É incrível como a natureza nos chama pra viver e quando ela chama, ascende um sentimento tão incontrolável que é impossível negar esse chamado.

Me sinto com sorte por ter amigos loucos com ideias máculas que me fazem um ser humano melhor.

Fui ousado em aceitar o convite mais maluco da minha vida, com uma semana de antecedência fui convidado a realizar a famosa travessia do pico dos Marins ao contrário, e em metade do tempo que costumamos fazer. No dia seguinte depois da travessia, iríamos descer da base da montanha de bike até a cidade de Piquete, 24 km de distância.

E começou a aventura

A previsão do tempo era de tempo quente, então optamos por levar apenas a barraca, e itens básicos de sobrevivência e alimentos para aguentar a caminhada, vimos bastante vídeos de pessoas que fizeram a travessia em apenas um dia, então meio que copiamos eles.

Chegamos na base dos Marins as 22 da sexta 18/08/2023, deixamos o carro com as bikes lá. Pegamos as mochilas leves e fomos de resgate com o grande Sr. Clóvis até o final da travessia, localizada em Marmelópolis na base da montanha Itaguaré.

Iniciamos a subida até a base do Itaguaré as 23:30, não estava frio, mas o vento estava soprando a mais de 60km por hora com certeza.

Chegamos ao acampamento na base do Itaguaré as 3:40 da manhã do sábado, com muita dificuldade, encontramos um lugar protegido do vento para descansar um pouco, a final passamos as últimas 24 horas dando duro pra esse rolê acontecer.

Dormimos com muito frio já que estávamos esperando uma temperatura mais quente e sem vento, mas deu pra descansar um pouco.

Na manhã seguinte tomamos um belo café pra atacar o cume do Pico do Itaguaré

Depois do café aproximadamente umas 10 am fomos atacar o Pico do Itaguaré com a meta de descer meio dia e seguir sentido ao fim da travessia, parando somente pra almoçar.

Ao descer do topo do Itaguaré seguimos sentindo a pedra Redonda uma das paradas mais charmosa da travessia.

Quando escureceu estávamos próximos ao início da descida do pico dos Marins, estávamos quebrados, todos com muitas dores, então deitamos no chão pra descansar um pouco, fugir do vento e observar as estrelas.

Finalizamos a trilha e chegamos ao refúgio Marins. Lá comemos um delicioso Choripan, tomamos banho e dormimos.

Na manhã seguinte começou a segunda parte da aventura. Depois do café da manhã reforçado e com muitas dores musculares fomos montar as bikes e nos preparar para descer.

Todos prontos deu se inicio a descida mais louca da minha vida.

As curvas eram bem fechadas ingrimes e cheias de pedras, pois a estrada é de terra.

Aconselho ir com freios novos na bike pois é certo que eles vão ser gastos na decida.

A descida é insana e cheia de lidas paisagens é possível ver o pico dos Marins lá de baixo.

Pra quem curte adrenalina é um prato cheio pois é muito perigoso.

Após alguns km de descida começa a ter asfalto aí cansa um pouco menos.

Lugar incrível vale a pena cada gota de suor. Me sinto um cara mais vivo, que dá mais valor a vida.

Finalizamos a aventura num belo por do sol no pequeno bairro de Piquete.