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André Leopoldino (Dino) 28/06/2019 18:30
    Trav. Transpapagaio | PESP | MG

    Trav. Transpapagaio | PESP | MG

    Foram 4 dias de belezas no Parque Estadual Serra do Papagaio com a turma do Trilhando!

    Montanhismo Trekking

    TransPapagaio - PESP
    (Caminhando com o Trilhando! utilizando o track cedido pelo Rodrigo Rodriguez)


    Sem programação definida para o feriado de Corpus Christi de 2019 fui procurando por opções para andar 4 dias.
    Pensei em fazer a travessia Baependi x Aiuruoca, Caminho do Ouro de Paraty, Caminho do Ouro de Inhomirim, Juatinga... mas acabei deixando tudo de lado.

    De boas lendo um dos relatos do amigo Chico Trekking descobri que um grupo que já seguia há um tempo no Wikiloc tinha uma agenda anual definida. Tratava-se do Trilhando! de BH.
    Fui ver o que tinham para o feriado e para minha surpresa era a Transpapagaio, a maior travessia da Mantiqueira somente por trilhas dentro do Parque Estadual Serra do Papagaio. A travessia começa em Aiuruoca e termina em Pouso Alto - MG e possui cerca de 85Km de extensão com 4000m de subida acumulada.

    Agora o problema era encontrar com a turma do Trilhando! visto que eles saem de BH e eu do Rio e depois retornar ao Rio saindo do meio do nada. Buscando meios logísticos de chegar em Aiuruoca até ponderei ir para Juiz de Fora e de lá pegar outro ônibus. Considerando chegar tarde, pedi o tracklog da travessia ao Robso e qualquer coisa eu seguiria caminhando no rastro do grupo e os encontraria no primeiro camping a noite.

    Para retornar pra casa ainda tinha um problema mas já estava considerando uma carona na van até alguma rodoviária.

    Os planetas convergiram e se alinharam. Na terça-feira, dois dias antes da viagem, surgiu um ônibus extra para Caxambu e uma menina não pôde ir à travessia. Peguei a vaga na van e comprei uma passagem pra Caxambu onde seria resgatado no trevo para Aiuruoca às 5 da madrugada.

    O trekking:

    Trekking foi realizado de forma autosuficiente, ou seja, cada um deve carregar tudo o que precisa na sua mochila cargueira. A travessia passa pelos municípios de Aiuruoca-MG, Alagoa-MG, Baependi-MG, Itamonte-MG e Pouso Alto-MG, tendo como ponto mais alto o Pico de Santo Agostinho (2.359 m). A trilha é definida mas em diversos trechos ela some ou é inexistente. O tracklog usado como base foi cedido pelo Rodrigo Rodriguez que havia realizado a rota em 2018.

    Pegamos a previsão de tempo linda e a temperatura a noite ficou na casa dos 6ºC.



    PONTOS DE INTERESSE

    1. Cachoeira dos Garcia
    2. Pico do Tamanduá
    3. Pico do Papagaio
    4. Retiro dos Pedros
    5. Cachoeira do Juju
    6. Pico do Chorão
    7. Morro do Chapéu (Baependi) (serra da Careta)
    8. Pico do Garrafão ou Santo Agostinho (2359 m) (31°)



    DETALHES

    1º dia:

    A trilha inicia na Cachoeira dos Garcia. Iniciamos a caminhada às 7 da matina onde logo nos deparamos com um um riacho para cruzar. Só após descobrimos que tinha uma pontesinha escondida (já mapeada no tracklog). Mais a frente chegamos numa porteira de fazenda onde segue-se pela direita para a trilha para o "pico do Papagaio". No meio do caminho para o Papagaio deixamos as cargueiras com as colegas que já tinham subido lá e não quiseram ir novamente... subimos leves de ataque.

    Existem bastantes pontos de água neste dia e andamos bastante nele. Este dia pode ser considerado pesado.


    2º dia:
    Saímos cedo sentido Rancho do Salvador. Neste dia tivemos de cruzar um rio que pode ficar intransponível em épocas de chuva. Passamos com água na cintura. Leve uns 15m de corda para

    fazer a segurança do grupo em caso de épocas com possibilidades de chuva.
    Paramos na cachoeira do Juju para lanche e um pulo naquela água gelada que estava convidativa. Lá um um guarda-parque pediu para o Robson preencher um formulário de controle de visitação.

