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Daniel Bispo 13/06/2019 18:32
    P.E Itapetinga (SP): BJP x Atibaia (Trilha da Mangueira)

    P.E Itapetinga (SP): BJP x Atibaia (Trilha da Mangueira)

    Riqueza natural de Atibaia e região, a Serra do Itapetinga é o lugar ideal para fugir do ambiente urbano durante o fim de semana.

    Trekking Montanhismo Cachoeira

    A Serra do Itapetinga é um importante remacescente florestal de Mata Atlântica, inserida nos limites do Parque Estadual do Itapetinga, integrante do importante mosaico de unidades de conservação (UC`s), denominado Contínuo Cantareira, que juntamente com mais 3 UC`s, protegem (ao menos jurídicamente) uma área total de 28,6 mil ha – quase quatro vezes a área do Parque Estadual da Cantareira. Em um passado recente, a Serra do Itapetinga foi alvo de exploração de recursos promovida por uma pecuária extensiva, por uma cafeicultura de cultivo a pleno sol sobre a encosta, por um ciclo de corte de madeira nativa, e pela queima de carvão para as caldeiras das indústrias paulistanas nas décadas de 1930 e 1940. Essas atividades converteram florestas em campos antropizados e capoeiras, sendo que atualmente a maior parte das florestas da região é considerada secundária nas fases inicial ou intermediária de regeneração. Portanto, essa proteção é estratégica para garantir a conservação da biodiversidade local e a produção de água com qualidade para a Região Metropolitana de São Paulo. O ponto mais alto da serra é a Pedra Rachada, uma formação com duas rochas que desafiam as leis da física, a cerca de 1.400 metros de altitude no topo da Pedra Grande, que é o local mais frequentado da região, recebendo visitantes para a contemplação da paisagem ou para atividades de esportes de aventura, especialmente o Voo Livre. Pratique e multiple a ideia de Mínimo Impacto em Ambientes Naturais* colaborando para a manutenção e equilíbrio dos ecossistemas.

    SOBRE A TRAVESSIA

    O trekking foi realizado nos dias 24 e 25/03/2018, começando na Praça Rui Barbosa (Bom Jesus dos Perdões, SP) e terminando na saída do Condomínio Arco Íris (Atibaia, SP). É uma travessia relativamente tranquila, quase sempre caminhando por estradas de terra. O acampamento foi realizado na Pedra do Coração, um local muito agradável e com bela vista para o nascer do sol, mas é necessário um pouco de atenção durante a noite, pois carros e motos transitam por ali no meio da madrugada. A descida da Pedra Grande de Atibaia pela Trilha da Mangueira é o trecho que exige maior atenção.

    Principais atrativos: Cachoeira do Ronca | Pedra do Coração | Pedra Grande de Atibaia

    Distância total: 26,8 km | Altitude mínima: 765 m | Altitude máxima: 1450 m | Ganho acumulado de elevação: 1149 m | Perda acumulada de elevação: 1161 m

    https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/bom-jesus-dos-perdoes-x-atibaia-trilha-da-mangueira-31497079

    1º Dia (24/03): São Paulo | Bom Jesus dos Perdões | Cachoeira do Ronca | Pedra do Coração

    Em mais uma aventura organizada pelo Travessias & Travessuras, nos reunimos em 14 pessoas e decidimos ir por meio de transportes públicos. Portanto, na estação Barra Funda pegamos o trem da linha 7 Rubi da CPTM com destino a Campo Limpo Paulista. De lá, pelas estradas de terra extremamente esburacadas, um ônibus para Atibaia e outro para Bom Jesus dos Perdões. Descemos próximo a Praça Rui Barbosa, nosso ponto de partida, um pouco antes do meio-dia. Até a Cachoeira do Ronca não há dificuldades, quase todo o trajeto é realizado em estrada de asfato e, no trecho final, estrada de terra. Chegamos à cachoeira por volta das 14h, haviam muitas pessoas no local, mas também conseguimos nos refrescar sob o forte sol naquela tarde de sábado.

    Por volta das 16h decidimos subir sentido a Pedra do Coração - um afloramento rochoso com uma área de quase 11 ha, que visto de longe parece um coração - e montar o acampamento antes de escurecer. Antes de iniciar a subida nos abastacemos com água o suficiente para uso até a metade do dia seguinte.

    Após uma leve descida até a bifucarção (à esquerda) que leva à pedra, são aproximadamente 2 kms de subida constante sobre um terreno bastante irregular e que devido às características dos solos e a alta declividade, é bastante suscetível a processos erosivos, apresentando crateras no percurso que dificultam a caminhada.

