AventureBox
Crie sua conta Entrar Explorar Principal
Cristiane Kinguti 29/05/2016 18:01
    Curso de Escalada

    Curso de Escalada

    Fiz um curso de escalada em andradas, bora conferir como foi?

    Escalada

    Acordei um belo dia e decidi: quero começar a fazer alta montanha.

    Comecei a ligar para algumas agências que trabalham com alta montanha até que cheguei à Grade6. Fui ao escritório deles em Campinas e, ao conversar com a Aretha, resolvi que seria legal começar com um curso de escalada em gelo na Bolívia. Só que para esse curso, um dos pré-requisitos é ter uma base ou familiaridade com os equipamentos de escalada em rocha.

    Eu morria de medo de escalar em rocha, pois sou alérgica a picada de insetos (é bem comum ter colmeias de abelhas ou vespas em picos de escalada) e também por ser um esporte que requer muito cuidado.

    De quebra, apesar de sempre ter admirado a escalada e achar que era algo inatingível, e descobri que não é.

    É muito importante procurar uma agência confiável e um instrutor que realmente saiba o que está fazendo, porque escalada é um esporte de risco, que necessita um grande conhecimento teórico e prático. Fiz a lição de casa: pesquisei e estudei sobre o curso e o instrutor.

    Decidida a encarar o desafio, marquei um curso fora das datas pré-determinadas. Ponto para a Grade6: além de terem uma agenda na qual você pode se encaixar, eles também fazem particular. Outra coisa que gostei muito é que, após o curso, eles oferecem uma saída por mês no valor de R$ 100,00, para que você não deixe de praticar.

    O curso aconteceu entre 4 e 5 de abril.

    1º dia: aula teórica
    Aprendemos sobre a história da escalada, numa linha do tempo, desde as conquistas brasileiras como as do mundo todo.

    Aprendemos a diferenciar cada equipamento e também como cada um deveria ser usado.

    Almoçamos e seguimos para Andradas, em Minas Gerais, onde seria nossa aula prática, no dia seguinte. É uma cidadezinha de menos de 40 mil habitantes, e a escalada lá se desenvolveu nos anos 90, com um grupo que abriu várias vias nas rochas da região. São três formações rochosas: a Pedra do Boi, Pantano (se escreve e fala assim mesmo, sem acento), e Pedra do Elefante.

    Chegando no refúgio, tivemos a aula de nós e ancoragens. Ganhamos uma apostila bem detalhada para que pudéssemos fixar o conhecimento depois.

    O local do refúgio é encantador. Ficamos no Refúgio de Montanha Pantano, e como vocês podem ver no vídeo, é lindo e bem organizado, graças à dona Nice, que cuida do abrigo e é um doce de pessoa. A hospedagem custa R$ 30 por noite, e indico a quem quer conhecer Andradas, porque além do lugar ser uma delícia, ele fica coladinho no Pantano, onde fica o campo escola de escalada. Facilita um tanto, né?

    2º dia: aula prática
    Separamos nossos equipamentos: sapatilha, saco de magnésio, cadeirinha, mosquetões e capacetes, e seguimos por uma estrada e trilha de uns 30 minutinhos até o pé da pedra.

    O visual é incrível. Eu sentia um pouco de ansiedade e muita disposição para aprender.

    Nossa primeira via foi a “Não pise na grama”, que é um 3º grau – uma via considerada fácil, para podermos praticar os procedimentos com tranquilidade. Aprendemos como fazer a segurança com o gri-gri, e subimos a via, tranquila e curtinha.

    Nossa segunda via foi a “Mística”, que já é um 4º gra. A saída dela é bem difícil, e contei com a ajuda do Lucas, o instrutor, mas cheguei no fim, mesmo com um pouco de dificuldade. A rocha do Pantano é nem abrasiva, de aderência, e tive muita dificuldade em acreditar que a borracha da sapatilha grudava de verdade. Sem falar que a sapatilha de escalada não é algo confortável de primeira… Essa via é mais alta e deu um pouco de frio na barriga ver tudo que eu havia subido. Nesse momento nos usávamos outro tipo de freio, o ATC, que é manual e muito mais fácil de usar. Por outro lado, precisa de muita atenção, porque se o escalador tomar uma queda, o ATC não trava automaticamente e depende de quem está na segurança controlar a corda.

    Foi complicado e cansativo, mas consegui fazer as escaladas e completar tudo que foi proposto. Tive dificuldades, pensei que não tava fácil e me esfolei na rocha. Mas foi aí que eu entendi que escalada é um esporte mental acima de tudo, e que também é essencial ter um bom parceiro, confiança nele, e claro, bons equipamentos.

    Na segunda tentativa da “Mística”, subi sozinha, sem ajuda na saída. Chegando ao cume, já sentia que havia me superado, é uma sensação mágica.

    Na parada (fim da via), o professor nos aguardava para nos ensinar a técnica de rapel. Uau, como dá um friozinho na barriga ficar lá em cima pendurada por uma solteira, né? Os procedimentos bem realizados são cruciais para evitar acidentes.

    No final do curso ainda aprendemos uma técnica de saída de gretas como um bônus e retornamos à Campinas.

    Eu indico que todos tentem sair da rotina, da zona de conforto e tentem algo novo. É libertador!

    Agência Grade6: http://www.grade6viagens.com.br/

    Telefone: (19) 3305-5040

    Instrutor: Lucas Sato – Formado em ecoturismo de aventura, pratica a escalada, é professor da Grade6 nos cursos de escalada nível 1 e 2, escalada em gelo e também guia de diversas expedições

    Onde: Aula teórica na sede da Grade6 em Campinas, aula prática em Andradas, no Campo Escola de escalada

    Duração: 2 dia

    Quer conhecer um pouco mais sobre minhas viagens?

    Confira em http://www.criskinguti.com.br

    3 Comentários
    Edson Maia 29/05/2016 22:50

    Esse é o espírito!

    Bruna Fávaro 30/05/2016 19:06

    Legal! Vc fez por qual agência?

    Cristiane Kinguti 01/06/2016 07:59

    Oi Bruna, tudo bom? Fiz com a Grade6...

    Cristiane Kinguti

    Cristiane Kinguti

    São Paulo

    Rox
    414

    Já me desafiei em trilhas como a Serra Fina em dois dias, Desafio Serra Fina, Bocaina, Chapada dos veadeiros, Torres del Paine, Transmantiqueira e muitas outras viagens.

    Mapa de Aventuras
    www.criskinguti.com.br