    Dali pra frente tem um subidão de 1h até chegarmos no acampamento. Após levantar acampamento partimos para o Morro do Chapéu de ataque (10Km ida e volta). Na volta um lindo pôr do Sol foi visto no Morro do Chorão que fica na frente camping.

    (Vista do Morro do Chapeu. Bem lá ao fundo a esquerda é o Pico do Marins)


    No Rancho tem fogão de lenha e espaço para poucas barracas e lugar de colocar isolante. fizemos nossa refeição, banhamos e dormimos. Nível moderado para este dia.

    3º dia:
    (este dia só tem 1 fonte de água no percurso. Erramos num trecho que tem como pegar água tbm - deixei marcado no log para emergências)
    [Descrição do Robson]
    Considerado o dia mais pesado de todo percurso, acordamos ás 5:30 e saímos ás 6:30, seguimos sentido atrás do Rancho do Salvador destino ao Curral, acampamento do terceiro dia.

    Logo no início da caminhada a trilha é bem definida e consolidada, mas algumas horas adiante o percurso muda de figura, trilha suja/discreta, muitos aclives/declives e alguns vara-mato. Neste

    dia há poucos pontos de água no caminho, ideal sair bem hidratado e abastecido, olhando o traçado, fizemos um desvio da trilha para encontrar um riacho para coletar água, seguimos de volta e

    permanecemos na trilha.

    Grande parte do trajeto é subidas, em alguns trechos tem que ficar atento ao GPS para não errar a trilha. Quase chegando na área de Camping segue a esquerda para o Pico Santo Agostinho, para

    este ataque o grupo deve caminhar bem para sobrar tempo ao cume, logo no topo há uma pequena área de Camping e um visual por toda região.

    Seguimos para o acampamento depois de transpor vários trechos de mata fechada, alguns com trilha boa outros com trilha bem discreta, pequenos vara-mato. Chegamos no acampamento por volta das 17:15.

    O acampamento contém água ao lado e fica dentro de um curral, dependendo da época é bem frio neste lugar. O nível deste dia é difícil, depende de cada um, mas precisa sair com 3 litros de água no mínimo.


    4º dia:
    O último dia é leve e basicamente de descidas. Não tem água no percurso.
    Neste dia andamos avistando o lindo perfil da Mantiqueira com a Serra Fina e os picos do Marins e Itaguaré a nossa esquerda.

    [foto em breve...]


    Valeu Robson e toda turma do Trilhando! pela recepção! Foi um feriado lindo!


    Bora pro mato!

    Seja consciente e pratique os princípios de mínimo impacto.
    Algumas fontes para leitura:

    👣 Deixe somente pegadas
    🗑 Leve seu lixo
    Leave no trace.

    Boas andanças!
    Dino

    Para mais trilhas, checar meu perfil no Wikiloc.

    2 Comentários
    Fabio Fliess 30/06/2019 11:35

    Irado demais Dino!!!! Já passei por todas essas trilhas, mas de forma separada!! Vou me movimentar para fazer essa travessia também. Saudades do Pico do Garrafão! Se rolar, vou te pedir umas dicas!!! Parabéns pela empreitada. Abraços.

    Salve Fliess! A região é bem bonita mesmo... e o tempo colaborou bastante! Aproveitei a oportunidade para fazer um bom pedaço da área... rs Precisando das dicas, só falar. Abraços

    André Leopoldino (Dino)

    André Leopoldino (Dino)

    Rio de Janeiro

    Rox
    908

    Na praia, na montanha ou no caminho entre eles. independente e autossuficiente. Caminhada e fotografia Seja consciente e pratique os princípios de mínimo impacto. @dinoleopoldino

    Mapa de Aventuras
    www.wikiloc.com/wikiloc/user.do?id=1015978


    Mínimo Impacto
    Manifesto
    Rox

    Peter Tofte, Dri @Drilify e mais 442 pessoas apoiam o manifesto.