    Ao chegar à Pedra do Coração, nos deparamos com um local muito agradável, formando um grande platô rochoso e com bela vista. Além disso, lugar excelente para a diversão na observação da fauna e flora (poderia ser bem melhor se o entorno não fosse tomado por monocultura de eucalipto). "Apenas" nos afloramentos rochosos da Pedra do Coração, um estudo realizado em 2016, registrou em seus microhabitats a presença de 154 espécies vegetais! Infelizmente, não tivemos muito tempo de claridade.

    Montamos o acampamento, preparamos o jantar, curtimos a noite muito agradável e fomos dormir. Contudo, durante a madrugada houve um trânsito quase constante de carros e motos subindo até a pedra, mas não tivemos nenhum problema.

    Distância total: 11 km | Altitude mínima: 767 m | Altitude máxima: 1151 m | Ganho acumulado de elevação: 605 m | Perda acumulada de elevação: 239 m

    2º Dia (25/03): Pedra Grande de Atibaia | São Paulo

    Na manhã seguinte, a maioria acordou cedo para contemplar o nascer do sol. Infelizmente, não tenho as fotos. Assim que amanheceu por completo, preparamos um belo café da manhã. Algumas pessoas estavam pela primeira vez trilhando com uma cargueria e decidiram que não seguiriam adiante, preferindo aproveitar a cachoeira novamente. Agora, erámos 7. Let`s go!

    O percurso até a Pedra Grande é realizado principalmente em estradas de terra, algumas vezes, mais estreitas lembrando trilhas. Ao final, trechos em asfaltos. Mas, quase sempre expostos. Em alguns trechos mais estreitos e com melhor qualidade da vegetação, há sombras. Por quase todo trajeto há água em abundância (pontos não marcados no tracklog).

    Por fim, após uma bela subida, fomos contemplados com a linda vista da vegetação em meio aos afloramentos rochosos da Pedra Grande de Atibaia, e seu ponto culminante, a Pedra Rachada.

    Curtimos por um tempo e aproveitamos para fazer o lanche-almoço antes de partir. A Pedra Grande é sem dúvida o ponto turístico mais famoso da região, estava lotada! Muitas famílias, esportistas, casais, amigos, se divertiam e contemplavam a bela paisagem.

    Por volta das 14h decidimos descer pela Trilha da Mangueira. Ela está entre as trilhas dos Monges e Minha Deusa. Após passar por todo o lajeado da Pedra Grande, siga adiante por aproximadamente 150 metros e vire à esqueda. Após mais uns 200 metros, a Trilha dos Monges desce à esquerda, siga adiante e após cerca de 500 metros, vire à esquerda, essa é a Trilha das Mangueiras. É necessário maior atenção nessa trilha, pois ela não é bem demarcada e tão pouco, sinalizada, e a vegetação geralmente está alta. Mas, certamente é o trecho mais interessante da travessia, uma descida em meio aos afloramentos rochosos e a vegetação campestre, que lembram um pouco a Serra da Mantiqueira, com cerca de 1,5 km e um pouco mais de 400 metros de desnível!

    O fim da trilha está dentro de um condomínio, de onde seguimos até o clube de voo livre que há logo em frente a portaria, aproveitamos para tomar uma cerveja e dividimos um uber até a rodoviária. E não muito longe de sampa, pudemos nos reconectar com a natureza e respirar ar puro!

    Distância: 15,8 km | Altitude mínima: 765 m | Altitude máxima: 1450 m | Ganho acumulado de elevação: 544 m | Perda acumulada de elevação: 922 m

    *As fotos foram cedidas por todos os participantes

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    *Apoie o Manifesto de Mínimo Impacto: aventurebox.com/minimum-impact-manifesto

    *Mais sobre Práticas de Mínimo Impacto: icmbio.gov.br/portal/images/stories/visite-os-parques/guia2.pdf

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    Daniel Bispo
    Daniel Bispo

    Publicado em 13/06/2019 18:32

    Realizada de 24/03/2018 até 25/03/2018

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    1 Comentários
    Priscila Nascimento 21/06/2019 09:20

    Gostei da trilha da mangueira, diferente das tradicionais.

    Daniel Bispo

    Daniel Bispo

    Itamonte (MG)

    Rox
    44

    Meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito. Conservar e defender, é um dever! @daniiel_bispo

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