Primeiro dia iniciamos na praia do cassino no dia 23/01 saindo da pausada katavento . ( Família incrível que nos recebeu na pousada )
Começamos a travessia por volta das 7:00hs em direção a Chuí , caminhamos por uns 16 km até chegar no navio Altair naufragado em 1976 na praia do cassino , Um dos pontos de referência da nossa travessia .
Continuamos nossa caminhada com muito sol e mochilas muito carregadas já sentíamos o que viria pela frente
Continuamos a caminhada ate umas 17:30 aonde achariamos nosso acampamento da primeira noite , 15 km depois Encontrado o lugar próximo a um arroio de água doce ali montamos acampamento e tomamos nosso banho .
Segundo dia acordamos as 4:00 da manhã e desmontamos acampamento pois teria o dia para caminharmos , tudo desmontado seguimos nossa trajetória .Caminhamos uns 15 km pela manhã encontrando bastante pessoas pelo caminho como pescadores e carros que faziam a travessia tbm .
Por volta das 12:00 paramos para fazer o almoço uma das coisas complicadas na travessia por que tinha muito vento e a areia estava por toda parte . Tentamos fazer uma tenda pra se proteger do sol e tentar amenizar o vento mas não fomos felizes, almoçamos descansamos um pouco e seguimos caminhada por que nossa próxima parada era o farol sarita
Andamos por volta de 20 km até finalmente chegar no farol sarita. Aonde eu me separei do Emanuel e da Flávia eles foram até o farol e acamparam em baixo do farol e eu encontrei algumas árvores a onde estava perfeito para descansar .
Estava fazendo minha janta quando avistei outro aventureiro com uma bicicleta tentando se esconder nas dunas .
Chamei ele e assim que me avistou veio até onde eu estava . Aí conheci o seu Renato um cara muito simpático que fazia a travessia de bike e com um carrinho aonde levava suas coisas e o mais incrível ele tinha uma vela na bicicleta aonde o vento o ajudava a ir mais rápido, ele pediu se eu tinha água e mostrei meu litro aonde tinha menos de 500 ml então ele me disse que tinha como tirar água potável das dunas . Passei um rádio para Flávia e Emanuel e fomos ver a engenhoca de seu Renato . Foi incrível ,água potável muito boa de tomar . Conversamos um pouco e fomos dormir . Cada um no seu acampamento
Terceiro dia acordamos as 4:00 novamente e antes de sair passaríamos no acampamento do seu Renato pra abastecer nossas garrafas de água .
Tudo enchido, seguimos caminho as dores no corpo estavam presentes o tempo todo , as mochilas já eram um problema por causa do peso até que o Emanuel teve a ideia de pegar algumas bombonas que tinha pela praia e cordas e fazer tipo um carrinho para que puxassemos amarrados na mochila . Então feito os carrinhos colocamos nossas comidas e águas que eram mais pesadas para aliviar as costas e ombros até mesmo os pés . No início da tarde tivemos a notícia que a Flávia não conseguiria mais continuar por causa de bolhas nos pés que fizeste no início da travessia . Quem já fez bolha no pé sabe o quanto é ruim caminhar . Foi um choque pois ela vinha vindo muito bem .
Conseguimos uma carona com um senhor que passava de carro e ela se foi deixando algumas dúvidas em nossas cabeças , nos abalou muito pois ficamos em silêncio e continuamos a caminhada , logo a frente paramos em um arroio para descansar e logo chega Emilson de bike com alforges , era um paulista que iria fazer a travessia de bike e iria até Montevidéu para pegar o avião e retornar para São Paulo . Nos despedimos e seguimos fomos andando a tarde até chegar o horário de achar o próximo acampamento , nesse dia caminhamos por volta de 30 a 35 km, Acampamento montado fomos descansar .
Quarto dia tudo mudou acordamos as 4:00 como de costume e o vento tinha mudado tínhamos um vento sul , caminhar com um vento contra e puxando aqueles carrinhos tornou ainda mais difícil e lento nosso percurso .
Depois de caminhar uns 9 km avistamos o faro albardao aonde tentariamos descansar e esperar passar o vento .
Caminhamos por volta de 15 km até chegar no farol aonde fomos recebidos pelo sargento Silva que já de cara nos avisou que o vento não iria para . Então fomos entrando e ele nos informou que o seu Renato e o paulista já estavam na casa hospedados aonde foi um alívio por que tbm passaríamos a noite ali para no dia seguinte,seguir caminho . Nos estalamos na casa e foi um alivio saber que teríamos uma cama , banho e poderíamos fazer comida sem ter vento ou areia para atrapalhar.
O farol é o único pelo percurso que está funcionando e é abitado pela marinha que faz a manutenção do farol e das instalações .
