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PN das Sempre-Vivas: Travessia Curimataí x Inhaí | MG

PN das Sempre-Vivas: Travessia Curimataí x Inhaí | MG

Travessia de 3 dias entre Curimataí e Inhaí no PN das Sempre-Vivas.

Num feriado desses fomos caminhar com o Chico nas terras mineiras! Assim partimos para uma insana logística de 14h de estrada!

Travessia realizada em 3 dias em modo autonomo com Chico Trekking

(Para realizar esta travessia, notifique o parque através do contado oficial)

Esta travessia possui água em abundância, sem problemas de navegação ou trechos técnicos. Por ser bem isolada possui animais silvestres e selvagens. Vimos na trillha tamanduá mirim, onça parda e cobra coral.

Trata-se de uma caminhada numa região com clima predominantemente cerrado e com alguns pontos de mata atlântica. Não tem sombra praticamente.

Observação:

Siglas utilizadas no tracklog:
BD: bifurcação à direita
BE: bifurcação à esquerda.
ENC: encontro de duas trilhas (bifurcação invertida)

RELATO

Saímos do Rio de Janeiro um grupo de 5 pessoas e encontramos mais 9 BH de onde partimos para o início da caminhada. Para nós do Rio foram 14h de estrada direto! Foi nessa travessia que conhecemos a turma muito gente fina do Pistache (de lá pra cá já fizemos várias trilhas juntos)

O Parque Nacional das Sempre-Vivas situa-se na Serra do Espinhaço e o nome do Parque é referência às variadas espécies de “sempre-vivas”, pequenas flores típicas da região. Abriga grandes aglomerados rochosos, um complexo mosaico de tipologias vegetais, uma grande concentração de nascentes d’água, entre elas a do Rio Jequitinhonha, e de cachoeiras. (mais detalhes em http://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_das_Sempre_Vivas)

Dia 1

Por termos chegados em BH um pouco atrasados, iniciamos a caminhada tarde tbm. Começamos a andar quase as 10h da manhã. No primeiro dia é uma subida, nos posteriores um platô e descida. Cachoeiras no segundo e terceiro dias. Logo no começo passamos pela linda Cachoeira das Lavadeiras (foto abaixo).

A trilha é bem marcada em geral e em alguns trechos é uma estrada de quadriciclo.

Depois de algumas horas de caminhada ocorreu o evento mais extremo pra mim: um encontro frontal com uma onça parda! Como eu havia parado para tirar fotos acabei ficando no fim da fila. Em algum momento um colega na frente grira: "MEU DEUS!" Quando levantei a cabeça e olhei pra frente vinha aquele animal lindo e cheio de energia correndo pela trilha como um cavalo cavalgando! Foi muito rápido! Só consegui dar um passo para fora da trilha. O lindo animal se embrenhou no meio do mato e ficou nos olhando a uma distância de uns 100m.

Somente os 4 últimos da fila avistaram o animal. Especula-se que a onça estava tirando um cochilo perto da trilha e se assutou com as pessoas passando. Foi um evento histórico e mágico para mim!

Mais 500m de trilha chegamos na cachoeira que iríamos acampar. Um olhou pra cara do outro e disse "aqui?". rs Das 11 barracas que seriam montadas, agruparam e formaram 7. Uma noite linda! (uma selfie com as estrelas abaixo)

Dia 2

Um pouco cabreiros com a presença da onça seguimos nosso rumo. Toda vez que um "buquê" de cheiro de onça era notado a fila de caminhantes se comprimia! Mas qnd foi vista essa pegada fresquinha que a turma começou a andar rápido! rs

Nesse segundo dia também nos deparamos com uma criatura muito bonita que é o tamanduá mirim. Não consegui fazer uma foto de frente.

Percorremos grande parte do dia com a vista lateral da Serra do Galho

Chegamos no ponto de acampamento que tinha uma velha cabana utilizada pelos tocadores de gado da região.

Coloquei mais algumas fotos no álbum.

No ultimo dia passamos por uma área de vale com características de vegetação de mata atlântica bem densa. Passamos pela cahoeira do Brogodó (foto abaixo) na qual ficamos um bom tempo curtindo. E começamos a entrar nas áreas de fazendas

Ao chegarmos no vilarejo de Inhaí estava rolando um festejo local. Praça cheia, criançada correndo e brincando, bandinha tocando. Todo mundo na rua curtindo uma típica festa do interior.

Para ficar melhor, o pai de uma das colegas mineiras foi ao nosso encontro. Trouxe uma deliciosa paçoca de carne - comida típica dos tropeiros - que aliviou nossa vontade de comer algo diferente depois de 3 dias andando!

Pra finalizar o relato, só tenho lembranças desta ter sido a travessia mais longe da sociedade que já fiz. Estávamos literalmente no meio do nada! Foi lindo!

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Leave no trace.

Boas andanças!

Andre "Dino" Leopoldino

@caveirasdamontanharj

@dinoleopoldino

André Leopoldino (Dino)
André Leopoldino (Dino)

Publicado em 08/01/2019 00:53

Realizada de 14/04/2017 até 16/04/2017

1 Participante

Caveiras da Montanha

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André Leopoldino (Dino)

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Rio de Janeiro

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Na praia, na montanha ou no caminho entre eles. independente e autossuficiente. Caminhada e fotografia Seja consciente e pratique os princípios de mínimo impacto. @dinoleopoldino

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