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Clube Outdoor 04/07/2022 09:42 con 5 participantes
    Volta da Juatinga | Paraty/RJ

    Volta da Juatinga | Paraty/RJ

    Travessia de 4 dias, realizad entre Paraty-mirim e Vila Oratório, em Paraty/RJ, passando pela Reserva Ecológica Estadual da Juatinga.

    Trekking

    Travessia da Volta da Juatinga

    Data: 16/06/2022 a 19/06/2022

    Relato: Adhemar Sette

    Fotos: Renata Faustino e Filipe Brito

    Local: Paraty

    Atividade: Trekking de 4 dias

    Participantes: 10 pessoas

    Transporte: Van (Suprema Rios) - Motoristas Djalma (Ida) e Max (Volta).

    Início: Paraty Mirim https://goo.gl/maps/2x9UaZnjy2wofzH48

    Fim: Vila Oratório https://goo.gl/maps/7ixJJRcBb67vTdmo7

    RELATO

    Anteriormente havíamos marcado o ponto de encontro para às 00:01 do dia 16 de junho, porém conversando com o Beto, vimos que o trânsito do feriado não estaria influenciando em nada no nosso trajeto, então resolvemos postergar em 1h a nossa saída. Nos encontramos no Posto Shell, próximo à Novo Rio às 01:00 e tivemos uma viagem tranquila até a rotatória da entrada de Paraty, onde pegamos o Rafael Damiati, que estava nos esperando por 5 min no ponto do Boozer, pois tinha vindo de São Paulo. Seguimos então até a área de estacionamentos de onde saem os barcos para o Saco do Mamanguá, chegamos por volta de 05:15, bastante cedo, neste momento vimos como foi importante ter ido mais tarde, tomamos um chocolate quente para nos aquecer e fomos organizando nossas mochilas com calma, parecia que esta tinha sido a noite mais fria que viria pela frente, pegamos uns snacks que o Beto sempre carinhosamente nos presenteia e fomos rumo ao píer onde tínhamos combinado nosso barco às 06:00.

    O nascer do sol enquanto navegávamos.

    Dia 1 - 16/06/2022 - Pão de Açúcar + Saco do Mamanguá até Praia Grande

    Chegamos na área de píer de Paraty-Mirim, pegamos o barco reservado (30,00) e seguimos direto para a Praia do Cruzeiro. Por conta do horário demasiadamente cedo, não encontramos ninguém pelo caminho e, assim que chegamos no camping, logo fomos recepcionados pelo Seu Orlando com aquele sorriso e histórias de sobra para contar.

    Galera reunida.

    Já planejamos que cada um levaria seu próprio lanche para começar bem o dia. Apesar disso, Seu Orlando conseguiu 2 garrafas de café para nós, uma com açúcar e outra sem (30,00). Com todos já alimentados, deixamos as nossas mochilas dentro da cozinha, pegamos nossas mochilas de ataque e fomos ao Pão de Açúcar. Adhemar começou a caminhada em um ritmo bem forte, parando na metade do caminho para reagrupar e todos beberem um pouco de água. O mesmo ocorreu novamente à 5min do cume. Já chegando perto, dava para ver a cara de felicidade de todos com vários “uau’s” surgindo com a vista mais linda do saco do mamanguá, lá ficamos por meia hora admirando, tirando fotos e discutindo se o Saco do Mamanguá é uma RIA ou um Fiorde. Retornamos então para pegar nossas mochilas de volta, todos se despediram do Seu Orlando e fomos em direção ao nosso destino do dia, praia de Itaoca.

    No alto do Saco do Mamanguá.

    Adhemar novamente seguiu à frente. O caminho não tem grandes dificuldades de orientação, com exceção na parte da “casa do vampiro” onde é necessário atenção, pois o caminho segue pela parte de trás da construção.

    Chegando por trilha nas proximidades da Praia das Antas, moradores nos alertaram que poderíamos não conseguir seguir, pois as chuvas recentes provocaram uma queda da encosta, impossibilitando a passagem. Nos disseram que, na casa amarela com uma grade verde, que se encontrava no caminho logo antes da tal queda, poderíamos tentar pedir ajuda à caseira para passar por dentro da propriedade e conseguir chegar na Praia do Engenho. Dito e certo, chegamos na tal queda, é impressionante ver como a natureza pode ser tão devastadora, Adhemar, Dani e Damiati tentaram encontrar um caminho diante do caos. Logo em seguida apareceu Negreiros que vinha fechando o grupo, todos sem sucesso, quando decidimos todos por voltar até a tal casa e pedir passagem. Chegando lá, gritamos um monte, mas ninguém veio ao nosso encontro, logo Negreiros resolveu retornar ainda mais para conseguir contactar algum barco para nos deixar na Praia do Engenho, passado o rádio para Adhemar, pediu para todos retornassem também, pois havia conseguido alguém para fazer o curto transfer, o barqueiro nos cobrou R$10,00 de cada.

