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Ferrovia do Trigo
A Ferrovia do Trigo foi inaugurada em 1978 pelo presidente Ernesto Geisel, localizada no estado do Rio Grande do Sul. GuaporéXMuçum.
TrekkingFerrovia do Trigo
A Ferrovia do Trigo foi inaugurada em 7 de dezembro de 1978 pelo presidente Ernesto Geisel, localizada no estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
A partir de Muçum inicia a subida em direção a Guaporé, pelas encostas ao longo do Rio Guaporé. Este trecho é repleto de túneis e viadutos, sendo o maior deles o Viaduto do Exército, também conhecido como Viaduto 13, com 509 metros de comprimento e 143 metros de altura, sendo o maior viaduto ferroviário da América Latina e um dos mais altos do mundo.
Entre Guaporé e Muçum o caminho tornou-se uma atração turística para as pessoas fazerem o trecho caminhando, pois os trilhos atravessam montanhas, vales, rios e cachoeiras, possui muitas pontes, viadutos e mais de 20 túneis.
Nossa trip saiu de Floripa sexta-feira por volta das 5 hs da manhã chegando a Guaporé as 14 hs, depois de alguns caminhos errados, estradas de chão batido e problemas com o carro.
Nos reunimos com o restante do grupo vindo de Criciúma e Sapiranga, ao todo 7 pessoas. As 15 hs iniciamos a trilha em busca de fortes emoções, em breve teríamos que passar por longas pontes suspensas por cima apenas dos dormentes dos trilhos e intermináveis túneis na escuridão.
Primeiro dia caminhamos 15 km até a noite procurando por acampamento sem sucesso, batemos em uma casa e o dono liberou espaço, água boa, banheiro, chuveiro, internet, vinho, cachaça e um bom papo. Tratar bem as pessoas é uma característica admirável desse povo do interior que sempre nos tratou e serviu da melhor forma possível.
Segundo dia saímos as 6:30 hs e a intenção era caminhar 20 km mas fizemos 17, muito cansados, as 16 hs chegamos no V13 e nos hospedamos em um dos 3 campings (Camping R$10,00 Banho R$5,00) que tem embaixo do viaduto para relaxar, tomar banho de cachoeira e descansar para o próximo dia, alguns com lesões, bolhas nos pés, estiramentos musculares e outros tipos de dores...
Terceiro dia saímos as 6 hs e finalizamos a trilha chegando na estação Muçum as 12:30 hs, quando achamos que acabou, tivemos que caminhar mais uns 2km até o posto de combustível para chamar um taxí e buscar o carro estacionado em um outro posto em Guaporé próximo ao início da trilha (Estação Guaporé).
A trilha é extremamente desgastante fisicamente, o terreno é sempre de pedras e britas de diferentes tipos e tamanhos, dormentes escorregadios (muitos podres), uma pisada é sempre diferente da outra, a trilha é de total introspecção, pois você fica o tempo todo olhando para baixo vendo onde tem que colocar o pé para não se machucar.
Os pontos de água tem que ser muito bem escolhidos para beber, além de criações de animais, há grandes fazendas com plantações que usam agrotóxicos próximos aos rios, e Clorin não limpa tudo isso.
Para acampar tem alguns campings pelo caminho (Viaduto do Pesseguinho, V13...) com comida e preços bem acessíveis e também clareiras próximos aos trilhos para acampamento mais selvagens.
Se for fazer a trilha, esteja bem preparado fisicamente. A distância que tem que caminhar por dia não é muito, mas o desgaste físico é alto. Um bom calçado para trilha é muito importante (a maioria terminou com bolhas nos pés). Tente ir o mais leve possível. Nos viadutos suspensos você pode contar os dormentes se ficar com muito medo da altura. Aproveite para conversar com o pessoal local (adoram uma conversa com pessoas de fora). Se puder faça a trilha mais de 3 dias, assim você poderá curtir os atrativos no entorno do caminho (cachoeiras, corredeiras de água, mirantes naturais...)
essa é uma clássica no RS! a primeira vez que se cruza um viaduto metálico é para recordar para sempre. kkk
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