Banho tomado e já alimentados fomos conhecer o farol com o sargento Charles .
Dia concluído começamos a organizar as coisas para dormir e partir no dia seguinte que o vento mudaria .
Quinto dia .
Acordamos as 4:00 e já de cara fomos ver se o vento tinha mudado , com o vento a favor saímos eu Emanuel seu Renato e o paulista
A partir daqui não iríamos ver mais ninguém pelo caminho como já era dia de semana a praia já não tinha mais ninguém circulando por ela .
Então caminhamos pela manhã e como o sol era constante resolvemos parar para descansar e tentar fazer almoço , paramos em um dos riachos e fizemos nossa tenta improvisada para nos esconder do sol .
Ficamos ali por uma hora relaxando e logo seguimos caminho .
Passamos por muitos animais mortos baleias , tartarugas e capivaras por todo caminho .
Nosso dia fui puxado e terminamos nossa caminhada por volta das 18:00 aonde acampamos atrás de algumas dunas .
Sexto dia
O sexto dia já sabíamos por relatos de outros aventureiros que passaríamos pela a praia dos concheiros temida pela maioria por sua dificuldade de caminhar sobre as conchas , bom iniciamos as 5:30 nossa caminhada . caminhamos muito pela manhã . E a tarde começamos a caminhar pelos concheiros esse dia o sol estava muito quente e o protetor solar já não resolvia nada .
As dores nos pés eram insuportáveis os tornozelos inchados já eram um incomodo .
Combinamos que caminhariamos o máximo que pudéssemos e forçamos muito caminhamos até às 20:00 aonde eu falei pro Emanuel que não conseguiria mais tinha comido apenas um clube social e já estava muito fraco e minhas pernas queimavam por causa do sol . Achamos um lugar sem muita proteção do vento e logo montamos acampamento foi muito rápido queria apenas me deitar , me deitei e comecei a ter febre devido as queimaduras me senti muito fraco e comi um punhado de sal para me alimentar, não tinha nem vontade de fazer comida de tão cansado , caminhamos um total de 45 km realmente esse dia achei que acordaria e não conseguiria caminhar no outro dia .
Sétimo dia
Acordamos um pouco melhor e desmontamos acampamento , já avistavamos o próximo ponto de referência que era o a praia do Hermenegildo bom conseguíamos ver mais ainda estava longe seguimos caminhando já em silêncio um distante do outro e cabeças baixas sem querer olhar o que ainda faltava, já não tiravamos mais fotos não tinha rizadinhas o clima estava de " só quero chegar logo "
Depois de muita caminhada chegamos próximo a praia e o sinal já pega no celular do Emanuel, aonde ele entrou em contato com a Flávia que já estava em chuí na pousada esperando a nossa chega , e combinou com ela de nós encontrar no caminho pra levar água e frutas para comermos .
Quando Flávia chegou foi um alivio chegou com pêssego aquele pessego era a melhor fruta da vida 🤣
Bom do hemeregildo a barra do chui faltava uns 20 km aproximadamente então deixamos as coisas mais pesadas com Flávia e seguimos apenas com as mochilas quase vazias .
As praias estavao cheias de pessoas olhando para nós e depois de muito esforço e determinação concluímos a tragetoria
Quando avistamos os moles sabíamos que tinha acabado . Foi a melhor experiência e simplesmente fantástico saber que concluímos o percurso . Fim
Participantes :
Emanuel
Flávia
Douglas Dessotti
Muito legal!! Como fizeram com água?
Os dois primeiros dias tomamos dos arroios , no terceiro e quarto dia começamos a pedir água as pessoas que passavam , como era final de semana tinha movimento de pescadores e aventureiros com 4x4 fazendo a travessia. No quinto dia paramos no farol albardao aonde abastecemos 7 litros de água para o sexto e sétimo .
Já fui até o Albardão, que era o objetivo, agora estou me preparando para ir até o Chui em outubro. Tenho que perder no mínimo 20Kg e fortalecer meus tornozelos!
Isso Ronaldo , vale muito apena essa experiência 👏👏
Parabéns, Douglas. No ano passado fiz a travessia motorizado com vários amigos. Neste ano de 2020, no início de setembro, pretendo fazer a travessia de bike e sozinho. E em 2021, também sozinho, tentarei a pé. Para a travessia de bike já estou me preparando há 05 meses. Seu relato será importante para as minhas aventuras, estando, plenamente, ciente de que a concretização de tais objetivos dependerá das condições climáticas, sobretudo, vento e maré. Abraço.
Obrigado leuterio , bons ventos pra sua aventura 🤘🙏
Parabéns pela aventura! Eu pretendo fazer o trajeto sozinho, até fev/2021.
Valeu Maico , sou admirador de quem faz essa travessia sozinho . Ela é exigente psicologicamente .