplesmente Vinicunca, em quéchua, é uma montanha localizada a aproximadamente 100km ao sudeste de Cusco.

Sua incrível coloração, de diversas tonalidades. Isso se deve a sua composição química, aos diversos minerais que a compõe, juntamente com a erosão causada principalmente pela chuva e pelo vento.

A jornada até lá é longa. Saimos do hotel ainda escuro de madrugada (4:00h) a estrada é bastante sinuosa e em zig zag vai subindo até chegar. São 3 horas de viagem a partir de Cusco, com uma paradinha para descanso. Chegando aos pés do pico nevado de Ausangate, mais 3 horas de subida, caminhando. Ao chegar no Cerro Colorado, há tempo para contemplação e fotos.

Bastões são sempre necessários e ajuda muito. Estava bastante frio, ventoso e tivemos a felicidades de pegar um pouquinho de neve o que deixou ainda mágico o que já estava fenomenal.

Há necessidade de ir subindo muito lentamente porque a altitude pega e o corpo sente. Nosso guia sempre atento e ajudando as pessoas que passavam mal, nada que uma pequena pausa para deitar um pouquinho e colocar as pernas para cima, mascar folhas de coca, cheirar Agua de Florida também é um santo remédio.

No cume da montanha cercada de um lado pelas cores, outro a floresta de pedras e do outro montanhas nevadas, alí uma anciã nativa toma conta da monatanha, literalmente ela é a guardiã cuidando para que as pessoas não ultrapassem a linha demarcada para não conmprometer o bioma local. E ela fica muito brava e toca o apito o tempo todo para chamar a atenção dos turistas que sempre a procura de uma selfie melhor extrapola, invade e prejudica o meio ambiente.

O guia já tinha nos alertado que as cores são intensas e lindas mas não como as de photoshop que vemos nas propagandas.

Tivemos bastante tempo para meditar, brincar, se impressionar com tamanha beleza e sensibilidade da mãe natureza enfim, gratidão por termos conseguido fazer mais um trekking nessas alturas passando dos 5000 mts .

No retorno senti o mal da altitude, cefaleia, vomito, mal estar, mas nada, nada mexeu com meu humor, alegria e felicidades de ter estado lá. Nem mesmo as enfanhonhas quatro horas para chegar em Cusco já tarde da noite.