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Edgar Perlotti 07/08/2015 14:18
    Pico dos Marins

    Pico dos Marins

    Excelente trekking para bate e volta de SP

    Hiking Montanhismo

    Disponível em: http://www.trekkingbrasil.com/pico-marins/

    IMPORTANTE: o relato é antigo - o Milton já não está mais no acampamento base!

    O Pico dos Marins, cujo cume chega aos 2.420 metros, está localizado na Serra da Mantiqueira, próximo às cidades de Piquete e Cruzeiro. Entre as mais altas do Estado de São Paulo, é a maior a ficar totalmente dentro do Estado (a Pedra da Mina, com 2.798 m é a maior do Estado, mas seu cume está na divisa entre MG e SP, o mesmo acontecendo com vários pontos da Serra Fina). O cume foi atingido pela primeira vez em 1911, mas ficou nacionalmente famosa em 1985 por conta do desaparecimento de um escoteiro. Até hoje, não existe uma explicação para o desaparecimento e seu corpo nunca foi encontrado.

    A trilha começa normalmente no Acampamento Base do Marins, próximo da rodovia que liga Lorena-SP a Itajubá-MG. O acampamento possui alojamento e cozinha, além de ser praticamente a única opção para abastecimento de água potável em toda a trilha. O dono do acampamento é o Milton, que é a melhor referência para saber em que condições a trilha se encontra. O Milton também pode conseguir um guia para quem ainda não se sente confiante o suficiente para encarar a trilha por conta própria.

    Uma boa forma de garantir que a trilha será feita com calma e sem pressa, é pernoitar no alojamento. Só é fundamental lembrar-se de trazer saco de dormir e isolante, porque as temperaturas a noite caem bastante. Para quem vai acampar ou bivacar no cume estes equipamentos são imprescindíveis, uma vez que lá a temperatura cai facilmente para perto de zero graus.
    Para uma boa descrição de como se chegar ao Acampamento Base, ver: http://www.marinzeiro.com/como_chegar.html.

    Apesar de ser bastante seguro, com poucas passagens mais expostas, o caminho para se chegar ao cume dos Marins é bastante tortuoso, com subidas bem íngremes e com poucas árvores em sua maior parte (o que significa sol forte na cabeça o tempo todo, o que é bem desgastante). A trilha está cada vez mais bem sinalizada, facilitando a navegação. Mas, é muito importante garantir um bom tracklog ou descritivo da trilha, porque alguns trechos ainda impõem alguma dificuldade (principalmente onde está a bifurcação para a travessia até o Itaguaré).
    Saindo do acampamento base, a trilha segue pela mata mais fechada até o Morro do Careca, uma área mais aberta.

    Seguindo à esquerda, atravessando uma pequena mata se encontra uma clareira, que está bem degradada e geralmente cheia de pessoas fazendo churrasco.

    Ali, do lado esquerdo de quem vê a placa indicando o caminho para o Marins, entrando na mata, tem um córrego (sugiro só usar essa água em uma emergência, prefira levar água desde o começo). O caminho até este ponto tem quase 2 km, com umas subidas, com ganho de mais ou menos 200 m – ou seja, uma subida ainda leve (as partes mais fortes estão na estrada de terra, até chegar a um mirante bem legal no Careca, com vista para todo o maciço).

    A partir do Morro do Careca, a trilha começa a ficar mais íngreme e com vegetação cada vez mais ausente. O caminho é praticamente todo feito em lajes de pedra e totens estão por toda parte (inclusive, em alguns pontos mais confundindo que ajudando a se localizar).

    Uma longa subida leva a subir e contornar dois cumes. Dois pontos merecem mais atenção por conta da exposição e risco de queda. Em ambos os casos, vá com calma e com bastante cuidado, que dá para passar. De forma geral se segue sempre com o Marins ao seu lado direito, até chegar ao segundo maciço, onde a trilha vira totalmente à direita e passa a seguir em direção ao próprio Marins.

    Depois de passar pelo segundo maciço, a trilha desce um pouco até a nascente do Ribeirão Passa Quatro. Nesse ponto o Marins deve estar totalmente na sua frente (logo após contornar o morro por uma área de mato mais fechado e descer uma laje de pedra, até a água). Esta água está contaminada e só deve ser tomada em caso de emergência. Cruzando o rio, há uma área para acampamento, mas idealmente se deve evitar acampar ali por conta da contaminação da água. Um pouco mais a frente, no último platô antes do cume existe uma área melhor para acampamento.

    O cume do Marins não é muito grande, por isso é importante confirmar com o Milton antes de começar a subir a quantidade de pessoas no cume, para se evitar levar mochilas pesada e não conseguir acampar no cume. Deste último platô até o cume se leva aproximadamente 1h30, subindo um paredão bem íngreme de 150 metros. Se estiver muito cansado, vale deixar as mochilas no platô e subir mais leve.

    A vista do cume é impressionante. Em um bom dia de sol, dá para ver o Pico do Itaguaré, a Serra Fina, Pedra da Mina e várias cidades da região. Com um total de 11 km, é possível fazer um bate e volta no Marins, mas o acampamento no cume é uma experiência inesquecível. Lembre-se apenas que a noite as temperaturas caem bastante e venta muito. Leve roupa adequada para estas condições.

    Edgar Perlotti
    Edgar Perlotti

    Publicado em 07/08/2015 14:18

    Realizada de 07/05/2012 até 07/08/2012

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    1 Comentários
    Mario Nery 10/08/2015 12:36

    Rapaz!! Eu fiz umas mudanças lá no site, estou recolocando os avatares dos colunistas hoje mais tarde! Inclusive o teu Perlotti! Obrigado pelo link! :D

    Edgar Perlotti

    Edgar Perlotti

    Monte Santo de Minas - MG

    Rox
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    Mineiro de nascimento, paulistano por bastante tempo, mergulhador e entusiasta do montanhismo, cicloturismo, kayaking e tudo que tenha a ver com o mundo outdoor

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    www.tripline.net/trip/RTW_Trip-35625237772010108EF7C520830FE432