    Chegamos na praia do engenho por volta de 13h, com todos já um bocado cansados e levemente abalados com o retrocesso da trilha, decidimos por fazer a parada do almoço, descanso e tentar curtir aquele pequeno pedaço de praia, para enfim retomar a caminhada.

    Finalmente descansados, colocamos as mochilas nas costas e começamos o que, para todos, foi o pior trecho da travessia toda, foram cerca de 3,5km com ganho de 400m, ao final. Descemos e chegamos na praia grande todos felizes em finalmente sair daquela área de mata praticamente sem vista alguma e conseguir admirar mais uma linda praia em que o nome inclusive já diz tudo, ela realmente é bem grande. Por conta do horário, mais ou menos 17h, decidimos tentar fechar algum camping por lá mesmo, falamos com o sobrinho da Dona Jandira, único camping da Praia Grande, que é o mesmo do bar que fica no fim da praia e nos dirigimos até lá.

    A Praia Grande de Cajaíba.

    Todos chegaram no camping escolheram seus lugares onde colocaram as barracas, se organizaram e se dirigiram para uma cabana central onde ficava a cozinha com mesa comunal, todos de banho tomado, jantamos juntos e fomos logo dormir, pois, o cansaço junto da viagem mais a pernada do dia era muito evidente no semblante de todos.

    Dia 2 - 17/06/2022 - Praia Grande x Cairuçu das Pedras

    Após uma noite muito bem dormida e revigorante para todos, acordamos cheios de energia para a pernada que teríamos à frente. Saímos do camping por volta de 08:30, acertamos com o dono do camping o valor de R$40,00 e seguimos nossa caminhada por várias praias lindas (Itaoca, Calhaus e Itanema) até que decidimos fazer uma breve parada em Pouso da Cajaíba para tomar uma coca gelada no Restaurante Porto das Flores, alguns decidiram tomar um banho de mar, enquanto outros descansavam para então enfrentarmos mais uma boa subida, desta vez não tão exigente como no dia seguinte.

    Restaurante Porto das Flores.

    Seguimos em ritmo cadenciado e finalmente chegamos no Camping do falecido Seu Maneco, na região de Martim de Sá, lá de fato paramos por mais tempo para apreciar a linda praia, o camping gigantesco e tomar um suco de maracujá. Depois de 1h parados, voltamos a colocar as mochilas nas costas e fomos rumo ao nosso destino final: Cairuçu das Pedras. O acesso ao camping do Ezequiel costumava ser por um desvio na trilha normal, tomando à esquerda e descendo direto ao nível do mar, mas como o caminho também se encontrava meio instável e a passagem era perigosa entre as pedras, decidimos seguir a trilha mais a frente e acessar por cima passando pelo camping do Aprijio, fato importante pois no caminho vimos algumas placas de venda de refrigerante e cerveja, o que no mais tardar voltamos lá nos dar este luxo.

    A Praia de Martin de Sá.

    Todos chegaram no camping do Ezequiel já super felizes, pois tínhamos uma pequena área de praia somente para nós, uma piscina natural de água doce lindíssima, um entardecer espetacular e um camping com cobertura de lona para nos dar mais conforto.

    O piscina e o mar..

    Depois de aproveitar tudo isso, todos foram tomando seus banhos e chegando na mesa central da área de camping, onde logo Adhemar, Sertã e Sertãozinho foram buscar bancos para todos poderem se sentar em volta, trocar impressões sobre o dia, os campings pelo que passamos, beber mais uma coquinha, latão de cerveja Skol e cantar parabéns para o nosso guia Bruno Negreiros, que na verdade só faz aniversário dia 20/06, mas que lá era o lugar onde ele realmente estava ansioso para chegar na pernada toda, devido ser um cantinho realmente único. Todos já satisfeitos das jantas, cada um foi se acolhendo em sua barraca, outros ficaram admirando o céu super estrelado que mais tarde ainda nos presenteou com uma lua de sangue, experiência de fato única.

    Dia 3 - 18/06/2022 - Cairuçu das Pedras x Ponta Negra

    Acordamos com um lindo nascer do sol, todos saíram das barracas para admirar a paisagem linda, nos fazendo pensar como o dia anterior e o início do dia eram um verdadeiro presente, começamos a tomar café da manhã todos juntos na mesa e cada um foi organizando sua mochila para então começarmos a andar.

    O nascer do sol em Cairuçu das Pedras.

    Nosso acampamento.

