No feriado do trabalho de 2017 fiz minha primeira tentativa de acessar o Pico Paraná.

O brother Vini Alves me convidou a integrar o grupo da viagem organizada por Cid e Carmen.

O objetivo inicial era pernoitar no Carauva, atacar o PP depois descer e fazer algumas cachoeiras. A previsão do tempo estava ótima e indicava tempo limpo até o domingo a noite, entrando nuvens na segunda. Mas Murphy não dorme.Tudo mudou.

Agradeço a oportunidade de caminhar com esta turma com uma vibe bacana. A trilha do PP aparenta ser bem completa com muitas raízes, escalaminhadas, cordas, lamas... Também não falta água, mas tem que se organizar caso vá pernoitar.

Dia 28/04:

Às 17:15 saímos do Rio em direção ao Paraná para mais uma caminhada na montanha. Esta caminhada tinha como destino ao ponto mais elevado do sul do Brasil e era há muito esperada por mim. Às 19:30 fomos resgatados no aeroporto pelo SergioTur - O sérgio é super prestativo e possui um serviço de ótima qualidade. Chegamos à base da montanha na Fazenda Pico Paraná por volta das 21h onde comemos um macarrão à bolonhesa (que no meu ponto de vista faltou o macarrão e a bolonhesa). Que prato pequeno! Mas por R$10 tava valendo... Céu cristalino, estrelado conforme previsto nos sites de meteorologia. 12ºC.

Dia 29/04
Por volta das 8h, desmontamos acampamento, tomamos café e partimos para a trilha - aqui vão 2 adendos: 1 -na fazenda tem pão de queijo, misto quente, café a preços bem baratos. 2 - a trilha lota!

Todo o tipo de gente entra na trilha, de grupos escoteiros, a famílias e até gente de allstar. Devido a esta superlotação, foi-nos indicado pelo dono da fazenda (que esqueci o nome) para pernoitar no Caratuva ou no Itapiroca, uma vez que os acampamentos A1 e A2 não comportariam aquele monte de gente que estava subindo. Assim o fizemos, seguimos para o Caratuva.

Trilha muito bacana com visual do lago x e uma vegetação diferente para mim acostumado com a Mata Atlântica do Rio de Janeiro. Raízes, pedras e lama.

Após cerca de 4h subindo, chegamos ao Pico Caratuva (a 3ª maior montanha do sul). No cume o tempo estava diferente. Havia muita nuvem e a visibilidade estava baixa - assim, consegui avistar o PP por cerca de 30 segundos.

Montamos acampamento no cume sob um solo que mais parecia uma trança de raizes e outros extratos vegetais lamacentos - quase um charco. Os specs da barraca não ficavam bem firme então usei meus bastões para reforçar as duas principais cordinhas. Pelo menos o chão era fofinho xD.

Sem visibilidade e ventando para caramba, fizemos nossa refeição. Como não dava pera ver nada, fui dormir.

Já de noite, lá pelas 19h, acordei pra papear com a turma da barraca do lado. A ventania não cessava.

Dia 30/05

Com o tempo fechado e sem vontade de cantar uma bela canção, assinei o livro de cume e desci desmotivado para a Fazenda PP. Alguns colegas guerreiros seguiram para pernoitar no PP.

Dia 01/05

Último dia de viagem. Acordo com um céu azulzinho. Isso já me pilha para caminhar. Acordei todo mundo chamando pra subir o Itapiroca, mas só fui eu.

Esta trilha é um pouco diferente da que acessa o Caratuva. Essa tem muito mais raizes e lama e cordas.

Na bifurcação entre a trilha do PP e a do itapiroca me deparei com a outra parte do grupo que pernoitou no PP. Da bifurcação até o itapiroca são cerca de 15min.

E mesmo com céu azul o PP estava encoberto.

Passei pela área de camping do Itapiroca (foto abaixo) e fui procurar o livro de cume;

Resumo: lama, raízes e pouca paisagem. Tenho que retornar lá! (o que salva é sempre a turma maravilhosa que anda junto! =))

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Seja consciente e pratique os princípios de mínimo impacto

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Boas andanças!

Andre "Dino" Leopoldino

@caveirasdamontanharj

@dinoleopoldino