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Edgar Perlotti 07/08/2015 13:51
    Mergulhando em Pernambuco

    Mergulhando em Pernambuco

    Mergulhos nos naufrágios de Recife e em Fernando de Noronha

    Mergulho

    Disponível em: http://www.trekkingbrasil.com/mergulhando-em-pernambuco/

    Pernambuco é um dos principais destinos de mergulho no Brasil. De um lado temos Recife, a capital dos naufrágios, do outro Fernando de Noronha, com os melhores pontos de mergulho no Brasil (rivalizando com os melhores pontos do Caribe, em termos de beleza).

    Em Recife, os principais pontos naufrágios estão entre 6 e 10 km da costa. Alguns poucos se localizam ainda mais distante. Por essa razão, a navegação costuma ser longa, em um mar que, geralmente, não é dos tranquilos. Assim, espere sempre uma navegação um pouco mais difícil, o que pode exigir alguma medicação para evitar os enjoos (motion sickness), que são bastante comuns.

    Os naufrágios comumente visitados em Recife foram, em sua maioria, provocados, de forma artificial dentro do projeto de formação do Parque de Naufrágios Artificiais. Tratam-se de rebocadores que deixaram de ser utilizados e foram afundados pela Associação de Empresas de Mergulho do Estado de Pernambuco, com apoio das universidades locais, que vêm acompanhando o processo de ocupação biológica e impactos ambientais (inclusive da prática de mergulho). Nesta categoria se encontram os rebocadores Taurus, Mercurius, Servemar, Saveiros e Walsa. Também existem naufrágios naturais, como o vapor Pirapama (naufragado em 1889, por conta de seu choque como vapor Bahia), a corveta Camaquã (afundada durante a Segunda Guerra Mundial) e o Vapor 48 (de origem desconhecida).

    A maioria dos rebocadores (artificiais) se encontra em pé, em posição de navegação no fundo, com profundidas que variam dos 18 metros até os 55 metros. Por essa razão é importante fazer um curso de mergulho avançado antes de realizar mergulhos na região.

    A visibilidade nos mergulhos costuma ser bastante impressionante, com mais de 30 metros durante o verão. A temperatura da água fica entre os 25º e 30º. No inverno, a navegação se torna ainda mais difícil, devendo-se evitar esta época.

    A vida é composta por grandes cardumes, grandes quantidades de pequenos invertebrados, além dos tubarões lixa (lambaru ou tubarão enfermeiro), que permanecem no fundo ou dentro dos naufrágios a maior parte do tempo.

    Fernando de Noronha, distante cerca de 540 km de Recife, é mundialmente conhecida por suas incrivelmente belas praias e cenários impressionantes. O arquipélago tem 21 ilhas e ocupa uma área de 26 km2. Grande parte da área é um Parque Nacional, que concentra uma grande quantidade de espécies endêmicas, além dos golfinhos rotadores que se concentram na Baía dos Golfinhos diariamente.

    Desde os mergulhos na região do Porto (três navios gregos afundados entre os anos 1920 e 1940 na Baía de Santo Antônio), até os mergulhos em lajes, “canyons”, cavernas e paredões. A visibilidade pode ultrapassar os 40 metros facilmente, o que permite ver mais de 230 espécies de peixes, 15 de corais e 5 de tubarões.

    O mar de Noronha é dividido entre o Mar de Fora, mais agitado e exposto aos ventos, ficando mais tranquilo entre novembro e julho, e o Mar de Dentro, abrigado, com o melhor período entre abril e novembro. A temperatura fica em torno de 28º em todo o ano.

    Um dos principais destaques de Noronha é o mergulho na Corveta Ipiranga, ou Corveta V-17, naufragada em outubro de 1983, após o choque com a cabeça da Sapata (no mesmo local onde se suspeita que naufragou a Nau de Américo Vespúcio). O local fica a 20 minutos de navegação do porto. A corveta está entre os 55 e 60 metros, possui 56 metros de comprimento e está em posição de navegação, inteiro. É possível penetrar em várias partes do navio. Por conta da profundidade, este mergulho exige habilitação em mergulho técnico e é, idealmente, feito com uma mistura de gases com Hélio (Trimix).

    Além dos mergulhos, Noronha ainda conta com uma grande quantidade de opções de trilhas, passeios de bike e outros esportes aquáticos. A infraestrutura da ilha suporta bem a grande quantidade de visitantes. Espere preços altos para tudo (afinal, a ilha está a mais de 500 km do continente).

    Edgar Perlotti
    Edgar Perlotti

    Publicado em 07/08/2015 13:51

    Realizada de 22/04/2014 até 30/04/2014

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    Edgar Perlotti

    Edgar Perlotti

    Monte Santo de Minas - MG

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    Mineiro de nascimento, paulistano por bastante tempo, mergulhador e entusiasta do montanhismo, cicloturismo, kayaking e tudo que tenha a ver com o mundo outdoor

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