    Logo o tempo foi dando uma mudada, antes mesmo de sairmos do camping, caíram algumas gotas de chuva. Começamos então a caminhar para Ponta Negra, esta é outra parte do caminho em que basicamente não vemos nada do mar, temos uma caminhada de subida constante são quase 550 m de ganho altimétrico em cerca de 3,5km e mais 3km de descida. Chegando perto da comunidade caiçara de Ponta Negra nos deparamos com a situação catastrófica dos reflexos dos deslizamentos que ocorreram em Abril deste ano com fatalidades, uma região enorme se mostrava ainda instável e tratamos de passar rapidamente para chegar logo na área de camping do Ismael. Chegamos por volta de meio dia e já começamos a organizar nossas barracas para então avaliar a possibilidade de fazer o ataque ao Saco Bravo. Já estávamos acompanhando a previsão do tempo e era esperada uma chuva. Depois de tanto discutir, às 13h decidimos por não fazer, decisão muito bem pensada pois ao longo do dia só fomos vendo o clima ficar cada vez mais hostil.

    Ponta Negra.

    Com tempo livre de sobra ficamos jogando conversa fora na área de camping que contava com uma cozinha bem estruturada e banheiro com chuveiro de água “quente” até que decidimos ir até o restaurante onde Dani já havia feito um reconhecimento e reservado nossa janta às 17:30. Saímos também a procura de cervejas e refrigerantes, no restaurante frente ao mar pegamos informação que, no final da praia, havia um mercadinho aberto onde acabamos comprando uns litrões de coca cola e alguns salgadinhos para ir enganando a fome enquanto a janta não vinha. Negreiros conseguiu contato finalmente com a dona da padaria Lidiane onde foi junto com Adhemar para levar umas Heinekens geladinhas para todos poderem finalmente brindar o dia chuvoso.

    O jantar chegou e todos fizeram aquele silêncio imediato, típico de que a comida estava realmente gostosa, Sr. Lelei logo fez uma brincadeira com todos, cara super gente boa dono do restaurante, onde dispõem de w-ifi e opção de pagamento no pix, a refeição custou R$35,00 muito simples mas muito apetitosa. Todos voltaram para a área de camping onde Adhemar, Renata e Sertãozinho voltaram para a padaria para pegar mais cerveja. Jogamos mais conversa fora, bebemos, comemos mais biscoito, indo dormir relativamente tarde, às 22h pois como o dia seguinte não seria muito exigente e a previsão do tempo era de bastante chuva durante a noite. optamos por vir a acordar um pouco mais tarde.

    Aquele peixinho pra recuperar as energias.

    Dia 4 - 18/06/2022 - Ataque a Cachoeira do Saco Bravo e Ponta Negra x Laranjeiras

    Após uma noite de chuva intensa (ainda bem que estávamos abrigados com lona na área de camping) decidimos acordar mais tarde com calma, tomar café da manhã para então decidir se faríamos o ataque a Cachoeira do Saco Bravo. Negreiros por volta das 07h já tinha voltado da padaria com um pão francês quentinho. Todos resolveram esvaziar de vez a mochila colocando um pouco do que cada um tinha e fazer um grande banquete de café da manhã com direito a ovo que tínhamos comprado no mercadinho no dia anterior. Boa parte da quantidade acumulada de chuva deveria ter ocorrido durante a noite e, com isso, nosso dia começou nublado, porém com quase nada de chuva, uns pingos aqui e outros ali mas nada que impedisse qualquer um de nós de querer andar ao invés de pegar um barco como saída rápida.

    A Cachoeira do Saco bravo só nossa.

    Após o café da manhã, começamos a divagar sobre o ainda possível ataque a Cachoeira do Saco Bravo, acabamos decidindo por dividir o grupo, uma parte seguiu o caminho direto para o ponto final do dia, Vila Oratório, com direito a uma longa parada na praia do sono para se deliciarem com pastéis e outro grupo foi até a então encantadora Cachoeira do Saco Bravo, tudo certo então o grupo da cachoeira saiu do camping por volta das 08:30, chegando na Cachoeira às 9:45 e curtindo muito o local vazio… Quase todos tomaram banho e aproveitaram o clima mais roots. Retornamos às 11:10, terminamos de organizar as mochilas e partimos para reunir o grupo todo novamente, todos andando juntos em um ritmo muito bom, o último dia é uma caminhada simples passando por belíssimas praias. Todos juntos finalmente aguardando nosso motorista Max nos buscar para então voltarmos ao rio.

    No fim, DEU TUDO CERTO. Conseguimos cumprir todo o cronograma e vivemos dias muito divertidos na Juatinga. Teve sol, caminhada exigente, relax, debates sobre chuva, tempo nublado, praia e banho de cachoeira. Ou seja, um feriado daqueles que todo aventureiro ama!

    Pra fechar, a Praia do Sono.

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    Publicado en 04/07/2022 09:42

    Realizado desde 16/06/2022 al 19/06/2022

    5 Participantes

    Bruno Negreiros Adhemar Renata  Faustini Danielle Hepner Rafael Damiati

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    1 Comentarios
    Jose Antonio Seng 07/06/2023 08:47

    Lindas fotos !!!

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