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Edson Maia 10/11/2021 10:48 com 2 participantes
    Travessia da Praia da Lagoinha do Leste – Florianópolis

    Travessia da Praia da Lagoinha do Leste – Florianópolis

    Trekking de dois dias através da Praia da Lagoinha do Leste com acampamento selvagem.

    Trekking Acampamento Hiking

    Travessia da Praia da Lagoinha do Leste – Florianópolis

    Atendendo prontamente ao convite dos amigos Luíza e Mário, coloquei todos os equipamentos necessários dentro da velha mochila e embarquei para Floripa bastante motivado para passar o final de semana em ótima companhia no pequeno paraíso preservado dentro da Ilha de Florianópolis, chamado Praia da Lagoinha do Leste.

    A previsão climática não era das melhores, indicando céu nublado e alguma chuva esporádica, mas nada disto tirou nossa vontade ou fez diminuir nossa motivação para curtir uma trilha e acampar selvagem na Lagoinha deserta, que nessa época de baixa temporada fica praticamente deserta.

    Iniciamos nossa caminhada na Praia do Matadeiro, e após cruzar a faixa de areia entramos na trilha que incialmente é larga e bastante abrigada do sol, estando dentro de um belo e preservado bosque de Mata Atlântica.

    Ao passo que se avança na caminhada da trilha, começam algumas subidinhas íngremes, porém na sua maioria curtas e sem grandes obstáculos. Depois, ao sair do bosque, começa a parte do costão. Um trecho do caminho praticamente plano se comparado com o trecho anterior, com vegetação baixa e rasteira, possibilitando uma belíssima visão do mar e algumas praias mais distantes desta região da Ilha de Florianópolis. Vale muito apena fazer várias paradas para apreciar a bela paisagem e escutar o som do mar batendo nas rochas do costão.

    O céu fechado não estava com cara de quem acordou com bom humor. Em alguns momentos era possível avistar ao longe as pancadas de chuva passando no mar. Para nossa sorte, o vento estava colaborando conosco ao levar a chuva para outra direção. Se por um lado tinha o risco da chuva, por outro, não havia o sol para nos castigar no trecho aberto da trilha.

    Durante nossa última parada num mirante qualquer de onde já era possível avistar a Praia da Lagoinha, percebemos que uma pancada de chuva estava vindo em nossa direção. Nesse momento demos uma acelerada em nosso ritmo de caminhada para tentar escapar da eminente possibilidade de tomar uma “ducha grátis” ... Ou pior, ter de montar o acampamento debaixo de chuva.

    Para nossa sorte, a chuva desviou no último instante e conseguimos chegar na praia secos, mas como a previsão do tempo indicava maior possibilidade de chuva durante a tarde e principalmente à noite, focamos em procurar um bom local para montarmos nosso acampamento, dentro do pequeno bosque que existe atrás das dunas da praia e próximo da margem da lagoinha que dá o nome para a praia.

    Acampamento montado após uma minuciosa busca pelo melhor local, tratamos de fazer um lanche e descansar um pouco jogando conversa fora.

    Ao fim da tarde, fomos dar uma caminhada na praia e aproveitamos também para bater o ponto no Quiosque Bar Z11 - Lagoinha do Leste. Chegando lá, enquanto eu e o Mário apreciávamos algumas cervejas, Thaís e Luíza tomavam uma batida de abacaxi e gengibre com vodca acompanhada de pasteis. Passamos um bom tempo ali, conversando, apreciando a vista da praia e tendo como trilha sonora apenas o som das ondas.

    Regressamos para o acampamento, e ao cair da noite, preparamos para o nosso jantar um macarrão de aspecto estranho, com um molho inusitado que, porém, estava bastante saboroso. Depois, regressamos para a praia, munidos de uma garrafa de vinho que a Thaís providencialmente trouxe em sua mochila para brindarmos nossa pequena aventura debaixo do céu estrelado, sentados em frente ao mar. A praia era toda nossa!

    Quando o céu começou a fechar novamente, regressarmos no breu da noite para nosso acampamento, organizamos as coisas fomos dormir. Durante a madrugada caiu uma forte chuva.

    Na manhã seguinte, domingo, o dia amanheceu nublado, mas para nossa alegria, sem sinal de chuva. Preparamos nosso “chá da manhã”, já que o Mário esquecera de colocar em sua mochila pó para passar café. Lamentável! Kkkk

    Após o desjejum matinal, as gurias pegaram o Camarão (bote inflável da Luíza) e foram explorar os cantos mais afastados da lagoa, enquanto isso, eu e o Mário, ficamos de bobeira dando uma caminhada pela praia e jogando conversa fora.

    Mais tarde, após as intrépidas exploradoras regressarem de sua pequena incursão à remo até o lado selvagem da lagoa, fizemos um almoço frio e começamos a organizar as coisas para levantar acampamento.

    Mochilas devidamente carregadas e ajustas, era chegada o momento de seguirmos em frente. Caminhamos descalços por toda a extensão da praia na direção do canto sul, e somente após deixarmos a areia fofa da praia, calçamos nossas botas para fazer a trilha que sobe e depois desce o morro e termina na rua que vai para o Pântano do Sul.

    O canto sul da Lagoinha é bem mais agitado do que o canto norte, onde acampamos. O motivo é o fato da trilha do canto sul, por ser mais curta (pouco mais de dois quilômetros), ser o acesso mais rápido para as pessoas que visitam a praia apenas para passar o dia. Ali também começa a trilha que leva até o famoso Mirante do Morro da Coroa, onde do alto é possível ter uma visão fantástica de toda a praia.

    Seguimos em frente, morro acima e fazendo algumas paradas rápidas nos pontos onde era possível ter uma visão da praia por outro ângulo.

    Depois, seguindo em frente o caminho é bastante íngreme, exigindo um esforço extra de quem está com uma cargueira nas costas. O lado bom é que a cobertura da bela vegetação de Mata Atlântica, repleta de pequenas flores e frequentada por muitos pássaros, proporciona bastante sombra e uma brisa leve que ajudam a suportar o calor na subida e na decida até o final da trilha.

    Ao chegarmos no asfalto fomos direto para um pequeno quiosque onde brindamos com cerveja gelada o final de nossa pequena aventura de final de semana.

    Mínimo Impacto

    1 Planeje com antecedência sua aventura;

    2 Ande apenas na trilha;

    3 Leve seu lixo embora;

    4 Deixe tudo como encontrou;

    5 Não faça fogueiras;

    6 Respeite a vida selvagem;

    7 Seja cordial com outros visitantes.

    Praia da Lagoinha do Leste

    A Praia da Lagoinha do Leste é uma praia brasileira, situada na cidade de Florianópolis, no estado de Santa Catarina. Está localizada no Sudeste da Ilha de Santa Catarina. Recebe o mesmo nome da lagoa em formato de "S" presente na praia.

    Seu difícil acesso possibilitou a preservação de um dos últimos redutos de Mata Atlântica de Florianópolis. Em 1992, foi criado o Parque Municipal da Lagoinha do Leste, compreendendo uma área de 453 hectares, classificada como de Área de Preservação Permanente pela lei nº 3.701/92.

    Há dois acessos, através de trilhas, para a Praia da Lagoinha do Leste: um caminho mais longo, de aproximadamente 4 km, pela Praia do Matadeiro (situada ao lado da Praia da Armação) e outro, mais curto (cerca de 2,3 km), porém mais íngreme, pelo Pântano do Sul. No caminho pela trilha da Praia do Matadeiro está a Toca da Baleia, uma caverna esculpida na rocha pela ação do mar.

    Na chegada a Praia da Lagoinha do Leste, ao lado direito está a trilha para o Morro da Coroa. Esta trilha proporciona uma das mais belas vistas da isolada Lagoinha do Leste. O trecho de subida ao topo do Morro da Coroa, no entanto requer um bom esforço para ser vencido, especialmente considerando que para chegar a esta trilha é necessário antes fazer a Trilha da Lagoinha do Leste.

    Fonte: Wikipédia

    Edson Maia
    Edson Maia

    Publicado em 10/11/2021 10:48

    Realizada de 06/11/2021 até 07/11/2021

    2 Participantes

    Mario Nery Luiza Campello

    Visualizações

    2186

    7 Comentários
    Felipe.rocha79 10/11/2021 11:19

    Já se programa pra fazer Ponta da Joatinga no RJ. 🤘🏼

    4
    Edson Maia 10/11/2021 11:30

    Qual a melhor época do ano pra essa trip na sua opinião?

    2
    Felipe.rocha79 10/11/2021 11:35

    Eu fiz no verão por conta do período que tinha disponível. Mas se fizesse novamente, seria entre o outono e o inverno. Pois já voltei com a minha família em alguns pontos específicos da travessia nesse período, e foi muito mais satisfatório.

    2
    Edson Maia 10/11/2021 11:39

    Muito obrigado pela dica Felipe.rocha79 ! Quando eu for planejar uma trip para essa região, levarei em conta esse detalhe. 🤘🏼

    1
    Luiza Campello 11/11/2021 14:53

    Trip TOP! Melhor, só se tivesse 3 dias!

    1
    Edson Maia 11/11/2021 15:19

    concordo plenamente! faltou eu dar um rolê com camarão na lagoa

    Luiza Campello 11/11/2021 17:02

    com certeza!!!!

    1
    Edson Maia

    Edson Maia

    Imbituba - SC

    Rox
    2001

    Um pouco cigarra. Um pouco formiga. Não necessariamente nesta ordem. Instagram: @ciclotrekking

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    Manifesto
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